A Marinha do Brasil incorporou, em 1º de outubro, o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Sargento Lima durante cerimônia de Mostra de Armamento realizada na Escadinha do Cais do Porto, em Belém (PA). A embarcação é o primeiro navio hospitalar da Força Naval dedicado à Amazônia Oriental, com atuação prevista nos estados do Pará e do Amapá.
Com 25 metros de comprimento e oito de largura, o Sargento Lima foi doado pela prefeitura de Araguatins (TO), onde operava como Unidade Básica de Saúde Fluvial Mestre Quintino. Adaptado para operar como hospital flutuante, o navio foi projetado para alcançar áreas de difícil navegabilidade e atender comunidades isoladas.
A embarcação conta com consultórios médico, odontológico e oftalmológico, além de enfermaria, farmácia e uma sala cirúrgica para procedimentos de baixa complexidade. Segundo a Marinha, o navio realizará até quatro missões por ano, com duração de até 20 dias cada, alcançando cerca de 20 localidades e beneficiando mais de 4,5 mil pessoas.
O novo NAsH reforçará as Ações Cívico-Sociais (ACiSo) e poderá ser empregado em missões de busca e salvamento, transporte de pessoal e apoio logístico em emergências. A unidade atuará em conjunto com o Navio-Auxiliar Pará e os Avisos Auxiliares Breves e Soure.
Durante a cerimônia, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Arthur Fernando Bettega Corrêa, destacou que a incorporação do Sargento Lima faz parte do planejamento estratégico da Marinha, que prevê ainda a entrada em serviço do NAsH Anna Nery em 2026.
O navio foi apadrinhado pela Contra-Almirante (Reserva-Médica) Dalva Maria Carvalho Mendes, primeira mulher a alcançar o posto de Oficial-General na história da Força Naval.
A embarcação homenageia o Primeiro-Sargento João Morais de Lima, enfermeiro da Marinha que perdeu a vida durante o naufrágio do Cruzador Bahia em 1945, após recusar ser resgatado para tentar salvar seu comandante ferido.