Coreia do Sul lança contratorpedeiro Aegis Dasan Jeong Yak-yong

A HD Hyundai Heavy Industries lançou nesta terça-feira (23/09) em Ulsan, Coreia do Sul, o Dasan Jeong Yak-yong, segundo contratorpedeiro da classe Jeongjo, equipado com o sistema Aegis para defesa antimísseis e antiaérea.

O navio de 8.200 toneladas mede 170 metros de comprimento e 21 metros de largura, podendo atingir velocidades de até 30 nós (55 km/h). Ele é equipado com a versão mais recente do sistema Aegis, produzido nos Estados Unidos, e terá nos próximos anos interceptadores Standard Missile-3 e Standard Missile-6, formando um escudo em camadas contra ameaças balísticas.

Além da defesa antimísseis, o Dasan Jeong Yak-yong transporta mísseis de ataque terrestre e conta com um sistema de sonar desenvolvido localmente para operações antissubmarino. A embarcação também pode operar o helicóptero MH-60R Seahawk, recentemente adquirido pela Marinha sul-coreana. O navio deve ser entregue até o final de 2026, após testes em mar aberto.

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O lançamento ocorre em meio a uma transformação das forças navais da Coreia do Sul, que conta atualmente com cerca de 70 mil militares distribuídos em três frotas principais no Mar do Leste, Mar Amarelo e Estreito da Coreia. O país possui 21 submarinos, incluindo unidades das classes Dosan An Chang-ho (KSS-III) e Son Won-il (KSS-II), e 26 grandes navios de superfície, como quatro contratorpedeiros da classe Sejong, o Grande, além do primeiro navio da classe Jeongjo.

A expansão naval faz parte do esforço de modernização previsto no orçamento de defesa de US$ 45,5 bilhões de 2025. O programa “Inovação em Defesa 4.0”, lançado em 2023, promove a integração de tecnologias avançadas de detecção, defesa espacial e ciberdefesa, incluindo a estratégia conhecida como “Kill Web”, que visa combater ameaças norte-coreanas com interceptação precoce e capacidades de retaliação.

O desenvolvimento do Dasan Jeong Yak-yong combina a construção naval local com tecnologia americana, reforçando a interoperabilidade com os Estados Unidos e ampliando a autonomia estratégica da Coreia do Sul.

 

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