Egito implanta mísseis HQ-9B no Sinai e amplia alcance de defesa aérea sobre sul de Israel

O Egito posicionou sistemas de defesa aérea de longo alcance HQ-9B de fabricação chinesa na Península do Sinai, segundo fontes militares e análises de imagens de satélite divulgadas em setembro de 2025. A medida amplia a cobertura de radar sobre Gaza e o sul de Israel, alterando a dinâmica de segurança na região.

Fontes indicam que pelo menos duas baterias do HQ-9B foram instaladas em locais próximos a El-Arish e ao corredor de Rafah. O sistema pode engajar aeronaves, drones e mísseis de cruzeiro em alcances de até 250 km, cobrindo áreas de Tel Aviv e o Deserto de Negev, onde estão localizadas bases da Força Aérea Israelense, como Hatzerim e Ramon. Radares de matriz faseada conectados aos lançadores também permitem monitoramento do espaço aéreo israelense além das fronteiras egípcias.

A mobilização ocorre em meio à escalada da violência em Gaza e ao aumento de tensões regionais envolvendo Líbano, Síria, Irã, Iêmen e Catar. Desde 2024, o Egito reforçou sua presença militar no Sinai com tanques, veículos blindados e artilharia, ultrapassando limites previstos nos Acordos de Camp David de 1979.

O HQ-9B é considerado o principal sistema de defesa aérea exportado pela China, com capacidades comparáveis ao S-400 da Rússia e ao Patriot PAC-3 dos EUA. Ele utiliza radar de matriz em fase e contramedidas eletrônicas avançadas, dificultando a neutralização por plataformas de guerra eletrônica israelenses. A aquisição pelo Cairo marcou uma diversificação de fornecedores, reduzindo a dependência de sistemas americanos e russos.

Israel reagiu à instalação como uma ameaça ao seu domínio aéreo e à liberdade de ação sobre Gaza e o sul de Israel. O governo israelense busca pressionar o Egito a reverter a mobilização, enquanto autoridades dos EUA monitoram a situação, avaliando riscos de impacto na cooperação militar e no tratado de paz vigente.

Especialistas destacam que a presença do HQ-9B muda a equação de poder aéreo, reforça a influência egípcia nas negociações de cessar-fogo e introduz novos desafios operacionais para a Força Aérea Israelense, elevando o risco de escalada em um conflito já volátil no Oriente Médio.

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