A Força Aérea Indiana (IAF) está prestes a receber seu primeiro Boeing KC-135 Stratotanker por meio de um contrato de “wet lease” com a empresa norte-americana Metrea Aerospace. O acordo, assinado em 28 de março de 2025, prevê a entrega da aeronave até outubro deste ano, incluindo tripulação, manutenção e seguro — uma solução completa para reforçar a capacidade de reabastecimento aéreo da IAF.
Originalmente desenvolvido pela Boeing para a Força Aérea dos Estados Unidos, o KC-135 possui capacidade para transportar mais de 90 toneladas de combustível e sistemas de reabastecimento tanto por boom quanto por drogue, garantindo compatibilidade com uma ampla variedade de aeronaves. Na Índia, a aeronave será utilizada para treinar pilotos de caças como Su-30MKI, Rafale e Jaguar, além de ampliar o alcance de plataformas estratégicas como o C-17 Globemaster III e o P-8I Poseidon, fundamentais para patrulha marítima e transporte de longo alcance.

A decisão de alugar o KC-135 surge em meio a desafios operacionais da frota atual da IAF, composta por seis aviões-tanque Il-78 adquiridos da Rússia entre 2003 e 2004. Esses aparelhos têm enfrentado problemas com disponibilidade frequentemente abaixo de 50%, bem distante da meta de 70%, em função de dificuldades logísticas e limitações nos pods de reabastecimento.
A Metrea Aerospace, anteriormente conhecida como Meta Aerospace, é uma empresa norte-americana especializada em serviços de reabastecimento aéreo e apoio a operações militares. Com a entrega do KC-135, a empresa busca suprir uma lacuna crítica na capacidade de reabastecimento da IAF, oferecendo uma solução ágil sem a necessidade de investimentos imediatos em infraestrutura ou treinamento adicional.

Além do contrato com a Metrea, a IAF avalia a aquisição de um Airbus A330 MRTT da França, que poderia substituir gradualmente a frota de Il-78 e estabelecer uma capacidade de reabastecimento mais robusta e confiável a longo prazo. A chegada do KC-135 representa, portanto, um avanço estratégico significativo para a Índia, permitindo à Força Aérea expandir sua capacidade operacional e se adaptar a um ambiente regional em constante evolução.



