
Norinco VN-1
O Gabão mostrou ao público seus mais recentes veículos blindados durante o desfile militar do Dia da Independência, destacando a crescente presença da indústria de defesa chinesa no continente africano. Entre as novidades estavam o veículo de combate de infantaria VN-1 e o canhão de assalto sobre rodas WMA-301, ambos projetados para reforçar a capacidade de mobilidade e fogo das Forças Armadas gabonesas.
O VN-1, fabricado pela China North Industries Corporation (Norinco), já foi entregue a países como Tailândia e Venezuela. No entanto, a versão adquirida pelo Gabão apresenta diferenças significativas em relação à variante tailandesa, tanto em custo quanto em capacidade. Enquanto a Tailândia optou pelo VN-1C, equipado com uma estação de armas controlada remotamente UW-4B, o modelo gabonês conta com uma torre mais simples, de assento único, armada com o canhão de 30 mm Tipo 02. Essa arma, derivada do projeto soviético 2A72, é conhecida por problemas de dispersão e precisão limitada em movimento, mas o VN-1 integra um suporte de cano tipo gaiola que ajuda a reduzir vibrações e melhora a estabilidade durante o disparo.

WMA-301 6×6 com canhão de 105 mm
Além do canhão, o VN-1 gabonês carrega um lançador de mísseis guiados antitanque Red Arrow-73C/D, capaz de engajar veículos blindados como o T-72 russo, graças a sua orientação por CCD e ogivas tandem.
O desfile também trouxe à tona o WMA-301, canhão de assalto de 105 mm sobre rodas, amplamente utilizado em forças africanas por sua mobilidade e facilidade de operação em regiões com infraestrutura limitada. Juntos, VN-1 e WMA-301 ampliam significativamente o poder de fogo blindado do Gabão, mesmo que a variante local do VN-1 seja considerada menos avançada do que as versões de exportação em outros países.
Especialistas em defesa destacam que, apesar de suas limitações, esses sistemas representam um passo importante para modernizar a capacidade de combate das Forças Armadas gabonesas e demonstram o crescente papel da China como fornecedora de soluções acessíveis e estratégicas para países africanos.