O Departamento de Armamentos de Taiwan, órgão ligado ao Ministério da Defesa, revelou seu mais recente protótipo de veículo blindado de combate: o D3 Cheetah de 105 mm. O anúncio foi feito durante o programa online “Defense Online”, promovido pelo Ministério da Defesa Nacional, e marca um novo passo no programa nacional “Projeto Cheetah”, voltado a reforçar a autonomia e a capacidade de resposta rápida das forças armadas taiwanesas.

O D3 é menor e mais ágil que seus predecessores, com um perfil mais baixo e capacidade ampliada de munição. Ele foi desenvolvido pensando em operações urbanas e costeiras, oferecendo melhor proteção contra explosões e maior velocidade de implantação.

O projeto começou em 2019, com os primeiros protótipos D1 e D2 sendo produzidos em colaboração entre o Bureau de Armamentos, o Instituto Nacional Chung-Shan de Ciência e Tecnologia (NCSIST) e fábricas locais responsáveis pelo chassi e sistemas de integração. A produção doméstica é alta: cerca de 89% dos componentes são fabricados em Taiwan, reforçando a independência tecnológica do país.

O D2, lançado em 2024, trouxe um chassi 8×8 derivado da família Clouded Leopard, suspensão hidropneumática e uma torre tripulada equipada com um canhão de 105 mm compatível com munições de tanques M60A3 e CM-11. Ele também contava com uma estação de armas remotamente controlada (RCWS) de 12,7 mm, que permite ao comandante mirar e atacar com precisão, e mostrou desempenho consistente em testes de penetração de blindagem e terrenos difíceis.

O D3, por sua vez, introduz melhorias significativas: a altura foi reduzida para menos de 3 metros, a torre foi reposicionada mais para trás para equilibrar melhor o veículo, e a suspensão foi refinada para aumentar a estabilidade. O novo chassi Clouded Leopard M2 de segunda geração resolve problemas de estabilidade identificados nos protótipos anteriores, garantindo que o veículo seja mais confiável em qualquer terreno.

Com o D3, Taiwan demonstra que está pronta para modernizar suas forças terrestres com veículos versáteis, rápidos e resistentes, preparados para enfrentar ameaças modernas em ambientes urbanos e litorâneos, sem depender de fornecedores externos. O protótipo mostra a ambição do país de manter a autossuficiência em defesa e ampliar sua capacidade de reação em um cenário estratégico cada vez mais desafiador.