EUA aprovam venda de sistema de defesa costeira para Bulgária no valor de US$ 620 milhões

Os Estados Unidos aprovaram uma importante venda militar estrangeira à Bulgária, no valor de aproximadamente US$ 620 milhões, com o objetivo de reforçar significativamente a capacidade defensiva do país europeu. O pacote inclui o avançado Sistema de Defesa Costeira com Mísseis de Ataque Naval (NSM), fabricado pela norueguesa Kongsberg Defence and Aerospace, além de uma série de equipamentos e serviços associados.

Naval Strike Missile

O acordo, que poderá se estender por até cinco anos, contempla o fornecimento de mísseis táticos NSM, veículos móveis lançadores de mísseis, centros móveis de controle de tiro e sistemas integrados de comunicação. Outro destaque é a incorporação do Link-16, um sistema de distribuição de informações multifuncional que permite comunicação tática segura e em tempo real entre unidades de combate — um elemento essencial para a interoperabilidade com as forças da OTAN.

Entre os itens complementares estão consoles de treinamento para operadores, receptores GPS, equipamentos de transporte e carregamento de mísseis, além de suporte técnico e serviços de integração providos pelo governo dos EUA e pela Kongsberg. Estima-se que entre três a cinco funcionários norte-americanos, entre representantes do governo e contratados, sejam temporariamente deslocados para a Bulgária durante a implementação do programa.

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, essa venda não apenas fortalece a defesa nacional da Bulgária, como também avança os interesses estratégicos norte-americanos na Europa, ao consolidar Sófia como um aliado essencial dentro da OTAN. A medida visa ampliar a capacidade de dissuasão da Bulgária frente a ameaças regionais e aprimorar sua integração operacional com os parceiros da aliança atlântica.

O sistema adquirido é projetado para missões de defesa costeira, com arquitetura centrada em rede que permite o rastreamento e engajamento simultâneo de múltiplos alvos, inclusive além da linha do horizonte. Composto por lançadores móveis e mísseis armazenados em canisters, o sistema pode ser comandado a partir de até quatro Centros de Controle de Fogo (FCCs), formando uma única imagem marítima compartilhada e ampliando a consciência situacional. Cada centro é capaz de lançar até 12 mísseis, podendo engajar alvos individualmente ou concentrar todos em uma única ameaça, dependendo da missão.

Com esse movimento, a Bulgária dá um salto tecnológico relevante em suas capacidades de defesa litorânea, alinhando-se cada vez mais aos padrões operacionais da OTAN e ampliando seu papel estratégico no flanco sudeste da aliança.

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