Romênia será o primeiro país europeu a adotar o sistema de defesa israelense Iron Dome

A Romênia acaba de dar um passo importante na modernização de suas forças armadas. O Ministro da Defesa, Ionuț Moșteanu, confirmou que o país vai adquirir o sistema de defesa aérea Iron Dome, desenvolvido por Israel — e será o primeiro membro europeu da OTAN a contar com essa tecnologia de combate comprovada. O anúncio foi feito em entrevista à TVR, a emissora pública romena, e deve se concretizar com a assinatura do contrato oficial até o outono de 2025.

Segundo Moșteanu, a decisão atende a uma necessidade urgente: proteger a população, instalações militares e infraestrutura vital contra uma variedade de ameaças que se tornaram cada vez mais reais na região — como mísseis de cruzeiro, foguetes, drones e projéteis de artilharia. Em suas palavras, o sistema irá fortalecer a capacidade do país de enfrentar ataques similares aos que Israel enfrentou recentemente, quando o Iron Dome demonstrou mais uma vez sua impressionante taxa de sucesso acima de 90%.

A aquisição faz parte de uma estratégia maior. Só em 2025, a Romênia pretende investir quase 30% de seu orçamento de defesa em novos equipamentos e sistemas. O pacote relacionado ao Iron Dome inclui baterias completas com radares, centros de comando e os mísseis interceptores Tamir — projetados para abater alvos com precisão, mesmo em ataques coordenados e em grande escala.

Mas o impacto da compra vai além da proteção imediata. Ao integrar o Iron Dome à sua estrutura militar, a Romênia também reforça seu papel dentro da OTAN. Com uma posição geográfica estratégica, às margens do Mar Negro e próxima a zonas de conflito como a Ucrânia, o país se torna uma peça-chave na defesa do flanco leste da aliança atlântica.

Desenvolvido pela Rafael Advanced Defense Systems em parceria com a Israel Aerospace Industries, o Iron Dome foi criado para responder rapidamente a ameaças aéreas de curto alcance. Ele opera por meio de uma rede inteligente: identifica o que está vindo, calcula a trajetória dos projéteis e só dispara se houver risco real — uma forma eficiente de defender áreas civis e economizar recursos. Sua flexibilidade permite que seja usado tanto em cidades quanto em zonas de combate, além de ser compatível com outros sistemas de médio e longo alcance, como o David’s Sling e o Arrow.

A expectativa é que, após o Iron Dome, a Romênia avance em outras frentes, como a compra de sistemas móveis SHORAD e o reforço de sua Marinha com corvetas armadas. O objetivo é claro: garantir que o país esteja preparado para qualquer cenário e possa contribuir de forma ainda mais robusta para a segurança coletiva da OTAN.

Com essa decisão, a Romênia envia um recado direto: está investindo em tecnologia, fortalecendo sua defesa e se posicionando como um parceiro estratégico confiável em um momento de instabilidade crescente nas fronteiras do leste europeu.

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