A opção de equipar submarinos convencionais com armas nucleares visa combater frota nuclear indiana
Por Ronit Bisht via Defence. In
Em uma entrevista recente, o ex-comodoro Marinha Paquistanesa, Sajid Mehmood Shehzad, revelou a estratégia do país para a guerra submarina e a dissuasão nuclear. Segundo ele, o Paquistão não pretende desenvolver submarinos de propulsão nuclear, pois acredita que submarinos convencionais equipados com armas nucleares táticas são igualmente eficazes.
Essa estratégia gira em torno do SLCM (Submarine-Launched Cruise Missile) Babur (com alcance que pode variar de 450 km a 900 km dependendo da versão), capaz de transportar ogivas nucleares. Ao implantar esses mísseis em sua frota atual de submarinos convencionais, o Paquistão manteria uma dissuasão nuclear confiável sem o peso financeiro e tecnológico de submarinos nucleares.
Shehzad também criticou a busca da Índia por submarinos nucleares, considerando-a uma despesa desnecessária diante da pobreza generalizada do país. Além disso, ele argumentou que a falta de bases navais globais da Índia limita o alcance operacional de sua frota de submarinos.
Essa declaração oferece uma visão sobre a doutrina naval do Paquistão, que prioriza soluções de baixo custo para manter uma dissuasão nuclear confiável contra seu rival regional. Atualmente, o Paquistão opera submarinos de ataque convencionais, incluindo o francês Agosta e a classe chinesa Hangor .
O comodoro Dr. Sajid Mahmood Shahzad tem uma trajetória respeitável, tendo se juntado à Marinha do Paquistão em 1981 e sido comissionado em 1985. Ele é especializado em artilharia e possui títulos de PhD em Relações Internacionais pela Punjab University.
Comodoro : Graduação na marinha de guerra inglesa e de outras nações, acima de capitão de mar e guerra e abaixo de contra-almirante.
Ótimo tema para repensar algumas escolhas… ainda mais se as pretensões não envolvem os diferenciais que os submarinos com propulsão nuclear oferecem. Faz sentido.