Segurança Pública: 1 milhão de munições: 4 meses após anúncio de verba, 1ª compra da intervenção sai sem licitação

Intervenção compra 1,1 milhão de munições de diversos calibres para as polícias do Rio …

O Gabinete de Intervenção Federal fechou a compra de 1,1 milhão de munições de  diversos calibres para fuzis e pistolas para forças de segurança do Rio de Janeiro. No valor de R$ 7,7 milhões, a primeira aquisição de equipamentos realizada pelos interventores com a verba de R$ 1,2 bilhão disponibilizada pelo governo federal
para tentar resolver a crise de segurança no estado acontece sem licitação. Burocracia e questões técnicas  relacionadas às compras de equipamentos têm sido um gargalo na tentativa dos interventores de reequipar as polícias do Rio.

A verba de R$ 1,2 bilhão foi anunciada em 27 de março durante visita do presidente Michel Temer (MDB) ao Rio, mas o dinheiro só ficou de fato disponível para movimentação pela Secretaria de Administração do GIF no início de junho.

 

Desde então, cerca de 70 processos de licitação foram iniciados para compra de equipamentos diversos, como pistolas, fuzis, coletes à prova de bala e carros de polícia. Porém, a primeira compra está sendo realizada sem licitação a partir de autorização do TCU (Tribunal de Contas da União). O argumento usado pelos interventores para não ter que realizar licitação foram o caráter urgente da compra e o fato de que a Companhia Brasileira de Cartuchos é a única empresa autorizada a vender munições no Brasil.

O uso de verbas federais pelos interventores é acompanhado de perto pelo TCU por meio de dois processos. A ideia é que, mesmo com a crise enfrentada pelo estado do Rio, os investimentos cumpram todos os trâmites burocráticos previstos na legislação.

O general Laelio Andrade foi nomeado para gerir a verba de R$ 1,2 bilhão da intervenção no Rio

O valor total empenhado para a compra é de R$ 7.748.590,00. Serão adquiridas 1.111.300 munições para as polícias Militar e Civil e para a Secretaria da Administração Penitenciária. Elas serão usadas em operações e também em treinamento. O empenho das verbas deve ser publicado nesta semana no Diário Oficial.
Segundo fontes da Secretaria de Administração do GIF, as munições devem chegar às mãos dos agentes de segurança em aproximadamente 60 dias.

Já os equipamentos e armas comprados por licitação não têm prazo para chegar às polícias. Segundo o general Laelio Andrade, responsável pelas compras no GIF, o tempo médio para a conclusão de uma licitação é de seis meses, mas sua equipe criou uma área técnica para tentar acelerar esse processo. Mesmo assim, boa parte das compras só deve chegar às mãos dos policiais no fim da intervenção federal, marcada para acabar em dezembro. Parte dos materiais ainda pode chegar nos seis primeiros meses de 2019. A compra de equipamentos para as polícias é um dos eixos principais do esforço dos interventores para tentar tirar a segurança pública do Rio da situação emergencial. Outros eixos são: mudanças na gestão das polícias, treinamento de policiais e reformulação das cadeias de comando das forças policiais.

Fonte: UOL Notícias

7 Comentários

  1. Espero que não inventem de mandar pelo correio, como o lote da CBC que sumiu e apareceu em chacinas e assassinatos depois.
    cara que tipo de logística de segurança manda 1 milhão de munições pelo correio?

    Este país não existe….

  2. Quer dizer que o problema da segurança pública no Rio de Janeiro era falta de munição?
    .
    Não sou especialista, mas vou me atrever a indicar a solução para a segurança pública, não só no RJ, mas no Brasil inteiro:
    .
    1) Mudança na lei de execução penal e nas regras de progressão de pena;
    2) Salários dignos para os policiais;
    3) Investimento maciço nas policiais civis. Porque os governantes só investem nas PMs;
    4) Fim do monopólio CBC/Taurus/Imbel. O Exercito não tem de se meter nas compras de armas das polícias. O máximo que eles deveria controlar era a quantidade e calibres, mas NUNCA as marcas e modelos. O por que o Exercito tem que se meter se a polícia quer comprar um glock e não uma Taurus?

    • Sr JOSE CLAUDIO DA SILVA.

      “Quer dizer que o problema da segurança pública no Rio de Janeiro era falta de munição?”
      No mundo de faz de conta é bem possível que tenha faltado munição e não competência.
      As ações que o Sr cita nunca serão colocadas em pratica porque não interessam, já que há muita gente que lucra com essa situação. Essa intervenção foi e é pura pirotecnia politica por parte de nosso ilustre presidente da republica para roubar parte da agenda politica de um candidato a presidência, e com isso tentar melhorar sua popularidade. Nossas forças armadas que também (infelizmente) tem seus pavões entrou nessa e deu no que deu, tudo no Rio de Janeiro continua como estava com direito a aumento no numero de homicidios.

      * “3) Investimento maciço nas policiais civis. Porque os governantes só investem nas PMs;”. A PM aprece, tal qual a máxima da politica que saneamento básico fica abaixo da terra e ninguem vê já viaduto e asfalto é outra coisa. Infelizmente a população ignora a importancia da policia civil.
      ** Cidade ou Pais seguro se consegue com carteira assinada e vida digna. O numero de desempregados no Rio é muito alto, um amigo que viaja a trabalho para lá com frequência disse que nunca havia visto tantos ambulantes na orla.
      *** nossas FA tem grande credibilidade perante a população já que Elas atuam em desastres ambientais e outros de forma exemplar. Mas Elas não são policia apesar da vontade de muitos para que se tornem.

      Sds

  3. Claramente não sou contra o municiamento das polícias e das Forças Armadas, porém depois de ler cortes massivos nas bolsas de projetos científicos e nos programas e na própria subsistência da Educação pública.

    Ler uma notícia dessas, me faz ter certeza de que vivemos em um país muito, mais muito doente, podendo sim morrer a qualquer momento.

    Os países que mais aplicam as normas dos Direitos Humanos Universais, são os com baixíssimos índices de violências.

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