MAR PROFUNDO

SOBRE O NÍVEL I

O NÍVEL I – MAR PROFUNDO, corresponde às FORÇAS OCEÂNICAS, ou Forças de Intervenção e Combate com Capacidade Oceânica, baseadas em forças de superfície, anfíbias e submarinas necessárias para garantir a defesa e dissuasão naval à qualquer tempo e em qualquer lugar do globo terrestre.

Tal como as suas congêneres a FORÇA NAVAL, necessita de urgente reavaliação e reaparelhamento, isto está sendo considerado no atual PRM que se encontra em fase final de avaliação e promete mudanças radicais no tange a defesa do nosso país.

No entanto é sabido que a manutenção de um Poder Naval mais do que qualquer outro exige um esforço hérculo por parte de um país devido ao elevado valor unitário da aquisição de plataformas de combate, o que torna essa demanda ainda mais árdua, necessitando mais do que nunca o planejamento correto e antecipado da aquisição de novos meios que, por necessidade, devem contar sempre que possível com tecnologias que não dependam de razões externas.

Os planejamentos da Futura Força Naval teriam de ser baseados nas suas características das quais se sobressairiam pela adoção de conceitos inovadores e de auto poder de dissuasão.

É importante que os futuros meios navais sejam concebidos de forma a operarem de modo independente o máximo possível, atuando, se necessário, isoladamente dos grupos navais.

As operações navais, sejam no mar aberto, nos estuários dos rios ou em águas litorais, expõem de maneira muito mais perigosa a vulnerabilidade dos meios navais. Por isso, as embarcações consideradas nesta hipotética força futura, necessariamente, terão de dispor de sistemas capazes de diminuir ao máximo as assinaturas radar e de infravermelhos.

Seus sistemas de aramas devem também buscar sempre que possível o estado de arte de forma a estarem atualizados às ameaças de seus tempos sendo assim faz-se necessário o desenvolvimento de novas armas tais como os sistemas de radares, sonares, artilharia, aeronaves, lançadores dos mísseis e torpedos.

As novas embarcações necessitam que sua hidrodinâmica seja projetada de forma a minimizar o ruído proveniente das praças de máquinas, deslocamento na água e de pessoal a bordo.

Os sistemas de detecção deverão ser concebidos a operarem em sistema passivo, diminuindo suas emissões e ocultando a posição das embarcações.

Soluções como o Israelense Sea Spotter da RAFAEL, podem servir de base para o desenvolvimento de futuros sistemas de detecção passiva de radiações Infra-Vermelhas IV, pois este é capaz de detectar a aproximação de meios aéreos e navais sem revelar sua presença ao inimigo.

As embarcações de grande porte seriam concebidas para os sistemas C4ISR, utilizando para tal, unidades integradas por redes conectados via satélite, capazes de efetuar atualizações e trocas de dados com outras Forças Navais, Terrestres e Aéreas.

Os sistemas necessitam ser desenvolvidos de forma a oferecer maior proteção às forças possibilitando a estas executarem ataques de precisão com mísseis e artilharia guiada, defesa contra ataques de mísseis táticos e ainda possuírem a capacidade de ataque em cooperação por vetoração de mísseis ou bombas lançadas por outras plataformas.

Os projetos dos futuros navios deverão incorporar os sistemas de disparo vertical de mísseis incorporados à estrutura das plataformas; de forma a lhes garantir menores índices de assinatura térmicas e radar.

Os sistemas de artilharia devem seguir as tendências futuras adotando-se para isto baterias compostas por canhões retráteis, também incorporadas à estrutura dos navios, fazendo uso de tecnologias como munições guiadas de maior precisão bem como de sistemas de canhão de disparo magnético.

No caso das escoltas pesadas, faz-se necessário e é uma tendência o emprego de canhões de maior calibre, 155 mm, semelhantes aos da artilharia terrestre, seguindo a tendência de padronização de meios com as congêneres das forças terrestres, com a redução dos custos do desenvolvimento e aumento da intercambiabilidade dos sistemas.

Os sistemas de artilharia seriam ainda completados com outras armas tais como mísseis, torpedos e canhões de baixo calibre, 20 e 30 mm. Capazes de efetuar ataque e defesa em quaisquer condições meteorológicas e de terreno.

Os sistemas de defesa Anti-Aérea necessitam levar em consideração a capacidade de abaterem mísseis balísticos ou mesmo de ataque direto na sua fase descendente, a distâncias de 500 km, isto porque a crescente ameaça de sistemas stand off, põe em risco a sobrevivência dos futuros meios navais.

As componentes aéreas embarcadas seriam desenvolvidas para operarem com o máximo de fator comum com as suas congêneres terrestres, sempre buscando a padronização dos sistemas e equipagens.

Os Navios necessitam ser concebidos de forma a operarem o máximo possível sobre o mar, armados e atualizados com os melhores sistemas de defesa e ataque. As novas plataformas necessitam ser mais velozes e versáteis que as atuais, capazes de operar isoladamente em uma missão de ataque e infiltração de forças. As forças de submarinos seriam igualmente concebidas para operarem com capacidade autônoma e isoladamente, capazes de lançarem mísseis de cruzeiro e de ataque naval, e capazes de detectarem minas.

Todas as embarcações precisam ser capacitadas a operarem conjuntamente com veículos não tripulados de diferentes naturezas.

É necessário a introdução de novas tecnologias tais como a introdução às estruturas desses navios de materiais compostos (fibras, resinas e cerâmicas) capazes de conferir maiores resistências mecânica e à corrosão, mas também capazes de diminuir a assinatura por radar.

Os navios necessitam ser construídos em sistemas modulares, tanto no que tange aos armamentos e sistemas como em suas seções estruturais, permitindo melhores índices de manutenções e trocas de seções danificadas por ataques de mísseis ou outros tipos de armas.

Deve ser considerado também a adoção de sistemas autônomos de manutenção, operacionalidade e rearmamento, de forma a reduzir o número de integrantes de suas tripulações para menos de 1/3 do número de tripulantes necessários atualmente.

Conceitos como TRIMARÃS e CATAMARÃS deveriam ser avaliados pelos laboratórios de teste, de forma a conceber navios mais estáveis e resistentes a impactos laterais de armas, bem como reduzindo sua área superficial exposta à superfície.

O PROGRAMA MAR DE TITÃ, que visa a recuperação e consolidação da indústria naval brasileira é então iniciado aqui pelo NÍVEL I – MAR PROFUNDO – FORÇA OCEÂNICA.

Acesse aqui aos projetos do autor para o Mar de Titã.

Projetos Mar de Titã


FORÇA NAVAL OCEÂNICA

Constituída para ser uma força de intervenção global a Força Naval Oceânica (FNO)seria composta por duas frotas cada uma subdividida em dois Grupos de Ataque (GAt), esta força teria o papel de patrulhar os mares e defender os interesses nacionais, servindo como forças de intervenção capazes de impor bloqueios navais e se preciso atacar, utilizando para isso uma plêiade de navios e sistemas de armas capazes de neutralizar as forças adversárias e destruir todas e quaisquer ameaças.

Seu perímetro de ação seria o mais abrangente de todas as forças navais, propostas aqui no Mar de Titã, e compreenderia toda e qualquer parte do globo terrestre estendendo-se do litoral até a mais logínqua fração do Planeta.

Esta seria a Força Naval dita, de águas azuis, seu papel na defesa seria o de impor a superioridade no mar, servindo de força dissuasora intimidando o potencial inimigo em seu perímetro defensivo, atuando perto do seu litoral, se necessário atacando-o, e mais corriqueiramente realizanndo patrulhas, caçadas e bloqueios, de forma a neutralizá-lo antes deste deste poder chegar a uma distância crítica da Zona de Exploração Econômica (ZEE )brasileira.

  • GRUPO DE ATAQUE (Patrulha e Dissuasão)

Captaneado por um navio Aeródromo (NAe) e seguido por suas escoltas, este grupo teria a tarefa de realizar patrulhas e escoltas à comboios de navios mercantes pelos mares, seu papel secundário seria o de demonstrar a presença em qualquer parte do globo, esta força seria equipada com sistemas de armas capazes de lhes prover defesa anti-aérea, naval e submarina.

Navio Aeródromo (NAe):

A função do Nae é a de servir de base aérea móvel para a frota, sendo capaz de lançar seus grupos de aeronaves embarcadas destinadas aos mais variados fins, a presença ameaçadora de um Nae equipado adequadamente com seus meios aéreos e sistemas de defesa constitui-se por si só em um meio dissuasor. Entretanto os NAe podem operar como Nau captânias das frotas, constituindo-se assim em centrais nervosas e postos de comando das operações navais.

Devido às suas dimensões e natureza os NAe constituem-se em meios extremamente vulneráveis, pois, embora possam dispor de uma força aérea capaz de defender o espaço aéreo que os circunda, estes pouco ou quase nada podem fazer sobre a ameaça que vem das profundezas, é sobre as águas que adormecem o seu maior inimigo, o submarino, que como já demonstrado inúmeras vezes, pode furar o bloqueio e atacar silenciosamente, causando a perda de uma valiosa peça chave do arsenal de defesa.

Outra ameaça ao NAe constitui-se no ataque de saturação, continuamente treinado pelas forças da então URSS e que se mantém-se como um dos principais fatores de dissuasão da Marinha Russa.

Este tipo de ataque se caracteriza pelo emprego simultâneo de dezenas de mísseis de ataque naval de forma a esgotar as capacidades de defesa do adversário, furando o bloqueio e acertando o alvo pela incapacidade deste em se defender de tantos ao mesmo tempo.

Embora o NAe possa transportar consigo um arsenal completo capaz de o defender, este não é suficiente para lhe prover a defesa o que por si só exige a presença de outros meios navais capazes de lhe cobrir as deficiências.

Cruzadores(CR), Navios Escolta:

Para deslocarem-se pelos oceanos os NAe necessitam de escoltas capazes de prover a defesa Aérea, de superfície e submarina, entretanto estas escoltas necessitam possuir autonomia equivalente uma vez que não se pode encontrar um “posto de abastecimento” em qualquer esquina, por isso devem ser dimensionados e equipados de forma a possuírem os maiores alcances possíveis.

A conjunção de todos os fatores necessários para que uma escolta possua as características necessárias ao cumprimentoo a contento de suas atribuisções acarreta no superdimensionamento do navio, em peso, deslocamento, custo e em capacidade de armamentos.

Estas escoltas, necessitam possuir um arsenal completo composto por mísseis de defesa e de ataque capazes de prover a defesa anti-aérea, de superfície e submarina, de maneira que operando isoladamente, estas possam acompanhar comboios de mercantes e quando em grupo, escoltando os NAe, possam garantir-lhes a defesa propriamente dita.

Além de servirem como navios de defesa de superfície e submarina, as marinhas modernas delegam às suas escoltas uma segunda função, a de servir de plataformas de ataque vetoras de mísseis de ataque à superfície vulgarmente conhecidos como mísseis de cruzeiro.

Os projetos modernos das novas escoltas levam em consideração a capacidade das escoltas transportarem uma gama de armamentos capaz de conferir a capacidade de ataque de supressão e apoio a fogo terrestre, apoiando por exemplo as operações de desembarque anfíbios destruindo instalações, infla-estruturas e potenciais obstáculos para a força que realiza o desembarque.

Neste ponto vale ressaltar que as novas escoltas em desenvolvimento estão sendo planejadas para operar entre uma e duas peças de artilharia de calibre superior aos usuais, situando na casa dos 155 mm, isto porque é esperado cada vez mais que estas escoltas atuem como artilharia de apoio aos desembarques e portanto estas devem estar devidamente equipadas para oferecer o suporte e fogo de supressão.

É preciso no entanto ter em mente que não existe e ainda não foi inventada a arma perfeita, embora as escoltas contem com arsenais dedicados e eficientemente capazes de prover o fogo necessário à sua missão, no campo de batalha, para uma defesa efetiva é necessário o somatório de qualidades e vantagens de diferentes meios especializados de forma a conseguir-se o melhor e mais efetivo resultado.

Uma vez disto isto, levamos em consideração que a escolta por si só não deve ser a única responsável pela defesa da frota, exigindo-se assim outros meios tal como descreveremos à seguir.

Submarinos Nuclear de Ataque (SSN):

A frota que projetamos no Plano Brasil Mar de Titã seria composta por dois tipos de submarinos os nucleares e os de propulsão convencional, ambos destinado ao ataque e escolta dos grupos de ataque, entretanto, devido a sua natureza os submarinos operariam ou em grupo, escoltando os grupos de ataque quando necessário e até mesmo operando isoladamente em patrulhas de curta, média e longa duração.

A diferença entre os Nucleares e os convencionais neste contexto seria o seu raio de ação e permanência na patrulha.

NATUREZA DAS OPERAÇÕES

  • Operando com os Grupos de ataque.

Devido ao seu quase infinito raio de ação os nucleares escoltariam a frota provendo a defesa e patrulha submarina primeiramente contra submarinos inimigos, caçando-os e seguindo-os, a missão secundária seria a de caçar e atacar navios na superfície (NAe, escoltas e demais navios) entretanto, conforme projetamos no Plano Brasil, seria importante que estes navios tivessem a capacidade de efetuar o lançamento de armas de ataque à superfície como mísseis táticos, de forma que estes serviriam de plataforma de ataque à alvos em terra como centrais elétricas, refinarias, bases e demais infra-estruturas, apoiando assim as forças de ataque e de desembarque anfíbio.

Os submarinos teriam outras funções como infiltração e recolha de comandos, escuta eletrônica, espionagem, apoio à forças de sabotagem e de recuperação de instalações sequestradas, e até mesmo no combate a pirataria.

  • Operando isoladamente

Os nucleares também poderiam operar isoladamente dos grupos de ataque, fazendo patrulhas de longa e média duração em regiões remotas, rastreando e escutando tudo o que se passa sobre as águas.

As patrulhas de longa duração são em suma efetuadas de forma sigilosa e suas missões sã classificadas. Nestas patrulhas os nucleares usam a sua maior arma, a permanência quase indefinida como aliada, pois podem permanecer adormecidos nas pronfudezas, acordando apenas na hora do ataque e uma vez que a presa foi alvejada o submarino retorna para o silêncio das profundezas fugindo dos caçadores e à espera do próximo alvo.

Submarinos de propulsão convencional (SSK):

Em missões de patrulha no Atlântico ou mesmo tão somente na ZEE, a Marinha faria uso dos submarinos de propulsão convencional, mais baratos e menores estes navios se adequariam a efetuar a missão de patrulha junto a costa onde os nucleares perderiam as suas vantagens tal como velocidade e capaciddade de permanência dadas as suas dimensões e ruídos.

A função dos SSK seria a de defender a infla-estrutura costeira( portos, embarcações plataformas de petróleo) mas também servir de escoltas aos grupos de ataque quando em missões de curta e média duração.

Os SSK seriam os defensores do litoral e zona costeira, a qual trataremos melhor quando apresentaremos o NIVEL II Plataforma Continental, artigo o qual abordará a força de defesa da ZEE.

FORÇA DE INTERVENÇÃO

Uma vez composto o GAt com seu NAe, escoltas e submarinos, em casos especiais como por exemplo a necessidade de se formar um bloqueio naval, ou mesmo da invasão de um território ou ainda apoio ào desembarque de forças de paz uma nova força seria forma, esta contaria ainda com um grupo maior de navios, destinados a permanência por períodos de longa duração, transportaria consigo uma força considerável de integrantes da infantaria da marinha composta por efetivos e veículos de combate.

Esta força seria composta pelos Grupos de Ataque somados aos Grupos de Assalto e de apoio logístico.

GRUPO DE ASSALTO

Esta Componente da Força Naval seria formada por navios de Assalto e de transporte e desembarque de tropas, a força anfíbia teria a função de deslocar tropas e equipamentos para quaisquer pontos do globo provendo-lhes o apoio necessário para permanência neste local e uma vez que necessário, efetuar o desembarque e as operações de invasão pelas praias e pelo ar, para tanto estaria aparelhada com os seguintes meios navais.

Navio de Assalto Anfíbio (NAA):

Navio comando do Grupo de Assalto (GAss) os Navios de Assalto Anfíbios (NAA) empregariam os seus helicópteros e aeronaves não tripuladas de forma a efeturem a supressão de defesa e o desembarque aéreo dos efetivos e suprimentos da infantaria da Marinha.Utilizando a sua doca estes navios efetuariam o desemmbarque de veículos, tropas e demais equipamentos necessários para operação de desembarque.

Em situações especiais os NAA poderiam atuar como navios de controle de área marítima transportando um efetivo de aeronaves não tripuladas e helicópteros destinados as missões de patrulha, guerra anti-submarino, e contraminagem.

Navio de Desembarque de Doca (NDD):

Apoiando o desembarque e transportando os fuzileiros navais, os Navios de Desembarque de Doca (NDD) seriam empregados no apoio aos NAA quando em operações de desembarque, ou ainda empregados como meios principais em operações de baixa intensidade.

os NDD seriam providos de capacidades de operarem independentemente podendo entrar em estuários de rios desembarcar os efetivos e ainda assegurar o apoio ao fogo de supressão ás forças da infantaria.

FORÇA AUXILIAR

Assim como a Força Naval principal a Força Auxiliar (FAux) se subdividiria em duas frotas sendo estas dedicadas as suas respectivas forças militares.

Entretanto cada uma das forças Auxiliares se subdividiriam ainda em duas outras componentes, a de Apoio Logístico (FAAuxLog ) e a Força Auxiliar propriamente dita.

  • Força de Apoio Logístico

Esta Força se destinaria ao apoio da força principal, Forças de Ataque e de Interrvenção, estaria ligada mais estritamente as operações militares e seria composta pelos navios de apoio logístico que atuariam em prol do fornecimento de recursos necessários a operacionalidade e manutenção da Força Naval em qualquer parte do planeta.

Navio Tanque Oceânico (NTO):

Composta por uma força numericamente satisfatória o grupo de navios reabastecedores seria composto pelos navios tanques (NTO) que teriam como função o reabastecimento de combustível e suprimentos aos grupos navais em qualquer parte do planeta, estes navios seriam como que postos de gasolina ambulantes, navegando escoltados ou incorporados aos grupos de ataque ou simplesmente comboios estes efetuariam a recarga de combustível a frota.

Estes navios teriam ainda capacidade secundária de transporte de suprimentos e auxiliariam as frotas principais na altura de seus deslocamentos pelos oceanos.

Navios Cargueiro Oceânico (NCO):

Atuando no transporte de suprimentos e de material pesado, os Navios Cargueiros de apoio logístico efetuariam a missão de levar os suprimentos as forças ou efetivos em terra quando em missões em outros países, seriam capacitados a prover o rebastecimento em deslocamento em alto mar ou mesmo em terra.

Estes seriam os “burros de carga” da frota e do comando integrado de logística transportando o que fosse necessário para a manutenção das operações Navais, Terrestres e Aéreas.

Navio de Salvamento de Submarinos (NSS):

Tendo a importante missão de efetuar o resgate de tripulações sinistradas, os navios de salvamento de submarinos (NSS) estariam subordinados ás forças de apoio logístico, seriam empregados apartir de suas bases de onde partiriam em auxílio e resgate de tripulações e navios acidentados, sendo para isto equipados com os mais modernos meios disponíveis.

Os NSS teriam ainda uma segunda função de atuarem no apoio às pesquisas geológicas e oceanográficas levadas a cabo pela diretoria de Oceanografia da Marinha do Brasil.

  • Força de Auxiliar

A segunda seria formada pelos navios auxiliares que teriam como função as operações de cunho civil dentro da Força Naval, esta cumpriria as demais funções de estudo oceanográfico, polar, manutenção entre outras.

Chamo a atenção dos leitores para o fato de que aqui neste artigo só serão descritos os meios navais alocados a Força Oceânica, e que os demais meios destinados a Força litorânea e Fluvial serão tratados respectivamente em seus artigos nos NÍVEL II e III.

Navio Dique Oceânico (NDO):

Atuando como transportador de cargas volumosas, servindo de navio oficina ou ainda de navio mãe para operações de resgate e hotel flutuante, os Navios Dique Oceânicos (NDO) seriam subordinados à Força Auxiliar de onde efetuariam as suas missões em prol das operações militares e civis, à serviço de instituições privadas e governamentais dos mais variados fins.

Navio Hospital (NHO):

Os Navios Hospital Oceânicos (NHO) Estes navios auxiliariam as operações humanitárias levadas a cabo pela cruz vermelha, ou mesmo em apoio à calamidades, resgate de sobreviventes ou simplesmente operando como hospitais móveis ao serviço conjunto com o Ministério da Saúde.

Navio Polar (NPo):

Auxiliando o programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) os Navios Polares (NPo) atuariam como navios de suporte logístico e laboratórios flutuantes para as equipes de pesquisadores brasileiros, servindo de casa e estação de trabalho para estes.

Assim como os demais navios destinados às operações civis os NPo também estariam subordinados a Frota Auxiliar.

DISTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS E MEIOS

No atual estágio em que se encontra a nossa Marinha, a força naval está concentrada no Rio de Janeiro, o que estrategicamente é um lapso terrível, além da vulnerabilidade à um ataque por parte de uma nação agressora, que pode em tese neutralizar parcialmente Força naval , o posicionamento da frota em um único ponto do extenso litoral brasileiro constitui-se num problema de ordem logística para a Marinha do Brasil.

Haja visto o recente incidente do voo AF447 do qual os meios deslocados para efetuar o apoio e as operações de busca demoraram dias à chegarem ao local, adendo (não que as equipes e forças envolvidas não efetuassem o seu trabalho profissionalmente, ao contrário, nosso militares demonstraram ao mundo a prontidão e profissionalismo digno de notas na imprensa internacional, localizando primeiro e efetuando o maior número de salvamentos que seus colegas, Franceses e Norte Americanos).

Entretanto se Força Naval contasse com uma maior dispersão de meios pelo litoral Brasileiro a respostas teria sido mais rápida e efetiva, economizando combustível e tempo, imprescindíveis neste tipo de missões.

A nova Estatégia Nacional de Defesa (END) prevê a dispersão de outras frotas pelo litoral com a criação de pelo menos mais dois arsenais e subsequentes alocações de novas frotas de forma a reafirmar a presença da Força Naval em todos os cantos do Brasil.

É urgente e se faz necessário este tipo de pensamento, que deve ser posto em prática o mais rápido o possível, uma vez que na ocasião de uma nova emergência, mais uma vez precisaremos responder a altura e no menor tempo possível às ameaças e ou calamidades que possam ocorrer.

O Plano Brasil, assim como o DefesaBR sempre propuseram a criação de outras bases de forma a dispersar a frota pelo litoral, sendo que em um artigo pessoal datado de 2003 o DefesaBR chegou inclusive a citar a necessidade das três frotas dando a sua posição tal como prevê a END (Clique aqui para aceder a matéria do DefesaBR).

Acreditamos que por suas posições geográficas e importâncias, as regiões Norte e Nordeste do País carecem da instalação e presença de duas outras Bases Navais, aparelhadas e equipadas adequadamente de forma a serem capacitadas de responderem individualmente e à quaisquer ameaças de média e baixa intensidade.

O que entendemos como ameaças de pequena, média e alta intensidade?

  • Pequena Intensidade- litígio entre uma fração de uma frota composta por um número reduzido de navios de guerra e ou submarinos que tentem impor as vontades de suas nações (ataque de uma nação periférica por razões de contenda).
  • Média Intensidade- bloqueio naval ou tentativa de desembarque de uma frota procedente de uma potência ou da aliança entre uma potência e nações periféricas.
  • Alta intensidade: tentativa de invasão por uma super potência ou associação de duas potências médias em prol da invasão do território nacional e ou bloqueio naval ( neste caso seriam necessários não só a participação de toda a força naval envolvendo todos os meios disponíveis, como também a ajuda exterior de outras nações).

Para tanto o Plano Brasil elaborou a distribuição das frotas tendo em conta o que achamos ser a melhor forma de se dispersar pelo litoral os meios necessários para a defesa efetiva.

Levamos em consideração o número de navios os quais achamos serem possíveis de adquirir e construir se para isso forem aprovados recursos orçamentais dignos de um país com a dimensão da nossa economia, levamos em conta que comparações com nações da dimensão econômica e estratégica da nossa não podem ser usadas como parâmetros uma vez que estas não estão sujeitas as ameaças nem as realidades características do nosso país.

Nenhuma nação no globo congrega as características do nosso país, litoral, recursos naturais em terra no mar, distância entre as principais cidades, dimensões territoriais, diferenças econômicas e de desenvolvimento entre as regiões, estes por si só já seriam fatores que deveriam ser levados em consideração e justificariam (na nossa visão) o modelo que propomos, entretanto, lembramos aos leitores que um outro fator ainda mais importante de ser levado em consideração.

O Brasil é a única nação entre as 20 maiores economias do planeta que não faz parte de uma aliança ou pacto de defesa mútua, isto quer dizer que em caso de conflito terá que dispor dos meios próprios para se defender e contar com a diplomacia e boa vontade dos demais “parceiros” para por fim a contenda.

Isto quer dizer que:

uma nação da dimensão econômica do Brasil que seja membro por exemplo da OTAN pode se dar ao luxo de não precisar investir em todos os campos da defesa uma vez que pode contar com o guarda chuva protetor de sua aliança e consquente ajuda dos demais membros.

Isto quer dizer que:

A análise do número necessário de meios dos quais o Brasil necessita para a sua defesa não pode ser pautado pelo que se vê no exterior em outras nações, e sim no número e efetivo necessário para defender-se de quaisquer ameaças, independentemente se o pais encontra-se em guerra ou em paz.

Até agora estivemos experimentando uma era de tranquilidade e serenidade, boa convivência e respeito mútuo, mas esta era com certeza não vai durar para sempre, principalmente agora com a escassez de recursos hídricos, energéticos e alimentícios, não tardará e nem faltará ocasiões em que o Brasil terá que mostrar o seu valor e definir sua história por meio da resolução de um conflito armado.

Diante destas considerações acreditamos que a Marinha do Brasil deveria dispor de pelo menos duas frotas navais com capacidades oceânicas, cada uma delas apoiada por suas frotas auxiliares e respectivas forças submarinas e anfíbias.

BASES E UNIDADES

Lembrando aos leitores que aqui neste artigo serão descritos apenas os meios navais alocados a Força oceânica, e que os demais meios destinados a Força litorânea e Fluvial serão tratados respectivamente em seus artigos nos NÍVEL II e III.


Tabela contendo os meios navais e as respectivas quantidades apresentadas segundo aproposição do Plano Brasil.

Força Naval Oceânica


Meios


Quantidade

Navio Aeródromo


04

Navio de Assalto Anfíbio


04

Navio Cargueiro


06

Navio Tanque


08

Navio de Desembarque de Doca


08

Navio Hospital


02

Cruzadores


16

Submarinos Nucleares de Ataque


08

Navio de salvamento de Submarinos


04

Navio Dique


04

Navio Polar


02

Total

66

1ª FROTA

Situada no Rio de Janeiro estaria alocada a 1ª Frota composta por dois grupos de ataque assim dispostos:

1º Grupo de Ataque


Qtd

Tipo

01

Navio Aeródromo (NAe)

04

Cruzadores (CR)

2º Grupo de Ataque


Qtd

Tipo

01

Navio Aeródromo (NAe)

04

Cruzadores (CR)

1º Esquadrão de Salvamento de Submarinos


Qtd

Tipo

02

Navio de salvamento de Submarinos (NSS)

Ainda no Rio de Janeiro situado na sua base em Sepetiba que encontra-se em construção estaria sediada a 1ª Força de Submarinos Nucleares de Ataque 1ª FSubNA:

1ª Força de Submarinos Nucleares de Ataque


Qtd

Tipo

04

Submarinos Nucleares (SSN)

O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro seria ainda a morada para a 1ª Força de Assalto composta pelos navios de desembarque anfíbio e de transporte de tropas, cada um deles subordinados à um grupo de ataque e assim divididos:


1º Grupo de Assalto


Qtd

Tipo

01

Navio de assalto anfíbio (NAA)

02

Navio de Desembarque de Doca (NDD)

2º Grupo de Assalto


Qtd

Tipo

01

Navio de assalto anfíbio (NAA)

02

Navio de Desembarque de Doca

(NDD)

Com sua Base em Santos litoral e São Paulo estaria alocada a sede do 1ª e 2ª força de apoio logístico, esta cidade seria escolhida para sediar as forças de apoio da Marinha do Brasil devido ao fato deste ser o mais importante porto Brasileiro e dispor de toda a infla-estrutura de transporte necessária para o transporte de quaisquer suprimentos das regiões mais industrializadas do país até o embarque nos navios da frota de apoio, sendo assim ali estariam alocados os seguintes meios:


1ª Força de Apoio Logístico (1ºFALog)


Qtd

Tipo

03

Navio Cargueiro Oceânico

(NCO)

04

Navio Tanque Oceânico

(NTO)

02

Navio Dique Oceânico

(NDO)

2º FROTA

Com sua sede em Fortaleza Ceará a 2ª Frota seria também composta por dois grupos de ataque a escolha desta cidade como base naval cede para a segunda frota deve-se ao fato desta ser a maior cidade da região nordeste e por se encontrar em uma posição geográfica estratégica posicionada no ponto equidistante entre a fronteira limite ao norte e o litoral sudeste do país.

No ceará também se encontra um importante porto que com advento do crescimento econômico do Nordeste tende a se tornar um dos pontos de partidas de inúmeras mercadorias exportadas deste porto par o exterior.

Sendo assim ali em fortaleza estariam locados como seguem as seguintes componentes navais:


3º Grupo de Ataque


Qtd

Tipo

01

Navio Aeródromo (NAe)

04

Cruzadores (CR)

4º Grupo de Ataque


Qtd

Tipo

01

Navio Aeródromo (NAe)

04

Cruzadores (CR)

Dispersando de forma mais equilibrada ao longo do litoral o 2º esquadrão de salvamento de submarinos teria sua base em fortaleza desta forma o socorro à um sinistro por esta fração do litoral ou mesmo para a região do Atlântico Norte seria mais eficaz uma vez que a fora de salvamento responderia mais prontamente em menos tempo.


2º Esquadrão de Salvamento de Submarinos


Qtd

Tipo

02

Navio de salvamento de Submarinos (NSS)

Situada mais ao sul nas proximidades de Natal Rio grande do Norte estaria situada a base da 2ª Força de Submarinos Nucleares de Ataque 2ª FsubNA:


2ª Força de Submarinos Nucleares de Ataque


Qtd

Tipo

04

Submarinos Nucleares

(SSN)

Ainda em Fortaleza CE, o Arsenal de Marinha sediaria a 2ª Força Anfíbia composta pelos 3º e 4º grupo de assalto, assim divididos:


3º Grupo de Assalto


Qtd

Tipo

01

Navio de assalto anfíbio (NAA)

02

Navio de desembarque de Doca

(NDD)

4º Grupo de Assalto


Qtd

Tipo

01

Navio de assalto anfíbio (NAA)

02

Navio de desembarque de Doca

(NDD)

Com sua Base situada nas proximidades do porto de Pecém, CE, a 3ª e 4ª força de apoio logístico, utilizaria da infla-estrutura de transporte necessária para o transporte de quaisquer suprimentos das regiões mais industrializadas do nordeste país até o embarque nos navios da frota de apoio, sendo assim ali estariam alocados os seguintes meios:


2ª Força de Apoio Logístico (1ºFALog)


Qtd

Tipo

03

Navio Cargueiro Oceânico

(NCO)

04

Navio Tanque Oceânico

(NTO)

02

Navio Dique Oceânico (NDO)

FORÇA AUXILIAR

Como parte integrante das forças de Auxiliares da Marinha do Brasil, outras duas unidades especiais teriam suas sedes em locais definidos conforme a necessidade, são elas os navios de apoio ao programa Antártico e os navios Hospitais.

Os primeiros estariam sediados em sua base na cidade de Rio Grande no estado do Rio Grande do Sul, base esta construida de forma a servir de centro de comando e treinamento de pessoal destinado as missões Antárticas.

A posição da base foi considerada levando-se em conta a proximidade desta com o polo sul e desta forma os navios ali alocados poderiam efetuar suas missões tendo em conta viagens mais curtas e apoio mais efetivo.

1ºGrupo de apoio a Pesquisa Antártica 1ºGApPA.


Qtd

Tipo

02

Navio Polar (NPo)

1ª Divisão de Saúde das Forças Armadas

Subordinados a Divisão de Saúde das Forças Armadas DivSaFoAr, os navios hospitais da Marinha teriam como base a cidade de Salvador na Bahia, alí naquela cidade seria instalada a sede da DivSaFoAr, bem como um hospital geral das Forças Armadas, os Navios seriam alocados e um uma nova base e contariam com efetivos humanos procedentes de todas as regiões do país escalados e embarcados de acordo com a missão vigente.


Qtd

Tipo

02

Navio Hospital Oceânico

(NHO)

FORÇA de Ataque
Localização das Bases e distribuição dos Meios Navais alocados as Forças de Ataque e Forças de Submarinos Nucleares de Ataque (Imagem Google earth, foto montagem por E.M.Pinto)
Força de assalto
Localização das Bases e distribuição dos Meios Navais alocados as Forças de Assalto e de salvamento de submarinos (Imagem Google earth, foto montagem por E.M.Pinto)
Força auxiliar
Localização das Bases e distribuição dos Meios Navais alocados as Forças de apoio Logístico, Divisão de Saúde de apoio ao programa Antártico Brasileiro (Imagem Google earth, foto montagem por E.M.Pinto)

11 Comentários

  1. Olá! Gostei muito de seu trabalho. Faço parte de um Observatório de Estudos sobre a Defesa na Amazônia: http://www.obed.ufpa.br/ e recetemente comecei a estudar sobre a Marinha Do Brasil, mais especificamente a sua atuação na Região Norte/Amazônia,a partir dos Discursos dos novos projetos, como o “Amazonia Segura”, pensados para a Região na “Estratégia Nacional de Defesa” e na “Política de Defesa Nacional”, onde a Região tem papel central em sua configuração. Li aki os artigos do Luís Pinelli, vendo teu trabalho e tendo em vista a mudança no local da 2ª Frota-Frota do Norte/Amazônia, penso ser muito sensível o Planos pensados para a Região, e que falta, a partir do pequeno levantamento q fiz sobre o tema, principalmente o que remete a Marinha; estudos/artigos, notícias/reportagens, que tratem sobre o tema e veícule à população em geral e aos interessados no tema, o que está acontecendo e que está a ocorrer nas novas políticas do Ministério da Defesa, assim como debates que reflitam sobre o melhor encaminhamento da questão. Não sei se me fiz entender, tendo em nota q meu conhecimento sobre o tema ainda está engatinhando, mas fica um adendo: por favor (rsrsrs), mais noticias sobre o Projeto Amazônia Segura – pq não estou econtrando fontes suficientes – e sobre o PRM para a região. Gostei muito, parabéns mesmo pelas discussão pautadas aki!!!

    • Salve Regiane.
      Obrigado pelass sugestões, de fato este é um assunto que nos interessa, especialmente os temas relacinados a Amazônia.
      Procurarei mais notícias sobre, mas desde ja gostaria de pedri-lhe se caso queiras colaborar com informações ou notícias, ests seriam muito bem vindas, pois sabemos o quão difícil é obter informações e notícias desta.
      Um grande abraço e Obrigado
      E.M.Pinto

  2. Muito interessante o artigo. Parabéns.

    Apenas duas sugestões. Seria muito interessante que tivéssemos navios de uso múltiplo capazes de exercer tanto a função de Navios de Assalto Anfíbios (NAA), como a de Navio Hospital (NH) ou Navio Hospital Oceânico (NHO). Navios com cerca de 15 a 20 mil toneladas de deslocamento poderiam realizar a mesma função, de grande navio hospital e navio anfíbio, podendo, ainda, ser utilizados para operações anti-submarino, patrulha em alto-mar e ainda de SAR (busca e salvamento) dentro da área de SAR de responsabilidade do Brasil.

    Utilizar o mesmo modelo de navio para todas estas funções permitiria fabricá-lo na escala necessária para reduzir seu preço final. Com a redução do custo de fabricação destes navios, dada a escala de produção, seria mais fácil passar este projeto no Congresso, inclusive porque não deixam de ser navios-hospitais. Em situações de paz e rotina, poderiam ser utilizados como navios-hospitais na Amazônia, ou alguns deles poderiam ser enviados para missões de paz, pela ONU. Acredito que estes navios poderiam ter 2 ou bases de operação, uma na Amazônia, preferencialmente nova, outra no Norte-Nordeste (Pará ou Maranhão) e a outra também no Nordeste, voltada para o Atlântico (BA ou RN).

    Em situações de emergência, estes navios-hospitais poderiam ser utilizados como NAs leves, operando até mesmo aeronaves VTOL, como o YAK-141.

    Alguns modelos interessantes poderiam servir de “inspiração” para este novo tipo de navio de uso múltiplo, como o Hyuga americano, ou o Mistral, francês. Entretanto, acredito, precisaria de um projeto nacional, novo, pensado para seus múltiplos usos e na capacidade de atuação simultânea das águas azuis às aguas marrons.

    Além disso, acredito que seja basolutamente fundamental pensar em um novo tipo de sistema de armas, que sirva simultaneamente para as três forças e que permita cobrir vastas áreas do Atlântico Sul. Me parece que os ecranoplanos reunem estas características: poderiam ser utilizados para transporte e apoio logístico pelo Exército, para ataque e defesa do litoral, áreas fluviais e do alto-mar, tanto pela Força Aérea como pela Marinha. Poderia tornar a escolta dos nossos NAs muito mais eficiente, teríamos um veículo aeronaval ou naval, de alta velocidade para defesa costeira, inclusive das áreas do Pré-Sal, que facilitaria absurdamente a realização de operações de SAR, além da capacidade anti-submarino ou anti-navio. Não existem grande segredos sobre o efeito “ecrano” de aerodinâmica, portanto fabricá-lo seria relativamente simples, a única dificuldade continua sendo a fabricação de uma turbina 100% nacional. Além disso, voar na água ou muito próximo à àgua, significa voar “invisível” à praticamente qualquer radar instalado em um navio inimigo. Armados com mísseis cruzadores ou mísseis anti-navio, estes barcos-aviões poderiam dar ao Brasil uma capacidade de dissuasão no Atlântico Sul se igual.

    Por fim, acredito que devemos começar a pensar mais seriamente na fabricação de grandes submarinos-robôs, capazes de lançar torpedos, mísseis anti-navio, ou torpedos lançados por mísseis. Me parece que seriam a melhor solução para defender a zona costeira do país contra Marinhas tecnologicamente superirores, que poderiam destruir nossos submarinos convencionais assim que estes dessem o primeiro tiro.

  3. O Porta-aviões é o continente, e pra que Navios de Guerra de Superfície ? Vamos investir em centenas de submarinos, inclusive com armas nucleares, além de milhares de aeronaves e mísseis de todos os tipos.

    :brasil:

  4. com tanta tecnologia,por que é que não resgataram o submarino kursk,para fazerem o velorio de seus tripulantes!!ou estão apenas na guerra de informaçoes???

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  7. Legal, porém mesmo de faz de conta temos que saber pra que serve tipo de embarcação. Porta aviões???? O Brasil tem um e não devia ter nenhum. Porta aviões é para países que policiam o mundo. Levam seu poderio militar para bem longe de suas fronteiras. Não é o caso do Brasil. Fária bases aéreas espalhada pelo nosso litoral seriam eficientes e muito mais barato manter e defender essas bases. Foram longe na viagem.

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