Que Realidade !!

Por: Luíz Pinelli

O Velho Patriota

O Brasil precisará com certa urgência, não somente de seis (06.) fragatas ou navios patrulhas e quatro (04) submarinos, mas, muito mais. Ora, vejamos, consideremos o tamanho do nosso mar territorial e de nossa riquezas recém descobertas. Com este raciocínio civil mas consciente, temos que apontar para a nossa MG a necessidade de 100 fragatas ou navios-patrulhas modernas, entre marítimas e fluviais, e no mínimo de 50 submarinos convencionais. O que parece um sonho absurdo, é apenas um desejo de acumulação de consciência nacionalista legítima em favor da soberania de nosso solo pátrio, sem exageros ou fanatismos estúpidos.

Para nossa desgraça, não vemos nenhum movimento viril no sentido da aplicação do Plano Estratégico de Defesa Militar para o fortalecimento militar das nossas FAs. E pelo que entendemos, não haverá tão cedo como é o desejável. A geração plebéia pouco esclarecida, vive afogada nos discursos tribunícios dirigidos pelos arengueiros demagógicos de plantão permanente nesta Nação. Isto não está ficando bom. “Catalina, Catalina, até quando abusarás da nossa paciência.”

Não são apenas a ausência das medidas práticas efetivas que deveriam ser levadas à efeito para termos o revigoramento militar das nossas FAs através do Plano Militar, mas, um governo plena de decisões equivocadas que permitem, impunemente, a saída incontroláveis de dinheiro.As requeridas ações de fortalecimento militar das FAs, são apenas, diluídas por meio de palavras festivas e vazias, anunciadas nos comícios presidenciais, como a criação da Engesaer (?), como a composição bélica orgânica do Exército Móvel, como a instalação dos Estaleiros Navais, para construção de navios patrulhas e submarinos, como a fábrica (Helibrás) para a produção dos helicópteros militares, como a solução definitiva para a compra dos caças para a FAB, como o Urutu III, da IVECO/FIAT, que seria apresentado ao povo no 7 de setembro de 2009,e, segundo, se dizia, será o protótipo do carro blindado sob rodas do EB e dos FNs, nas suas diversas versões que substituirão os já cansados Cascável e Urutu da Engesa, sem citarmos, também os tão criticados M-113 do EB, transportes anfíbios de tropas de infantaria.

A inconseqüência política destes governantes não tem limites lógicos !!! Fazem qualquer coisa, usam qualquer expediente para chamar atenção sobre si mesmo. Não há dúvidas o governo está em plena campanha eleitoral para 2010. Muito lamentável, entretanto, são as recentes decisões de diplomacia internacional envolvendo Honduras e Brasil. O Brasil mal “segura suas próprias calças no lugar” foi se intrometer com assuntos, puramente, domésticos da casa dos outros, e o fez de maneira pouco inteligente. Vamos falar sério, “ – que força militar o Brasil representa na América Do Sul, hoje “ ??? Que o Sr. Presidente Lula não possui facilidades culturais, todos nós sabemos, mas o Sr. Ministro Amorim que teria obrigação técnica, por formação profissional, de possuir certo nível de cautela no trato destes assuntos “ enfiou o pé na jaca” provocando um desgaste precipitado, totalmente, desnecessário na imagem internacional do Brasil num momento impróprio.

No Brasil não falta só dinheiro, mas também, muita e muita competência política !!! Que realidade dura para os brasileiros que possuem um mínimo de vergonha na cara, pois, isto, é fruto da má escolha política exercida por esta sociedade interesseira e egoísta do Brasil. O governo brasileiro caiu na cilada do Sr. Chaves, que articula para envolver o Brasil em situações ridículas, vejam o Equador, a Bolívia, o Paraguai, e agora, a Honduras. “Abra o olho, Brasil!!!”. Fico me indagando onde estão os responsáveis pela estratégia e logística das FAs do Brasil que não se pronunciam ???? Têm clara obrigação de assessorar o governo nestes tipos de relação internacional, onde exala o “cheiro” de franca hostilidade política, cuja evolução para o posicionamento militar dependerá de um conjunto de fatores, inclusive, o “nível” de agressividade militar, capacidade militar de pronta reação, e, a própria estrutura orgânica das forças militares do Brasil. “- Quem impunemente, vai desafiar uma potência militar, conhecendo-se, antecipadamente, os resultados que poderão advir.

O dinheiro que deveria ser destinado à operacionalização do Plano Estratégico Militar das FAs do Brasil parece que não cedo não vai aparecer mesmo!!. A corrupção é um mal universal, mas no Brasil toma rumos de grande tragédia nacional. O mal que os Srs. Militares estão fazendo por sua retirada do governo assume uma dimensão desproporcional, e, é muito pior para a opinião pública inteligente, é o Silêncio assumido por eles que o encastelam, como se a Classe Militar fosse apartada da sociedade, vivendo uma outra realidade brasileira. No Brasil qualquer iniciativa governamental é motivo e pretexto para roubos e desvios de recursos financeiros.

Recentemente o TCU vem de bloquear as obras do PAC, que originalmente, são programas de despesas demagógicas de fundo eleitoreiro para angariar a coleta de votos para o governo, mas, que foram paralisadas por irregularidades. O dinheiro no Brasil, só não existe e não é destinado ao fortalecimento das FAs, face ao desvio de conduta do próprio governo. Na verdade o governo brasileiro não está, em hipótese alguma, identificado com os assuntos do fortalecimento militar das FAs, apenas, “joga” com a atenção da opinião pública. Exemplo prático, são as notícias divulgadas pela mídia, como: “- Congresso aprova redução de meta de superávit”; motivados pelas despesas do PAC e dos Programas Habitacionais do governo, a alteração da LDO permitirá acomodar os gastos crescentes deste exercício, período estratégico que produzirão os efeitos eleitorais para 2010, como premeditado. São as manobras vertiginosas e inescrupulosas do continuísmo político no Brasil.

Esta é a razão principal pela qual não são fornecidas as Fontes de Recursos que suportarão à longo prazo as ações do bem aventurado Plano Estratégico Militar para o fortalecimento bélico das FAs do Brasil. E não poderão ser poucos recursos, como requer os ensaios politiqueiros deste governo, muito pelo contrário, exigirão vários bilhões de reais. A definição da origem destes recursos, conforme minha opinião de especialista da gestão pública, já foram longamente dissertadas nos comentários anteriores. Infelizmente, não existe ninguém consciente deste governo que “se permite perder um tempo para considera-la em análise”.

Não é necessário dizer que não o sou o dono da verdade, mas considero o exercício governamental do silêncio, funesto e criminoso para a Nação. Estão muito ocupados, metidos em falcatruas financeiras que lhes rendem dividendos melhores para seus bolsos. Como não lemos a manifestação dos especialistas militares em organização, estratégia, e, logística alertando à Sociedade, que “dorme em berço esplendido” e, sacudindo este Governo “ babão”. Mesmo sem as palavras exatas dos especialistas militares, a lógica e a consciência nos permitem aventurar, dizendo que, o tamanho territorial do Brasil exige do governo maciços investimentos bélicos na quantidade e na ordem, um exercício literal, como sugerimos no quadro hipotético abaixo:

1)- blindados sobre lagartas em números de 5.000 unidades, ou sejam, Tamoios de 105mm e Osório de 120mm.
2)- blindados sob oito (08) rodas Sucuri de 105mm e 120mm em números de 6.000 unidades , para apoio estratégico das colunas blindadas, e, perseguição e destruição das defesas inimigas.
3)- transporte de tropas de infantaria sobre lagartas, anfíbios, para 18 fuzileiros, equipados com canhões anti-aéreos de alta velocidade e lançadores de mísseis anti-aéreos, em números de 800 unidades.
4)- baterias de mísseis anti-aéreos sobre lagartas ou 10 (dez) rodas, em números de 3.000 unidades.
5)- baterias de mísseis Astros da Avibrás, em números de 1.000 unidades.
6)- baterias de 105mm e 155mm auto-rebocados em viaturas sobre lagartas, em 2.000 unidades.
7)- lanchas de desembarque da infantaria, com suporte e apoio de fogo terrestre e anti-aéreo, em 3.000 unidades.
8)- helicópteros de vários tipos, mas são importantes os de ataque e proteção, tipo Apache. Para cobertura segura do deslocamento de nossas colunas blindadas, e, de desembarques anfíbios de nossas forças terrestres e navais, estimados em, 3.500 unidades.
9)- helicópteros de transportes para nossas forças especiais, devidamente armados com os melhores e mais modernos equipamentos bélicos de combate e apoio.
10)- para a FAB, como disse o Sr. Secretário da Força, seriam necessários 150 aviões de caça e não 36. Este civil que vos fala, cita o número de 200 aviões, pois, é necessário ter a reserva estratégica de 50 aviões.
11)- ainda, para a FAB, helicópteros de transporte e ataque para uso do PARASAR e de suas Tropas Especiais.
12)- para os FNs, considerando o efetivo atual, 600 unidades de transportes de infantaria e tanques blindados de calibre moderno, ambos anfíbios e artilhados com canhões magnéticos ( de alta velocidade ) e sistemas de mísseis anti-aéreo, 500 unidades.
13)- a criação da Engesaer, quando criada, seria uma excelente oportunidade para nossos engenheiros militares, técnicos especializados e especialistas das nossas FAs, a partir das experiências dos projetos anteriores, inovarem com grandes modelos militares brasileiros, terrestres, anfíbios, etc.
14)- lanchas rápidas de desembarque e assalto para os FNs, com convincente armamento de proteção e apoio anti-aéreo, em número de 700 unidades. Não vamos nos esquecer das necessidades de defesa, segurança e soberania nacionais da região amazônica, do pré-sal e da própria nação.
15)- helicópteros de transporte e de ataque para os FNs, com 400 unidades. A Helibrás com certeza se preparará para atender estas demandas operacionais diferenciadas.
16)- não cabe perdemos de vista, os respectivos estímulos próprios que o governo deve transferir à AVIBRÁS ( foguetes ) e a IMBEL( armamentos leves e pesados ).
17)- como citado no início deste comentário. A MG do Brasil terá a necessidade permanente, no mínimo, de 100 fragatas ou navios-patrulhas marítimos e fluviais e de 50 submarinos convencionais, para patrulhamento constante de nossos mares e costas. O estaleiros navais prometidos pelo governo, através da aliança militar com a França, devem ter, logo, suas instalações iniciadas. A segurança decorrente da proteção marítima da Nação tem de ser imediata.
18)- para levar mais próxima dos conflitos a proteção aérea requerida pelas operações dos FNs, temos de possuir alguns porta-helicópteros, com centenas de aeronaves de transporte e ataque, na ordem de 200 unidades.
19)- a reorganização das unidades militares das nossas Faz, levará com certeza o fortalecimento do 4º exército, e a criação do 5º e 6º exércitos.
20)- para deslocamento de curta distância as tropas, os nossos exércitos deverão utilizar-se de alguns milhares de blindados sob quatro (04) rodas, do tipo Guará, devidamente, artilhados com canhões(definir calibre), metralhadoras e sistemas de mísseis,
20)- em termos de Tropas Especiais do Brasil:
a)-Da Brigada de Paraquedista, devem ser originadas quatro divisões, com localização em Goiana, Amazonas, Recife e Rio de Janeiro;
b)- Da Brigada de FNs, devem ser originadas quatro divisões, com localização em Mato Grosso do Sul, no Amazonas, no Sul do País e no Nordeste;
c)- das Brigadas de Operações Especiais do EB devem originar cinco divisões com localização de quatro na Região Amazônica e uma, em Brasília;
d)- das Brigadas das Selva devem ser originadas oito divisões, todas localizadas na Região Amazônica;
e)- entendemos que como a soberania nacional, não deve ser preocupação só do Governo Federal, portanto, cada Estado da Federação devem contribuir com um contingente de 800 homens (batalhão completo) para integrar as Divisões Especiais de Polícia da Selva, sob o comando unificado do EB. Os custos orçamentários, com a operação destas tropas, devem ser cobertos pelos seus respectivos estados de origem;

Esta análise( me desculpem os especialistas das FAs) não é nenhum devaneio louco ou outro plano paralelo ao existente Plano Cruzeiro do Sul, mas uma chamada de alerta, grave e urgente, para termos uma idéia exata da mobilização dos recursos financeiros que seriam necessários na quantidade suficiente para desenharmos a organização bélica exigida pelas modernas FAs do Brasil. Este resumo hipotético demonstra a verdadeira face da segurança militar necessária da nossa soberania e dos Custos Gerais de Execução, Manutenção e Operação do Plano Estratégico Militar Nacional, uma vez que, a Sociedade brasileira não tenha dúvidas, serão necessários grandes valores de recursos financeiros, Ontem, Hoje e Amanhã, para investirmos solidamente nas FAs brasileiras. Malezas sociais sempre existiram em todos os tempos e em todas as grandes civilizações.

Dar atenção governamental a elas é muito bom, mas o que não é correto, é transforma-las em bandeira de campanhas eleitorais. Não adianta pensar timidamente ou com falsos conceitos sociais repetitivos já desgastados no tempo, se de fato desejarmos ser olhados com o devido respeito, como potência econômica, como potência militar da América do Sul, e afastar da nossa terra os abutres internacionais que sempre cheiram carniças, temos de planejar um orçamento anual (LOA), um PPA e uma LDO que contemple permanentes recursos financeiros para a realização de profundos empregos do Plano Estratégico Militar das FAs do Brasil. Só para concluir se já tivéssemos da posse da empresa militar Engesaer(sumiu como fumaça), muito concorreria para redução dos custos militares dos diversos programas de produção e manutenção dos equipamentos bélicos militares necessitados para a moderna atualização das nossas FAs, embora, tenhamos algumas opções de aquisições no mercado interna que deveriam ser consideradas.

Nós, como Nação, Povo e Sociedade vamos fazer um sacrifício financeiro coletivo em favor do fortalecimento bélico das FAs, ou, então, vamos nos preparar para receber aqui no Brasil, o lixo bélico que esteja incomodando na grande potência que conhecemos. OK.
-O velho patriota, Luiz Pinelli

luiz pinelli neto

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1 Comentário

  1. Sou razoavélmente de acordo…normal, colocando números de tropas e meios.

    No caso dos blindados sobre lagartas para o transporte de tropas, estes são divididos em varias especializações. O que transporta tropas não tem torre anti-aérea, pois onde coloca-se a munição dos canhões automáticos de 30 ou 40 mm?

    Assim os blindados sobre lagartas para o transporte de tropas deve ser pequeno, veloz e anfíbio. Estes blindados, ao contrario dos sobre rodas, devem seguir os MBT’s no campo de batalha, assim como na Blitzkrieg, e combater com as sacas de resistência. Aqui entra o Charrua, feito pra isso. O numero de 800 é baixo, serviriam de 8 a 10 mil unidades.

    As torres mudam de acordo com a missão, mas a defesa aérea é, ou deveria ser, sempre presente.

    Os caça tanques sobre rodas, são o ideal para combates de baixa intensidade, mas não resistem ao ataque de um MBT, mas como apoio onde combatem blindados ” Normais” e tropas de fuzileiros, vai muito bem.

    As outras especificações dos carros blindados são a livre escolha, e em todo o leque do exército, este dos blindados é o mais complexo. As configurações e as diferentes missões parecem infinitas,e é sempre fundamental ter um bom blindado no campo de batalha.

    Pelo resto, fez um bom trabalho para um “civil”, hehehe, mas vale a idéia de conscientizar o nosso povo brasileiro nos assuntos militares, e este teu trabalho é um grande inicio neste senso, Bravo!

    Abs.

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