O HAITI e a ONU.

Por: Luíz Pinelli

O Velho Patriota

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O HAITI  e  a ONU.

Desgraçadamente   foi  necessário  acontecer  a  tragédia  do Haiti  para  vermos  o  tamanho  exato   da  capacidade  operacional    e  da  estrutura  logística   das  FAs/Br   e  da Defesa  Civil   Nacional,  para   bem  atender as  necessidades  gerais,  assim  como,   as  providências   de  socorro imediato  a  população  de  um  País  assolado  por  violento  terremoto,  com  milhares  de  mortos, feridos, desabrigados, carentes  de  água, alimentos, remédios, etc….

E  olhem  que   isto  não  é  uma  guerra   em  que  o  Brasil   enfrenta   ferozes  inimigos  armados, mas  tem  de  lutar  contra  a  desgraça  e a  miséria   coletivas   de  um  dos  países  mais  pobre  das  Américas,  através   da   participação humanitária  do  Brasil  pela  ONU,  onde,  entretanto,  ficou  claro,    a falta  de  recursos  para  a   mobilização  de  forças  e  equipamentos  de  salvamento  e  socorro  imediatos.   Com  chegada   das  forças  dos  EEUU  como  se  fossem   guerrear  ficou  evidente  que  ocorreu  um  confronto ( não  bélico )   de  autoridade.

A maior  potência  militar   e  a  melhor  máquina  de  guerra  do mundo  penetrou  o  Haiti  com  10  mil  soldados  e ocupou  o  aeroporto da  capital  de  forma  inteligentemente   estratégica,  garantindo   a  condições  logística    para  reforços  das  suas  tropas,  do recebimento    de  suprimentos  militares,  e,  no  caso  de  necessidade,  terem   asseguradas  vias  de  saída,  além  de  se  capacitarem   a  organizar  corredores  aéreos   de  ajuda   humanitária  ao povo  do Haiti.   A   incrível  imaturidade  militar  do  Brasil,  localizado  no  Haiti,  sem  iniciativa  de  tomar  rápidas decisões,  esperando  ordens  diretas  da  ONU  para  assegurar  o  acesso  ao  aeroporto  da  capital  do  Haiti,   chega  a  criar  constrangimentos  internacionais  e  profunda  tristeza  aos  nossos   briosos  militares.

A  ONU,  se  de  fato  tiver  autoridade  moral  diante  dos  EEUU,   deve  redefinir,   com  urgência,  as  atribuições   do  Brasil  como  condutor  responsável  dos  trabalhos  de  segurança  e  pacificação  do  território  do  Haiti.  Aliás,   posição  de  comando  obtido  politicamente  visando  a  oportunidade  de  sentar-se  nas  cadeiras  de  decisão   da  ONU.

Conforme  informações  recentes  ao  longo  de  uma  teleconferência  entre  diplomatas  dos  EEUU  e  do  Brasil  ficou  acertado  uma  divisão  de  tarefas  entre  as  forças  militares  quem  se  encontram  neste  território. Assim  caberão  às  tropas  da Minustah  cuidar  da  segurança  e  os  militares  dos  EEUU  da  assistência  humanitária  ao  povo  do  Haiti.

Vejam  o  Brasil,  não  possui   :  Navios  Hospitais  Transoceânicos,  Navios  Porta – Helicópteros, Helicópteros  de  Transportes,   Aviões  Hospitais  que  possam  estabelecer    os  1º  contatos  com  as áreas  afetadas,  Unidades  Militares  de  Engenharia  Técnica,  que  estejam  capacitados  a  desempenhar   com  brilhante   rapidez  e  velocidade as  missões  e    funções  de caráter  humanitário,  além  do  próprio  governo  não  levar  à  sério  o  Plano  Estratégico  de  Defesa Militar  Nacional.

Deviam   ser  medidas  prioritárias  dos  governos  brasileiros,  muito  acima  dos  programas  sociais  eleitoreiros  e  demagógicos,   a   ação  efetiva  de  criar   condições, imediatas,   de  dotar    nossos   meios  de  defesa  civil (vejam  o  tamanho  geográfico  do  Brasil )   com  equipamentos  modernos  que  garantam  o funcionamento  da  logística  e  da  atuação  operacional   de  alto   nível  técnico.   Vamos  dotar  as  forças  do  Brasil,   com  exímia   capacidade  para  atuar  na  Paz  e  na  Guerra ,  através  de  medidas  estratégicas  de  moderno  fortalecimento,   de  forma  urgente,   ou  continuaremos  a  “bater  continência  para  os  EEUU”.

Setores  ostensivos  do  governo  brasileiro   e  um  grande  número  de   políticos  envolvidos   e  comprometidos,  nas   ações  governamentais,  empacados  nos  falsos   conceitos  do  social,  mas interessados   no  exercício  embriagante  da  autoridade, dão  preferência   aos  programas   iluminados  pelos  holofotes,  esquecendo-se  da  dignidade  da  nação, da  sua  soberania  nacional  e  do  eventual  poder  militar  dissuasório do  pais.

Este  tragédia  com  o pais  vizinho,  mostra  com  evidente  força,  que  é  bem  melhor,  nós  brasileiros  arcamos  com  todos  os  esforços  dos  investimento orçamentários/financeiros   voltados   aos   objetivos  do  fortalecimento  bélico-militar  das  nossas  FAs,  conforme  preconizado  pelo  Plano Estratégico  Militar  de  Fortalecimento  Bélico, estabelecendo  estrategicamente  o  poder  de  persuasão,   do  que,   perder  precioso  tempo  gerencial   e  ter  custos  financeiros   desnecessários  com  a investigação  policial-militar  com  agentes  militares  que  já  tiveram,  há  30  anos,   morte  moral,  só  para  atender  uma  minoria  de  brasileiros  desfocados  da  realidade  brasileira.

A única  coisa  que  não  tem  volta  na  vida  humana  é  a  inútil   perda  de  tempo,  praticando  ações  absurdas,  fora  do  contexto  construtivo  nacional,  ou  simplesmente,   não  fazendo  nada. Vejam  como  a  fraqueza  militar  do  Brasil  no  hemisfério  atrapalha  até  as  atividades  de  ajuda  humanitária.

No  Haiti, segundo  informações,  o Estado  Maior   dos  17  países  que  compõem  as  tropas  de  Paz  não  conseguem   estabelecer  um  plano  conjunto  de  ações  para  atender  uma  população desesperada.   Já  era  hora  das  FAs  do  Brasil   aumentar   e  reforçar  seus  efetivos  no  Haiti,  e  embora à  ONU  caiba  a   definição  dos   tipos  de   tropas  que  precisará,  diante  do  agravamento  da  crise,  com  o povo   brigando por  comida  e  água,  achamos   conveniente  para  o  aumento  da  segurança  local,  além  daquilo  que  a   ONU  pedir  aos  outros  participantes,  o  envio  de  mais  três  batalhões   de   Infantaria   Especializada, além  do aumento   do  efetivo  das  Unidades  de  Engenharia  das  FAs/Br,   para  enterrar  os  mortos  e  desimpedir  as  ruas  e  estradas  de  forma  que  os  socorros  cheguem  mais  rápidos.

Os  EEUU  que  controlam  o  aeroporto  estão  sendo acusados  de  priorizar  seus  próprios  interesses  e  de  seus   45.000  cidadãos  que  foram  surpreendidos  pelo terremoto  no  território  do  Haiti. Assim  a  prioridade  de  pouso  foi  para  vôos  dos  EEUU  levando  equipamentos   e  permitindo a  decolagem  dos  45.000  americanos  que  deixarem  o  país. Aviões  brasileiros  também  teriam  sido  impedidos  de  pousar. Além  disto  o  fato  dos  americanos  terem  assumido  o  controle  estratégico  do  aeroporto,  teria  melindrado  autoridades  brasileiras,  uma  vez  que  o  país  comanda  tropas  de  paz  da  ONU  no  Haiti.

Era  estrategicamente   exigível  que   o comando  das  tropas  da  ONU  do Haiti, a Minustah  no  1º  minuto  após, o  fim  do  terremoto  se  “apoderasse militarmente  do aeroporto  do  Haiti ”  para  garantir a  segurança  e manter o  nível  dos   suprimentos,  para 6.000  militares  e  2.200  policiais   que  servem  nesta  Força  Internacional  de  Pacificação.  Isto  poderia  ter  sido  um  cochicho  imperdoável  do  Exmo.  Sr.  General Comandante   das  Forças  da  ONU  no  Haiti,  mas, afinal  se  ao  governo  do  Brasil  faltam   experiências  práticas   de  como  administrar  grandes  calamidades  públicas,  e ou,   como  agir  militarmente  no   envolvimento   das   suas  FAs  em  conflitos  armados,  com  certeza,   não  é  culpa  dos  EEUU.  Segundo  um  representante  do  governo  americano,  nega  que  tenha   havido  qualquer  conflito  entre  as   forças  americanas  e  o  comando  brasileiro  das  tropas  de  paz  da  ONU  no  Haiti.

Sabemos   que  os  militares  americanos  têm   como  princípio  não  aceitar  ordens  de  outro  país,  por  isso  saem  atropelando  tudo  e  todos  que  encontram  pela  frente. Realmente,  a  bem  da  justiça,  não  podemos  dizer   que  neste  episódio,   o  “Grande  Senhor  da  Guerra”  errou. Esperamos  que  este  fato  sirva  de  exemplo  para  o governo, sociedade  e  povo  brasileiro.

As  tropas  brasileiras  seguem  coordenando,  embora  os  americanos  não  aceitem  ser  comandados  por  outro  país,  mas,  este  assunto  foi  já  definido  após,  o  final  da  teleconferência  com  os  EEUU,   o  Brasil  deverá  permanecer  no  controle  das  tropas  de  pacificação  da  ONU”  no  Haiti.  Esta  situação  mais  uma  vez,   diante  dos  olhos  da  sociedade  brasileira, reforça  a  necessidade  de  se  aplicar, integralmente,  com  rapidez  todo  o  Plano  Estratégico  de  Fortalecimento  Militar  das  nossas  FAs. Ninguém  no   mundo,  e,  principalmente  os  “Donos  do  Mundo”  não  respeitam  nações  militarmente  fracas  e  impotentes.

Quando  estas  nações  se   sentam  à  mesa   para  confabulações,  as    opiniões  e  considerações   dos  fracos   são,  literalmente,   ignoradas.  Os  subdesenvolvidos  são  descriminados  acintosamente. Governo  e  povo  brasileiros  tolos,  acordem  para   as  coisas  efetivamente  importantes  e   prioritárias,  e  deletem  definitivamente,  para  o inferno,   os  arrotos  dos  defensores  pervertidos  dos  direitos  humanos,  traidores  da  pátria  de  MM&BB,  homiziados   nas  denominadas    “ Comissões   da  Verdade”,  de  forma   que,   as   “eventuais  vitórias”  obtidas  com   a  prisão  de  alguns  militares   dos  governos  do  passado,  não  sejam   conhecidas,  no  futuro, como “Vitórias  de  Pirro”,  ou  melhor,  uma  demonstração  de   estúpida  falta  de  inteligência  prática.  OVelhoPatriota.  Luiz-   O Plano  Brasil.

O VelhoPatriota – O Plano Brasil : Luiz.

luiz pinelli neto

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2 Comentários

  1. Os EUA veem dando uma de bom moço pois não ajudaram antes se não fosse o Brasil esses anos todos os EUA não poderia ajudar pois o povo Haitiano já estaria mortos pela fome, os Eua com todo o seu dinheiro não e capaz de ajudar nenhum pais africano ajuda sim ditadores que massacram teu povo e tem Brasileiro bobo que defendem esses oportunistas contra o Brasile claro.

  2. Desde a época em que tudo isto aconteceu pouco caminhamos.
    Nós o povo brasileiro e principalmente os jovens se encontram em um estado de alienação tão grande que ultrapassa o absurdo mesmo, sendo isto algo mortalmente perigoso visto em toda a história humana.
    Uma sociedade extrememente alienada em sua arrogante vaidade e pose de bacana que é claro como diz o texto “OS DONOS DO MUNDO NÃO RESPEITAM AS NAÇÕES MILITARMENTE FRACAS E IMPOTENTES”, aliás nem o Paraguay não nos respeitam mais e com razão. Para um povo que não se respeita merecemos bem pior.

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