A Coreia do Norte apresentou um novo sistema de defesa aérea de curto alcance, semelhante à variante russa Pantsir-S1, durante a exposição “Desenvolvimento da Defesa Nacional 2025” em Pyongyang, em outubro de 2025.
O sistema, informalmente chamado de Pantsir-NK, é montado sobre um chassi de esteiras e equipado com dois lançadores contendo seis mísseis cada, totalizando doze interceptadores. Um radar instalado na parte traseira gerencia a detecção e o engajamento de drones, helicópteros e aeronaves de baixa altitude. Diferentemente do Pantsir-S1 russo, que combina mísseis e canhões de 30 mm, a versão norte-coreana utiliza exclusivamente interceptadores de mísseis.
O chassi do Pantsir-NK compartilha elementos de plataformas existentes na Coreia do Norte, como o lançador de mísseis balísticos Pukguksong-2 e sistemas de artilharia autopropulsada. Essa padronização permite redução de custos e compatibilidade de peças. O sistema pode ser integrado à rede de defesa aérea em camadas do país, atuando entre os mísseis portáteis e as baterias de longo alcance Pon’gae-5 e Pon’gae-6.

O anúncio do Pantsir-NK ocorre em um contexto de crescente cooperação militar e industrial entre Pyongyang e Moscou. Nos últimos dois anos, a Coreia do Norte forneceu munição à Rússia e transferiu mísseis balísticos de curto alcance, enquanto Moscou teria fornecido tecnologias de defesa aérea e apoio técnico. Em junho de 2024, ambos os países assinaram um acordo de “Parceria Estratégica Abrangente” para fortalecer a colaboração em defesa.
A apresentação do novo sistema também coincide com esforços da Coreia do Norte para padronizar e modernizar seus sistemas de defesa aérea em todos os ramos militares, incluindo versões navalizadas para a Marinha e melhorias em aeronaves de alerta antecipado.



