O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou em 6 de outubro de 2025 uma modificação contratual de US$ 41,7 milhões com a Raytheon, de Tucson (Arizona), para estender a produção dos mísseis ar-ar avançados de médio alcance AIM-120 (AMRAAM) até maio de 2030. O Paquistão foi listado entre mais de 30 países contemplados no programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS), sinalizando possível retomada da cooperação de defesa entre Washington e Islamabad.
De acordo com o contrato FA8675-23-C-0037, a modificação de preço fixo firme, avaliada em US$ 41.681.329, eleva o valor total do programa para US$ 2,51 bilhões. A Raytheon continuará a produção das variantes AIM-120C-8 e AIM-120D-3, destinadas a forças aéreas dos EUA e de nações aliadas. O Centro de Gerenciamento do Ciclo de Vida da Força Aérea, sediado na Base Aérea de Robins (Geórgia), é o responsável pela supervisão do projeto.

Entre os países beneficiados estão Reino Unido, Alemanha, Polônia, Finlândia, Austrália, Romênia, Catar, Omã, Coreia do Sul, Grécia, Japão, Suécia, Taiwan, Israel e Turquia. O financiamento inicial inclui US$ 7,6 milhões do orçamento naval de 2025, US$ 10,7 milhões da Força Aérea e US$ 9,1 milhões de fundos do FMS.
O contrato faz parte do esforço contínuo de modernização do AMRAAM, que integra melhorias eletrônicas e de software em uma configuração padronizada para clientes nacionais e estrangeiros. Paralelamente, a Força Aérea dos EUA concedeu à Raytheon um contrato adicional de US$ 11,2 milhões para modernizar processadores de orientação e substituir componentes obsoletos nos modelos C-8 e D-3.
O AIM-120C-8 é a versão exportável mais recente, com alcance superior a 90 quilômetros e compatibilidade com aeronaves como F-15, F-16, F/A-18, Eurofighter Typhoon, Gripen e F-35. A variante AIM-120D-3, restrita às forças dos EUA, possui alcance estimado acima de 160 quilômetros e integra link de dados bidirecional e navegação assistida por GPS.
Para o Paquistão, a inclusão no programa pode permitir futuras atualizações dos mísseis AMRAAM usados em sua frota de F-16, fortalecendo a interoperabilidade e o suporte logístico sob os acordos de defesa existentes com os Estados Unidos.



