E.M.Pinto
A decisão da Comissão Europeia de alocar bilhões de euros para financiar Organizações Não Governamentais (ONGs) em substituição aos recursos perdidos com o fim do financiamento da USAID sob o governo Trump tem levantado um debate sobre os limites da atuação política da União Europeia e a legitimidade do uso de recursos públicos nesse contexto. Em nome da “defesa da democracia”, Bruxelas caminha numa linha tênue entre o fortalecimento institucional e a ingerência política nos Estados membros.
O Brasil, uma nação de democracia Frágil e suscetível às manipulaç~eos econômicas e políticas é um dos centros e alvos desta estratégia de dominação neocolonial.
O vazio deixado pela USAID
Ao longo das últimas décadas, diversas organizações não governamentais (ONGs) patrocinadas pela USAID atuaram na América Latina sob o pretexto de promover a democracia, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável. No entanto, uma análise mais crítica revela que muitas dessas ONGs desempenharam papéis que ultrapassam a assistência humanitária, funcionando como instrumentos de influência política e ideológica dos interesses dos Estados Unidos na região.
Frequentemente, esses grupos apoiaram movimentos de oposição a governos não alinhados e até mesmo alinhados com Washington, fomentaram mudanças institucionais e influenciaram debates públicos e eleitorais com forte viés ideológico. Essa atuação, mascarada de filantropia democrática, tem gerado crescente desconfiança entre os países latino-americanos, que denunciam a violação de sua soberania e a manipulação de suas agendas políticas internas por meio de agentes externos financiados.
Historicamente, a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) atuou também como uma das principais financiadoras de ONGs em território europeu assimcomo no Brasil e em demais regiões do planeta, particularmente daquelas com agendas ligadas à promoção da “democracia” liberal, “direitos humanos”, “meio ambiente” e “igualdade” de gênero.
Com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA em 2025 e sua política de retração internacional, esses financiamentos foram cortados deixando diversas ONGs à beira do colapso financeiro.
A resposta da União Europeia tem sido rápida em salvaguaradr os interesses escusos de grupos sem rosto. A presidência polonesa do Conselho da UE, sob Donald Tusk, articulou uma campanha para suprir esse vácuo financeiro, com apoio de setores ligados à Comissão Europeia.
O professor John Morijn por exemplo defendeu a alocação de até 2% dos € 800 bilhões de euros previstos para defesa, o que equivaleria a cerca de €16 bilhões destinados às ONGs.
Distribuição estimada dos recursos e seus impactos
A proposta implicaria uma das maiores injeções diretas de recursos públicos em ONGs ideológicas da história recente da UE. A tabela abaixo apresenta uma simulação simplificada da distribuição estimada:
Destinação | Percentual Estimado (%) | Valor em bilhões de euros |
---|---|---|
Direitos humanos e minorias | 35% | 5,6 |
Meio ambiente e clima | 20% | 3,2 |
Liberdade de imprensa e mídia | 15% | 2,4 |
Igualdade de gênero | 10% | 1,6 |
Educação política e democracia | 10% | 1,6 |
Outros temas transversais | 10% | 1,6 |
Total | 100% | 16,0 |
Embora defensores aleguem que tal iniciativa seja vital para “rearmar a democracia europeia” frente a governos iliberais e ameaças externas, opositores acusam a Comissão de financiar uma forma disfarçada de ingerência ideológica. Sabe-se que a reconstrução da Europa- forte passa pelos seus interesses internacionais e nações detentoras de agricultura e recursos naturais são alvos diretos da cobiça europeia, isso põe o Brasil em alerta vermelho apesar do silêncio cômodo da mídia e setores políticos orfãos do único verde que realmente lhes iteressa, as notas de dolar que sumiram com os cortes da USAID.
É evidente que uma nova lavagem verde vinda da Europa lhes é muito interessante e que tal trocar os Dólares pelo bom e velho Euro “democrático”, preparem-se 2026 está logo ai.
Soberania, transparência e interferência
Diversos países já manifestaram oposição frontal à proposta. A Hungria, sob Viktor Orbán, considera o plano uma tentativa de substituir a ingerência americana por uma ingerência ainda mais centralizada de Bruxelas. O ministro húngaro János Bóka afirmou que a Comissão não tem competência para financiar atividades políticas disfarçadas de democracia.
Eslováquia seguiu o mesmo caminho e apresentou uma proposta legislativa que obriga ONGs com atuação política a se registrarem como lobistas. A iniciativa eslovaca sinaliza um desejo de blindagem da soberania frente a entidades que operam com financiamento externo e que influenciam diretamente o processo legislativo.
Por enquanto a grita é interna e incomoda aos próprios europeus, mas você garante que estes fundos e esta estratégia terão recusas interenas se forem destinadas a ONGs e ações fora das fronteiras do “Espaço Shenguen”?
Democracia ou manipulação?
A decisão de destinar bilhões de euros a ONGs deve ser discutida à luz de dois princípios fundamentais, a Legalidade e transparência, pois qualquer repasse deve seguir critérios públicos, auditáveis e desvinculados de orientações políticas específicas.
Além disso deve levar em consideração a soberania nacional e os estados, sejam eles europeus ou não, devem manter controle sobre seus processos internos, inclusive legislativos e sociais, sem sofrer pressões indiretas de entidades supranacionais financiadas por Bruxelas.
A pergunta retórica é mais básica e simples.
Se é ruim para europeus, porque seria bom para nós?
Pergunte ao seu político de estimação ou ao defensor destes recursos que servem para aparelhar um controle do nosso estado.
A retórica da “defesa da democracia” não pode servir como pretexto para fomentar grupos que operam como braços ideológicos da Comissão em países onde o eleitorado escolheu caminhos políticos diferentes.
O debate sobre o financiamento europeu às ONGs após a saída da USAID revela uma contradição no projeto político da UE que ao mesmo tempo em que prega pluralidade e descentralização, reforça mecanismos de centralização ideológica através do controle financeiro, além de expor a principal carta oculta, o uso desta máquina contra os interesses nacionais de países “ajudados” por estas ONGs e pelo poder não mais do dolar, mas sim do euro.
Para preservar sua legitimidade democrática, a União Europeia precisa garantir que a promoção de valores comuns não se transforme em imposição de doutrinas específicas.
Transparência, limites institucionais claros e respeito à soberania nacional são fundamentais para que a defesa da democracia não se converta em seu oposto: a engenharia política financiada por fundos públicos.
Fonte
Bruselas planea entregar miles de millones a ONG para compensar las pérdidas de USAID, La gaceta, [Link]
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”Bruxelas (União Européia) planeja entregar bilhões à ONGs para compensar as perdas da USAID.”
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Por si mesmo, este título é revelador sobre a amplidão do que chamo de ”Deep State Ocidental”, que estende sua influencia e poder sobre os dois lados do Atlântico Norte…
Se suas estratégias de influencia e poder mundial não são bancadas [temporariamente] pelos norte-americanos, então pagam suas operações com dinheiro dos europeus.
A mesma coisa aconteceu com a guerra na Ucrânia, enquanto Trump tenta frear o trem da guerra, do outro lado do Atlântico as lideranças europeias fantoches, se esforçam pela continuidade dos planos do ‘Deep State Ocidental’.