E.M.Pinto
A União Europeia aprovou, em 9 de abril de 2025, tarifas de até 25% sobre produtos importados dos Estados Unidos, a medida veio imediatamente como resposta às taxas impostas pelo governo de Donald Trump. Os EUA aplicaram tarifas de 25% sobre aço e alumínio europeus e uma taxa adicional de 20% sobre quase todas as exportações do bloco. As tarifas da UE entram em vigor em 15 de abril e afetam itens como uísque bourbon, jeans, motocicletas Harley-Davidson, amendoins, suco de laranja, tabaco e soja.
A Comissão Europeia informou que as medidas dos EUA já estão em vigor e que as tarifas retaliatórias da UE têm como base o impacto econômico dessas ações. Os produtos americanos selecionados para taxação representam cerca de US$ 4 bilhões em exportações anuais para a Europa. Isso ocorre em um contexto de tensões comerciais, com a UE destacando que as tarifas americanas afetam cadeias de suprimentos globais e que a retaliação visa compensar perdas estimadas pelas indústrias europeias.
Entre as consequências, a UE prevê que os custos de bens nos dois lados do Atlântico podem aumentar, impactando consumidores e empresas. A Comissão Europeia também declarou que as tarifas podem ser suspensas caso os EUA cheguem a um acordo negociado, indicando uma possível reversão do conflito comercial. Produtos como bourbon e soja, originários de estados politicamente sensíveis nos EUA, foram escolhidos, o que pode gerar pressão interna no país para revisar suas políticas.
O comércio entre UE e EUA, que movimenta cerca de US$ 1,3 trilhão por ano, enfrenta agora uma nova barreira. As tarifas americanas atingem exportações europeias avaliadas em bilhões, enquanto a resposta da UE afeta setores específicos da economia americana. Ambos os lados reconhecem que a situação pode agravar incertezas na economia global, especialmente em cadeias produtivas dependentes de aço e alumínio.
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