Portugal está atualmente em um processo de reavaliação para escolher o futuro avião de combate que substituirá sua frota de F-16AM/BM MLU Fighting Falcon. Embora o país tenha se alinhado historicamente com os Estados Unidos na compra de equipamentos militares, a decisão sobre o próximo caça está sendo cuidadosamente analisada devido a uma série de fatores políticos e estratégicos.
O ministro da Defesa de Portugal, Nuno Melo, mencionou recentemente que, ao considerar a aquisição de novos caças, o país estaria mais inclinado a optar por uma aeronave fabricada na Europa, em vez de um modelo proveniente dos Estados Unidos, como o F-35. O principal motivo para essa reavaliação é a imprevisibilidade nas relações com os EUA, especialmente após a administração de Donald Trump. Durante o período em que Trump esteve à frente da presidência, houve uma constante incerteza quanto às decisões políticas e comerciais dos EUA, o que gerou uma reflexão sobre a dependência de Portugal em relação aos norte-americanos.
O Rafale, da fabricante francesa Dassault Aviation, surge como uma das alternativas mais fortes para a escolha de Portugal. O Rafale é um caça multifunção que tem sido utilizado por várias forças armadas ao redor do mundo, incluindo a França. A vantagem desse modelo é que ele não depende de tecnologias ou sistemas dos Estados Unidos, o que garantiria uma maior autonomia e segurança para a nação portuguesa.
Além do Rafale, outros caças europeus também estão sendo considerados, como o Eurofighter Typhoon, desenvolvido pelo consórcio europeu Eurofighter GmbH, e o sueco Saab Gripen. No entanto, ambos os modelos ainda possuem uma significativa dependência de componentes norte-americanos, o que pode representar uma limitação na independência estratégica de Portugal, algo que o país busca evitar, especialmente em tempos de crescente incerteza geopolítica.
A decisão sobre qual modelo será escolhido dependerá não apenas das características técnicas e operacionais das aeronaves, mas também do alinhamento estratégico e das relações de Portugal com os Estados Unidos e a União Europeia. Além disso, o contexto político interno também será decisivo, já que a escolha final ocorrerá após as eleições e a formação de um novo governo. A política de defesa do país, sob o novo governo, determinará as direções e prioridades para a aquisição dos novos caças, levando em conta tanto os aspectos de segurança nacional quanto a necessidade de diversificação das parcerias internacionais.
Essa mudança de foco na escolha do novo caça reflete a crescente tendência de países europeus buscarem maior autonomia em suas decisões de defesa, considerando o contexto atual de tensões globais e o desejo de reduzir dependências externas. Para Portugal, a decisão de escolher um caça como o Rafale pode representar uma nova fase nas suas políticas de defesa, com maior independência estratégica e mais alinhamento com os parceiros europeus.
Teve quer vim, um terremoto geopolítico. Para que A Europa acorda se! Adquira produtos Europeus.
Não vejo imprevisibidade em relação aos EUA. Tanto o presidente quanto seu vice foram muito claros em relação à política externa e valores que querem defender.
Discordância não é imprevisibildade.
Eu creio que os Europeus escolheram um péssimo momento para fingirem que são auto-sustentáveis.
A Europa, como o Brasil, tem q escolherem parceiros pragmáticos. Independente de quem esteja no poder, sua política de defesa e industrial tem q estarem imunes a essa dicotomia q reina principalmente no mundo Ocidental. Certo foi a França q domina praticamente todos os ciclos de desenvolvimento de defesa e industrial. A França, junto com a Rússia e a China são os únicos países q estão neste nível autóctone.