A importância da guerra eletrônica no conflito ucraniano

E.M.Pinto

Sugestão: Cel Marco Antônio Coutinho


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A guerra moderna tem evoluído significativamente, transcendendo os domínios tradicionais de combate terrestre, marítimo, aéreo e espacial. Um dos aspectos mais decisivos nos conflitos contemporâneos é a guerra eletrônica (EW, na sigla em inglês), que se tornou um elemento crucial tanto para a ofensiva quanto para a defesa.

No contexto da guerra na Ucrânia, a EW tem desempenhado um papel central, influenciando diretamente as estratégias militares e os resultados operacionais. Este texto busca analisar a relevância da guerra eletrônica, seus fundamentos técnicos e suas aplicações práticas no cenário de conflito atual.

Os domínios da guerra moderna

A guerra moderna é travada em múltiplos domínios, incluindo o terrestre, marítimo, aéreo, espacial, cibernético e o espectro eletromagnético. Este último tem ganhado destaque como um campo decisivo, onde a capacidade de controlar e manipular sinais eletromagnéticos pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma operação militar.

Tabela 1. multidomínios

A guerra moderna é, portanto, multidimensional, e o domínio do espectro eletromagnético tem se tornado cada vez mais crítico. A capacidade de controlar e manipular sinais eletromagnéticos permite neutralizar comunicações, sistemas de navegação e radar inimigos, além de realizar operações de inteligência e engano.

Compreender e dominar esse domínio é essencial para o sucesso em operações militares contemporâneas, especialmente em conflitos assimétricos como o da Ucrânia, onde a guerra eletrônica tem desempenhado um papel decisivo.

Tabela 2. Detalhamento do espectro eletromagnético

Tabela 3. Operações no Espectro Eletromagnético

Em suma, o espectro eletromagnético engloba desde radiações não ionizantes, como ondas de rádio, até radiações ionizantes, como raios gama. A compreensão desse espectro é essencial para a execução de operações de inteligência de sinais (SIGINT), engano, interrupção e interferência.

Fundamentos técnicos da guerra eletrônica

A guerra eletrônica (EW, do inglês Electronic Warfare) é um campo estratégico que se baseia na manipulação e controle das ondas eletromagnéticas, as quais operam dentro de faixas específicas de frequência e amplitude, elementos fundamentais para a transmissão de informações em sistemas de comunicação, radares e outros dispositivos eletrônicos. Essas ondas, caracterizadas por propriedades como comprimento de onda, amplitude e frequência, são essenciais para a propagação de sinais que sustentam operações militares e civis. A modulação dessas ondas, seja por amplitude (AM) ou frequência (FM), é um processo técnico crucial que permite a codificação e transmissão de dados. No entanto, a eficácia desses sistemas está sujeita a interferências e distúrbios, que podem comprometer a qualidade do sinal e, consequentemente, a eficiência das comunicações e a precisão dos radares.

A guerra eletrônica opera dentro de um amplo espectro de frequências, que pode variar desde algumas dezenas de hertz (Hz) até dezenas de gigahertz (GHz), dependendo da aplicação. Por exemplo, comunicações de rádio de longo alcance geralmente utilizam frequências mais baixas, na faixa de kilohertz (kHz) a megahertz (MHz), enquanto sistemas de radar e comunicações por satélite operam em frequências mais altas, na faixa de gigahertz (GHz). A amplitude das ondas, por sua vez, determina a potência do sinal transmitido, sendo um fator crítico para garantir que o sinal alcance seu destino sem degradação significativa.

A capacidade de identificar, interceptar e interferir nesses sinais é o cerne da guerra eletrônica. Essa interferência pode assumir diversas formas, desde a simples bloqueação de comunicações até a manipulação sofisticada de sinais para desorientar sistemas de radar ou de navegação. Por exemplo, o jamming (bloqueio intencional de sinais) é uma técnica comum que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para sobrepor e neutralizar os sinais do inimigo, tornando-os ininteligíveis ou inúteis. Essa técnica pode ser direcionada para faixas específicas de frequência, dependendo do objetivo da operação.

Além disso, a EW também engloba a proteção dos próprios sistemas contra táticas semelhantes empregadas pelo adversário. A proteção eletrônica (EP, do inglês Electronic Protection) é um pilar fundamental da guerra eletrônica, que busca garantir a integridade e a funcionalidade dos sistemas próprios, mesmo sob condições de interferência hostil. Isso pode ser alcançado por meio de técnicas como a criptografia de sinais, a utilização de frequências alternativas ou a implementação de sistemas de detecção e mitigação de interferências. A escolha da frequência e da amplitude adequadas é crucial para minimizar a vulnerabilidade aos ataques eletrônicos.

A importância da guerra eletrônica no cenário militar moderno é inegável. Em um mundo cada vez mais dependente de tecnologias de comunicação e sensoriamento, a capacidade de dominar o espectro eletromagnético pode definir o sucesso ou o fracasso de uma operação. A EW não apenas amplia as possibilidades táticas e estratégicas, mas também impõe um novo paradigma de conflito, onde o domínio da informação e a supressão das capacidades do inimigo ocorrem de forma invisível, porém decisiva.

A inteligência de sinais (SIGINT) envolve a detecção e triangulação de fontes de transmissão. Através de uma rede de detectores, é possível identificar a localização aproximada de um alvo, criando um “triângulo de erro” onde o alvo provavelmente está. Essa técnica é crucial para identificar postos de comando, unidades de artilharia e outras infraestruturas críticas no campo de batalha.

Em síntese, a guerra eletrônica representa a convergência entre tecnologia e estratégia, onde o controle das ondas eletromagnéticas, dentro de faixas específicas de frequência e amplitude, se torna uma arma tão poderosa quanto os armamentos convencionais. Sua evolução contínua, impulsionada pelos avanços tecnológicos, reforça sua relevância como um componente indispensável para a segurança e a eficácia operacional no século XXI.

Aplicações práticas no conflito ucraniano

No contexto da guerra na Ucrânia, a guerra eletrônica tem sido utilizada de forma extensiva por ambos os lados. Sistemas russos, como o LEER-3 com o drone Orlan-10, têm sido empregados para realizar reconhecimento e operações de informação, enviando mensagens de texto falsas para desorientar soldados ucranianos.

O LEER-3 e o Orlan-10 são sistemas de guerra eletrônica desenvolvidos pela Rússia, que operam de forma integrada para realizar missões de reconhecimento, interferência e operações de informação. Esses sistemas têm desempenhado um papel crucial no conflito na Ucrânia, demonstrando sua eficácia em desorientar e neutralizar as capacidades de comunicação e coordenação das forças inimigas. Juntos, eles representam uma combinação poderosa de capacidades terrestres e aéreas, destacando a importância da guerra eletrônica nos cenários de combate modernos.

O sistema LEER-3

O LEER-3 é um sistema móvel de guerra eletrônica montado em veículos terrestres, o que lhe confere mobilidade e flexibilidade para atuar em diferentes cenários táticos. Desenvolvido pela Rússia, ele é projetado para realizar operações de interferência e desinformação, com foco em bloquear comunicações e disseminar mensagens falsas.

O LEER-3 opera na faixa de frequência de 900 MHz a 1,9 GHz, que cobre sinais de telefonia móvel (GSM) e rádios. Sua principal função é identificar e localizar fontes de transmissão de sinais de rádio e celulares, permitindo que as forças russas interfiram nessas comunicações. Além disso, o sistema é capaz de enviar mensagens de texto falsas em massa para números de celulares ucranianos, criando confusão e desmoralização entre as tropas inimigas e a população civil.

Com um alcance de até 140 km ), o LEER-3 é particularmente eficaz em ambientes urbanos e áreas densamente povoadas, onde o uso de celulares e rádios é intenso. Sua capacidade de bloquear comunicações e disseminar desinformação permite desestabilizar as operações inimigas, dificultando a coordenação e o comando das forças adversárias.

Figura 1. Sistema integrado de guerra eletrônica LEER-3 e drone Orlan-10. O LEER-3 (em primeiro plano) é um sistema móvel terrestre utilizado para interferência em comunicações e disseminação de desinformação, operando na faixa de 900 MHz a 1,9 GHz. O Orlan-10 (em segundo plano) é um veículo aéreo não tripulado (UAV) que fornece reconhecimento aéreo e suporte para operações de guerra eletrônica, ampliando o alcance e a precisão das missões. Juntos, esses sistemas são empregados para neutralizar comunicações inimigas, desorientar tropas e monitorar o campo de batalha em tempo real.

O drone Orlan-10

O Orlan-10 é um veículo aéreo não tripulado (UAV) que opera em conjunto com o LEER-3, ampliando suas capacidades e proporcionando suporte aéreo. Este drone de reconhecimento e guerra eletrônica é equipado com câmeras de alta resolução e sensores eletrônicos, permitindo a coleta de informações visuais e de sinais eletromagnéticos em tempo real.

O Orlan-10 complementa as operações terrestres do LEER-3, fornecendo uma perspectiva aérea que amplia o alcance e a precisão das missões. Ele pode operar em altitudes moderadas e permanecer no ar por longos períodos, o que o torna uma ferramenta valiosa para monitoramento e interferência. Além disso, o drone é capaz de realizar interferência e engano de sinais a partir do ar, aumentando a eficácia das operações de guerra eletrônica.

Operação conjunta LEER-3 e Orlan-10

A combinação do LEER-3 e do Orlan-10 cria um sistema integrado de guerra eletrônica altamente eficaz. Enquanto o LEER-3 atua no solo para bloquear comunicações e enviar mensagens falsas, o Orlan-10 fornece suporte aéreo, ampliando o alcance e a precisão das operações. Juntos, eles são capazes de localizar e neutralizar fontes de transmissão inimigas, disseminar desinformação em massa e monitorar o campo de batalha em tempo real.

No conflito na Ucrânia, essa combinação tem sido utilizada para desestabilizar as comunicações e a coordenação das forças ucranianas. A capacidade de enviar mensagens falsas em massa e bloquear comunicações por rádio e celular tem sido particularmente eficaz em áreas urbanas, onde a infraestrutura de comunicação é mais densa. Além disso, o uso do Orlan-10 para reconhecimento aéreo permite que as forças russas identifiquem e ataquem alvos com maior precisão, como postos de comando, artilharia e unidades de reconhecimento.

Impacto no conflito ucraniano

No cenário da guerra na Ucrânia, o LEER-3 e o Orlan-10 têm sido ferramentas essenciais para a Rússia. Sua capacidade de interferir nas comunicações inimigas e disseminar desinformação tem criado desafios significativos para as forças ucranianas, dificultando sua capacidade de coordenar operações e manter a moral das tropas. Além disso, o reconhecimento aéreo proporcionado pelo Orlan-10 tem permitido que as forças russas identifiquem e ataquem alvos estratégicos com maior eficiência.

Além disso, sistemas como o Mercury-BM são utilizados para confundir sensores de proximidade de projéteis de artilharia, causando a detonação prematura das granadas.

Os sistemas Mercury-BM e Krasukha-4 são duas plataformas avançadas de guerra eletrônica desenvolvidas pela Rússia, cada um com funções específicas e complementares no campo de batalha. Enquanto o Mercury-BM é focado em operações táticas de curto alcance, o Krasukha-4 atua em nível estratégico, neutralizando sistemas de comunicação e radar em larga escala. Ambos têm sido amplamente utilizados em conflitos modernos, incluindo a guerra na Ucrânia, demonstrando a importância da guerra eletrônica no cenário militar contemporâneo.

Mercury-BM

O Mercury-BM é um sistema portátil de guerra eletrônica projetado para operações táticas de curto alcance. Ele é utilizado principalmente para neutralizar projéteis de artilharia e sistemas de rádio, interferindo em seus sinais e sensores. Com um alcance de até 400 metros, o Mercury-BM opera na faixa de frequência de 90 MHz a 420 MHz, cobrindo sinais de rádio e sistemas de controle de drones.

Figura 2: Sistema Mercury-BM, uma plataforma portátil de guerra eletrônica desenvolvida pela Rússia. Projetado para operações táticas de curto alcance, o Mercury-BM opera na faixa de frequência de 90 MHz a 420 MHz, com alcance de até 400 metros. Suas principais funções incluem a neutralização de projéteis de artilharia, interferência em sistemas de rádio e proteção de tropas contra drones e ataques de artilharia. No conflito na Ucrânia, o Mercury-BM tem sido utilizado para bloquear comunicações inimigas e proteger unidades russas em campo, destacando sua importância em operações de combate próximo.

Sua principal função é proteger tropas e veículos blindados contra ameaças imediatas, como projéteis de artilharia e drones. O sistema é capaz de interferir nos sensores de proximidade de projéteis, causando detonação prematura ou desvio do alvo. Além disso, ele bloqueia comunicações por rádio em curto alcance, dificultando a coordenação das forças inimigas.

No conflito na Ucrânia, o Mercury-BM tem sido empregado para proteger unidades russas contra ataques de artilharia e drones ucranianos. Sua capacidade de operar em ambientes de combate próximo e sua fácil implantação o tornam uma ferramenta essencial para a proteção de tropas em campo.

Krasukha-4

O Krasukha-4, por outro lado, é um sistema de guerra eletrônica de longo alcance, projetado para neutralizar comunicações via satélite, sistemas de radar e aeronaves de vigilância, como os AWACS (Sistemas de Alerta e Controle Aéreo Avançado). Com um alcance de até 300 km (190 milhas), o Krasukha-4 opera na faixa de frequência de 8 GHz a 18 GHz, cobrindo sinais de satélites e radares modernos.

Figura 3: Sistema Krasukha-4, uma plataforma avançada de guerra eletrônica de longo alcance desenvolvida pela Rússia. Operando na faixa de frequência de 8 GHz a 18 GHz, com alcance de até 300 km, o Krasukha-4 é projetado para neutralizar comunicações via satélite, sistemas de radar e aeronaves de vigilância, como os AWACS. Sua principal função é proteger alvos estratégicos, como postos de comando e instalações militares, contra ataques aéreos e de mísseis. No conflito na Ucrânia, o Krasukha-4 tem sido empregado para bloquear comunicações por satélite e interferir em sistemas de radar inimigos, demonstrando seu papel crucial em operações estratégicas de guerra eletrônica.

Sua principal função é bloquear comJe aérea ou terrestre. A capacidade de interferir em comunicações, neutralizar sistemas de navegação e proteger tropas e infraestruturas estratégicas demonstra o papel central que a guerra eletrônica desempenha no campo de batalha.

Tabela 4. Resumo dos sistemas de guerra eletrônica apresentados.

Estratégias de engano e interferência

A guerra eletrônica não se limita apenas à interferência e bloqueio de comunicações; ela também envolve táticas sofisticadas de engano, como a importação de falsos alvos e a máscara eletrônica. Essas técnicas são projetadas para confundir sistemas de radar, mísseis e navegação, criando uma vantagem estratégica no campo de batalha. Entre as táticas mais utilizadas estão o “ground bounce” (rebote no solo), o “cross eye” (olho cruzado) e a interferência de banda larga e pontual, que têm como objetivo desorientar o inimigo e neutralizar suas capacidades de precisão e coordenação.

O “ground bounce” é uma técnica engenhosa que consiste em refletir sinais de radar a partir do solo, fazendo com que mísseis guiados por radar percam seu alvo real e se direcionem para o chão. Essa tática é particularmente eficaz contra mísseis que dependem de sensores de proximidade, pois os confunde sobre a localização exata do alvo. Já o “cross eye” é uma técnica de radar que envia sinais alternados de diferentes direções, criando a ilusão de múltiplos alvos onde não há nenhum. Isso sobrecarrega os sistemas de rastreamento do inimigo, fazendo com que mísseis e radares percam sua eficácia.

Além dessas técnicas de engano, a guerra eletrônica também emprega métodos de interferência de banda larga e interferência pontual. A interferência de banda larga, também conhecida como “barrage jamming”, satura uma ampla faixa do espectro eletromagnético com ruído, bloqueando todas as comunicações e sinais de navegação dentro dessa faixa. Já a interferência pontual é mais precisa, focando em uma frequência específica para neutralizar sistemas críticos, como o GNSS (Global Navigation Satellite Systems), que é essencial para a navegação e o posicionamento de tropas e mísseis.

Essas táticas de engano e interferência são fundamentais para a guerra eletrônica moderna, pois permitem que uma força militar neutralize as capacidades de comunicação, navegação e precisão do inimigo sem necessariamente destruir seus equipamentos. No contexto da guerra na Ucrânia, por exemplo, a Rússia tem utilizado essas técnicas para confundir sistemas de defesa ucranianos, como mísseis guiados e drones, e para bloquear comunicações por satélite e rádio. Isso cria um ambiente de batalha altamente desorientador para as forças ucranianas, dificultando sua capacidade de coordenar operações e responder a ameaças.

No entanto, a eficácia dessas táticas depende da capacidade de adaptação do inimigo. Forças que investem em sistemas de comunicação e navegação resilientes, como redes de rádio criptografadas e sistemas de navegação alternativos, podem mitigar os efeitos da guerra eletrônica. Além disso, o uso de contramedidas eletrônicas, como sistemas de detecção e neutralização de interferências, pode ajudar a restaurar a capacidade operacional em um ambiente de guerra eletrônica intensa.

Impacto no campo de batalha

A guerra eletrônica tem um impacto profundo no campo de batalha, muitas vezes de forma invisível. A capacidade de interromper comunicações, confundir sistemas de navegação e neutralizar infraestruturas críticas pode desequilibrar as operações militares. No caso da Ucrânia, a EW tem sido utilizada para suprimir a artilharia, desorientar unidades de reconhecimento e neutralizar postos de comando. Isso cria um ambiente de complexidade crescente, onde a superioridade no espectro eletromagnético pode ser tão decisiva quanto a superioridade aérea ou terrestre.


Conclusão

A guerra eletrônica é uma arma oculta, mas extremamente poderosa, que opera de forma contínua e transversal a todos os domínios de combate.

No conflito ucraniano, a EW tem demonstrado sua eficácia tanto na ofensiva quanto na defesa, influenciando diretamente o curso das operações militares.

Compreender e gerenciar as capacidades de guerra eletrônica tornou-se uma necessidade crítica para qualquer força militar que deseja manter-se à frente em um cenário de batalha cada vez mais complexo.

A evolução da EW continuará a moldar o futuro da guerra, exigindo investimentos contínuos em tecnologia e treinamento para garantir a superioridade no espectro eletromagnético.


Fonte

  1. Electronic warfare in the land domain – The threats continue to increase, Asia-Pacific Defence Reporter, [Link]

  2. Dr. Kandarpa Kumar Sarma’s analysis on Russian EW systems in Ukraine, Vayu Aerospace and Defence Review, [Link

  3. Russian Electronic Warfare in Ukraine 2022-2023, Indian Defence Review, [Link]

  4. Fundamentals of War Gaming, Government Printing Office, [Link]

  5. False sense of supremacy: emerging technologies, the war in Ukraine, and the risk of nuclear escalation, Journal for Peace and Nuclear Disarmament, [Link]


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