
E.M.Pinto
Os campos de batalha modernos exigem tecnologias cada vez mais sofisticadas para enfrentar veículos blindados, que representam um dos maiores desafios para forças terrestres. Para neutralizar essas máquinas de guerra, diversos tipos de explosivos foram desenvolvidos ao longo das décadas, cada um com um princípio de funcionamento específico.

Desde cargas explosivas convencionais, que causam destruição por meio de ondas de choque e fragmentação, até cargas moldadas altamente direcionadas, capazes de perfurar blindagens espessas com precisão cirúrgica, a evolução dessas armas demonstra a constante corrida entre defesa e ataque no cenário militar, para cada espada um escudo.
Analisar e compreender as diferentes abordagens para a destruição de blindados e como funcionam os mecanismos explosivos, são necessários para determinar as diferenças entre cargas convencionais e direcionais e o impacto que cada uma dessas tecnologias tem no campo de batalha. Afinal de contas, neutralizar um carro de combate não é apenas uma questão de potência, mas de estratégia e física aplicada.
Tecnologias e estratégias
Para compreensão., a tabela sumariza as diferentes tecnologias de explosivos desenvolvidas para neutralizar carros de combate operam por distintos mecanismos, cada um com características específicas de capacidade destrutiva e aplicação tática.
Tabela comparativa das principais inovações empregadas em armas anticarro modernas, incluindo mísseis guiados e cargas moldadas.

A carga explosiva convencional, HESH (High-explosive squash head) funciona gerando uma poderosa onda de choque e fragmentação, com pressões de até 20 MPa e um raio letal que pode variar entre 5 e 30 m. Embora eficaz contra veículos levemente blindados e tropas expostas, sua eficiência contra blindagens pesadas é limitada, sendo utilizada principalmente em minas terrestres e explosivos improvisados.
Por outro lado, a carga moldada, conhecida como HEAT (High Explosive Anti-Tank), utiliza um explosivo com cavidade cônica metálica para gerar um jato de metal de alta velocidade, atingindo até 10000 m/s e penetrando até 10 vezes o diâmetro da carga em blindagens homogêneas, ou seja, cerca de 500 a 900 mm de aço. Essa tecnologia é amplamente empregada em RPGs, mísseis anticarro e projéteis de canhão.
HESH x HEAT (Link)
Outra estratégia eficiente é o EFP (Explosively Formed Penetrator), cujo projétil metálico atua na detonação, atingindo velocidades de 1500 a 2500 m/s e perfurando blindagens de até 300 mm. Diferente do HEAT, o EFP mantém sua capacidade destrutiva em ângulos variados, sendo amplamente utilizado em minas anticarro e ataques remotos.
APFSDS (Link)
As munições cinéticas, como os projéteis APFSDS (Armor-Piercing Fin-Stabilized Discarding Sabot), operam por impacto direto, disparando projéteis de tungstênio ou urânio em velocidades de 1500 a 1800 m/s, capazes de perfurar entre 600 e 900 mm de blindagem. Essas munições são empregadas por canhões de carros de combate para engajamento direto de veículos pesadamente protegidos.
EFP (LINK)
O EFP (Explosively Formed Penetrator) é uma carga explosiva projetada para formar e lançar um projétil metálico de alta velocidade ao detonar. Diferente de uma carga oca convencional, que gera um jato de metal fundido, o EFP molda uma placa metálica em um projétil aerodinâmico capaz de perfurar blindagens a grandes distâncias. Ele é usado em munições anti-blindagem e dispositivos explosivos improvisados (IEDs).
ERA (Link)
Por último, os mísseis guiados anti carros (ATGM) representam uma das soluções mais precisas no combate a blindados. Com alcance entre 2 e 8 km e capacidade de penetração superior a 1200 mm, esses mísseis utilizam orientação por laser, infravermelho ou rádio para atacar pontos vulneráveis dos carros, como a parte superior da torre, onde a blindagem é mais fraca.

Recentemente o campo de batalha sofreu um abalo com a disrupção tecnológica provida pelo uso de drones de combate, os quais se tornaram uma ameaça versátil e altamente eficaz contra carros de combate. Armados com uma variedade de explosivos especializados, esses veículos aéreos não tripulados (VANTs) empregam diferentes estratégias para penetrar blindagens, destruir componentes críticos e incapacitar carros de combate de forma letal ou funcional. Os principais tipos de cargas explosivas utilizadas por drones incluem cargas moldadas, projéteis explosivamente formados (EFP), munições cinéticas, bombas de fragmentação e cargas de efeito termobárico.
Todas estas estratégias se diferenciam se adequam ao perfil de ataque mais desjado o que exige preparo atenção e conhecimento real da ameaça que se busca neutralizar. Para compreendê-los de forma mais técnica faz-se necessário protanto avaliar a natureza do mecanismo utilizado em cada uma delas. É sobre isso que este artigo se devota a explicar.
Efeitos das explosões
As explosões geram ondas de choque no ar, que atuam como o principal mecanismo de destruição. Essas ondas são suficientemente poderosas para destruir um carro em pedaços, mas não são capazes de penetrar veículos fortemente blindados. Por essa razão, os foguetes anticarro utilizam um mecanismo diferente para superar essa resistência.
Quando uma onda de choque atinge uma superfície sólida, ela é refletida, resultando em um aumento significativo de sua capacidade destrutiva. Conforme Wilson Carlos Lopes Silvaressalta, a onda original, denominada onda incidente, e a onda refletida formam um ângulo entre si, que se reduz progressivamente à medida que ambas se afastam do ponto de detonação.

Se esse ângulo for menor que um valor crítico, aproximadamente 40°, as duas ondas se combinam, originando uma única onda mais intensa, conhecida como onda de Mach. O local exato onde a fusão dessas ondas ocorre é chamado de ponto triplo. Acima desse ponto, as ondas incidente e refletida permanecem distintas, sem se fundirem. Já a região compreendida entre a linha que descreve o deslocamento do ponto triplo e a superfície do solo recebe a denominação de Zona de Mach.
A Zona de Mach é crucial na intensificação dos efeitos de uma explosão, pois ocorre quando a onda de choque incidente se funde com a refletida, aumentando significativamente a pressão e a destruição. Esse fenômeno é essencial em aplicações militares, como munições de carga moldada, e na engenharia civil, permitindo modelar explosões controladas em demolições e mineração. Além de amplificar os danos, a compreensão da Zona de Mach é fundamental para projetar sistemas de proteção contra explosões e calcular a propagação da onda de choque com maior precisão.
Carga explosiva convencional (HESH)
A carga explosiva convencional e a carga anticarro que direcional possuem diferenças significativas em seus efeitos e aplicações. A carga convencional dispersa a energia da explosão em todas as direções, causando destruição generalizada por meio da onda de choque e fragmentação, sendo eficaz contra estruturas e tropas, mas com baixa capacidade de perfuração de blindagens. Seus efeitos secundários incluem calor intenso e a projeção de estilhaços, tornando-a útil em demolições, minas terrestres e ataques a alvos expostos.
Carga Moldada (HEAT)
Já a carga anticarro direcional, também conhecida como carga moldada ou HEAT, é projetada para concentrar a energia do explosivo em um jato de metal de alta velocidade, que perfura blindagens espessas com alta precisão. Seu impacto é altamente localizado, gerando poucos danos colaterais, mas podendo provocar um intenso efeito incendiário após a penetração. Essa tecnologia é amplamente empregada em mísseis guiados, projéteis de RPG e ogivas anticarro, sendo extremamente eficaz contra veículos blindados e fortificações.
Enquanto a carga convencional tem um efeito destrutivo amplo e disperso, a carga anticarro direcional utiliza um mecanismo especializado para maximizar a penetração, tornando-a essencial na guerra moderna contra alvos fortemente protegidos.
Porém Quando um foguete anticarro atinge seu alvo, além da explosão convencional, ocorre um fenômeno ainda mais significativo: um jato hipersônico de metal fundido é lançado contra a blindagem a velocidades que variam de 6,4 a 12,8 km/s . Esse jato, formado por uma carga moldada, é capaz de perfurar até mesmo os Carros mais resistentes.
A necessidade de neutralizar Carros surgiu assim que esses veículos começaram a ser utilizados na Primeira Guerra Mundial. Inicialmente, os rifles anticarro confiavam na energia cinética para atravessar as chapas de aço, mas o desenvolvimento de blindagens mais espessas tornou esses armamentos obsoletos. Para acompanhar essa evolução, foram criados canhões anticarros cada vez mais potentes, mas seu tamanho e peso dificultavam a mobilidade da infantaria.
A Segunda Guerra Mundial impulsionou novas soluções, como a granada anticarro RPG-43, desenvolvida pelos soviéticos. Ao contrário da crença popular, a sigla RPG não significa “Rocket Propelled Grenade”, mas sim “Ручной Противотанковый Гранатомёт” (lançador de granadas anticarro portátil). Apesar de eficaz, essa granada exigia que o soldado se aproximasse perigosamente do alvo para lançá-la. Para resolver essa limitação, foi criada uma arma híbrida, combinando características do lança-foguetes americano Bazooka e do Panzerfaust alemão.
Saiba Mais
A Evolução das Armas Anti-Tanque Parte 1: Da Segunda Guerra Mundial ao teatro de operações moderno
O Panzerfaust possuía uma vantagem significativa sobre a Bazooka, sua ogiva ficava posicionada fora do tubo de lançamento, permitindo o uso de cargas moldadas maiores. Esse princípio foi aplicado ao RPG-7, tornando-o uma das armas anticarro mais amplamente utilizadas no mundo.
A tecnologia das cargas moldadas é o que diferencia as granadas anticarro das explosões convencionais. Enquanto uma granada comum dispersa estilhaços em todas as direções, uma carga moldada concentra sua força em um único ponto. No interior da ogiva, há um revestimento metálico em forma de cone, posicionado sobre os explosivos.
Quando a carga detona, a pressão gerada colapsa esse revestimento, formando um jato de partículas metálicas que viaja a velocidades hipersônicas. O impacto desse jato é capaz de atravessar blindagens espessas, sem depender da onda de choque da explosão.

No entanto, as cargas moldadas apresentam vulnerabilidades. Durante o cerco de Marawi, em 2017, militantes do ISIS usaram RPG-2 contra os veículos blindados das forças filipinas.
A carga moldada é um tipo de explosivo projetado para direcionar a energia da detonação, formando um penetrador conhecido como EFP (Explosively Formed Penetrator). Essa tecnologia é amplamente utilizada em aplicações militares e industriais, como perfuração de blindagens, conformação de metais e extração de petróleo e gás.
Uma carga moldada moderna, com um revestimento metálico interno, pode perfurar aço blindado em profundidades superiores a sete vezes o diâmetro da carga, podendo alcançar até 10 CD ou mais. Apesar do nome da munição HEAT (High-Explosive Anti-Tank), seu efeito não se baseia na fusão do metal, mas sim na força cinética do jato formado, que gera calor secundário e pode causar incêndios após a penetração.
O princípio por trás desse efeito é conhecido como Efeito Munroe, que consiste na concentração da energia explosiva através de uma cavidade oca na carga. O conceito foi mencionado pela primeira vez em 1792 pelo engenheiro de minas alemão Franz Xaver von Baader, que propôs o uso de um espaço cônico em cargas de pólvora para aumentar sua eficiência. No entanto, apenas com o desenvolvimento de explosivos de alta potência foi possível explorar plenamente esse mecanismo para aplicações modernas.
Para se protegerem, as tropas improvisaram barreiras de madeira e papelão ao redor dos veículos. Embora esses materiais não fossem capazes de impedir a penetração dos projéteis, criavam um espaço entre a explosão da ogiva e a blindagem, reduzindo a eficiência do jato hipersônico. Esse mesmo princípio é empregado nas grades metálicas instaladas em carros modernos para provocar a detonação antecipada das cargas moldadas.
Para lidar com ameaças mais avançadas, os carros passaram a empregar blindagens reativas explosivas (ERA). Essas blindagens consistem em placas metálicas intercaladas com explosivos insensíveis, que só detonam sob impacto de uma onda de choque extremamente forte. Quando atingidas por um projétil anticarro, as placas se deslocam, criando uma barreira adicional contra o jato hipersônico.

No entanto, essa proteção não é suficiente contra armamentos modernos, como os mísseis Javelin. Equipado com uma ogiva tandem, o Javelin possui duas cargas explosivas: a primeira neutraliza a blindagem reativa, enquanto a segunda atravessa a blindagem principal do carro. Esse avanço evidencia a crescente supremacia das armas anticarro sobre os blindados.
Diante dessa realidade, a proteção passiva dos carro se tornou insuficiente, levando ao desenvolvimento de sistemas de defesa ativa, como os hard-kill. Esses sistemas detectam e interceptam ameaças antes que atinjam o veículo. Apesar de promissores, nem todos são eficazes contra mísseis de ataque superior, como o Javelin e o PARS 3 alemão, que atingem seus alvos a partir do topo.
Sistemas Defensivos ativos
Os sistemas de auto-defesa dos carros de combate têm evoluído consideravelmente nas últimas décadas, acompanhando o avanço das tecnologias de armas e as novas ameaças no campo de batalha. Eles são projetados para proteger os veículos contra mísseis guiados, foguetes anticarro (RPGs), munições de alta velocidade, e até mesmo drones kamikaze. Cada sistema possui características únicas, mas todos operam com o objetivo de detectar, interceptar e neutralizar ameaças antes que atinjam o veículo. Abaixo, veremos como os sistemas presentes na tabela funcionam e quais ameaças conseguem neutralizar.
Arena-M (Rússia)
Este sistema russo utiliza tecnologia de hard-kill, interceptando ameaças com explosivos direcionais. O Arena-M é especialmente eficaz contra mísseis anticarro guiados (ATGM) e foguetes RPG. O sistema utiliza radares Doppler para detectar e rastrear os ataques em tempo real. Uma vez que a ameaça é identificada, o Arena-M lança um projétil explosivo que destrói o projétil inimigo no ar, antes que ele atinja o veículo. No entanto, o Arena-M tem limitações contra projéteis cinéticos de alta velocidade (como os APFSDS), que são projetados para perfurar blindagens espessas.

Afghanit (Rússia)
O Afghanit é outro sistema de hard-kill desenvolvido pela Rússia, projetado para oferecer proteção ativa e passiva ao mesmo tempo. Ele utiliza radar AESA e sensores ópticos para identificar ameaças como mísseis ATGM, RPGs e até ataques com laser. O sistema é capaz de destruir essas ameaças usando projéteis interceptores, que se aproximam e detonam o projétil inimigo a uma distância segura. O Afghanit é eficaz contra uma variedade de ameaças, mas sua capacidade de interceptação contra projéteis hipervelozes ainda é limitada.
GL5 (China)
O sistema GL5, desenvolvido pela China, também é um sistema de hard-kill baseado em explosivos direcionais. Ele foi projetado para proteger veículos blindados contra mísseis ATGM e foguetes RPG. O GL5 é equipado com radar ativo e sensores ópticos para identificar a ameaça, e, ao detectar um ataque, lança uma carga explosiva direcionada para destruir o projétil. Embora o GL5 seja mais acessível em termos de custo, ele não foi testado em combate com a mesma intensidade que os sistemas ocidentais, o que gera algumas incertezas sobre sua eficácia em cenários reais de combate.
Trophy (Israel)
O Trophy, desenvolvido por Rafael Advanced Defense Systems, é um dos sistemas de proteção ativa mais avançados e amplamente utilizados no mundo. Este sistema hard-kill utiliza um radar AESA de alta precisão para detectar mísseis, RPGs e outras ameaças em 360°. Quando uma ameaça é identificada, o Trophy dispara projéteis explosivos direcionais para interceptá-la antes que atinja o veículo. O Trophy é altamente eficaz e tem sido implantado em plataformas como o Merkava e o M1 Abrams, além de ter sido utilizado em combate real, demonstrando sua capacidade de proteger os carros de combate contra uma ampla gama de ameaças. No entanto, ele não é eficaz contra projéteis cinéticos como o APFSDS.
Iron Fist (Israel)
Similar ao Trophy, o Iron Fist é outro sistema de proteção ativa de hard-kill desenvolvido em Israel. Além de usar explosivos direcionais para destruir projéteis, ele também emprega soft-kill em combinação, utilizando interferência infravermelha para neutralizar ameaças guiadas por laser. O Iron Fist é eficaz contra mísseis ATGM, RPGs e granadas, sendo uma solução leve e eficaz para proteger tanques e veículos blindados. Sua limitação está na cobertura, que é mais restrita em certos ângulos, o que pode reduzir sua eficácia em ataques múltiplos simultâneos.
ADS (Alemanha)
O sistema ADS (Active Defense System), desenvolvido pela Rheinmetall, utiliza microcargas explosivas para interceptar mísseis ATGM e RPGs, juntamente com drones kamikaze. Ele é equipado com sensores de alta frequência e radar para detectar ameaças em um raio de 360°. O ADS oferece uma resposta extremamente rápida, detonando as cargas explosivas a uma distância do veículo para proteger a blindagem. Apesar de sua rápida resposta, o sistema pode enfrentar dificuldades em ambientes urbanos, onde o risco de danos colaterais é maior devido à detonação das cargas no ar.
KAPS (Coreia do Sul)
O KAPS (Korean Active Protection System) foi desenvolvido pela Coreia do Sul e é um sistema de hard-kill que utiliza fragmentação explosiva para interceptar mísseis ATGM e RPGs. O KAPS é projetado para tanques modernos como o K2 Black Panther, oferecendo proteção eficaz contra ataques direcionados. O sistema é mais leve e pode ser instalado em plataformas menores, o que o torna uma solução prática para veículos blindados leves. Embora eficaz, o KAPS ainda está em fase final de testes e não possui o mesmo histórico operacional que os sistemas mais maduros.
MAPS (EUA)
O MAPS (Modular Active Protection System), desenvolvido pelos Estados Unidos, foca na modularidade, permitindo que o sistema seja adaptado para diferentes tipos de plataformas, incluindo o M1 Abrams e os veículos Stryker. O MAPS utiliza tanto hard-kill quanto soft-kill, com a capacidade de interceptar mísseis ATGM, RPGs, drones e até ataques com infravermelho. A modularidade permite que o MAPS seja facilmente atualizado para enfrentar novas ameaças conforme elas surgem. O sistema está em fase de desenvolvimento e testes, mas sua capacidade de adaptar-se a uma ampla gama de cenários promete uma defesa robusta contra múltiplos tipos de ataque.
Tabela ilustrativa dos principais sistemas defensivos dos carros de combate, destacando suas características operacionais, como blindagem reativa, sistemas de proteção ativa, camuflagem térmica e contramedidas eletrônicas.
Cada um desses sistemas tem suas características únicas, mas todos seguem o princípio de proteger os veículos blindados contra ataques diretos e ameaças emergentes. Desde os sistemas altamente desenvolvidos como o Trophy, até opções mais recentes como o MAPS, todos representam avanços significativos na proteção ativa de carros de combate, garantindo maior sobrevida e eficácia em campos de batalha cada vez mais tecnológicos e dinâmicos.
O futuro dos carros de combate permanece incerto. Com um custo entre US$ 5 e US$10 milhões por unidade, mais US$1 a US$ 2 milhões para um sistema de proteção ativa, eles se tornaram alvos economicamente desvantajosos para mísseis que custam menos de US$ 200 mil. Esse desequilíbrio coloca em xeque a viabilidade dos carros no campo de batalha moderno, e resta saber se novas tecnologias poderão reverter essa tendência. certamente novas estratégias defensivas precisam ser desenvolvidas e adaptadas as novas realidades dando sequência ao ciclo tecnológico do desenvolvimento de “novos escudos” para “novas espadas”.
Fonte
- A Evolução das Armas Anti-Tanque Parte 1: Da Segunda Guerra Mundial ao teatro de operações moderno [link]
- BLAST – onda de choque gerada em detonações [ Link ]
- VENKATESAN, N. S. Recent Developments in Anti-Tank Ammunition. [Link]
- LIU, Jian-qing et al. Formation of explosively formed penetrator with fins and its flight characteristics. Defence Technology, v. 10, n. 2, p. 119-123, 2014. [Link]
- WANG, Yu-Shi; HSU, Cheung-Hwa. Numerical Simulation Analysis of Penetration Performance of Armor-Piercing Fin-Stabilized Discarding Sabot to Steel Plate. Engineering Proceedings, v. 38, n. 1, p. 76, 2023. [ Link]
- YEAP, Samuel; BAXEVANAKIS, Konstantinos P.; ROY, Anish. A study on the effectiveness of explosive reactive armour against the penetration of long-rod projectiles. Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, Part C: Journal of Mechanical Engineering Science, v. 236, n. 15, p. 8462-8471, 2022. [Link]
- EGOZI, Arie. Trophy-Israeli combat proven active protection. Asia-Pacific Defence Reporter (2002), v. 42, n. 9, p. 42-44, 2016. [Link]
Gostou do conteúdo?
🔗 Acesse agora:
🌐 Site: planobrazil.com www.planobrazil.com
📺 Canal: / @blogplanobrasil
Comunidade PB: Link WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/GS6gGodn4lq..
💛 COLABORE COM O PLANO BRAZIL:
📲 PIX: 14997751485
Muito bom.