Análise Comentada: “Make Putin an Offer He Can’t Refuse”

E.M.Pinto


Análise comentada do artigo “Make Putin an Offer He Can’t Refuse” fonte: Defence News

Autores: Hans Binnendijk e Alexander Vershbow
Data: 18 de dezembro de 2024

O artigo escrito por Binnendijk e Vershbow discute aqueilo que parece ser as diretrizes da política externa de Donald Trump como presidente eleito dos EUA para com a Rússia, leia-se, noteatro Russo/Ucraniano, particularmente no contexto da Guerra na Ucrânia.  Nele os autores destacam os desafios e as oportunidades que Trump enfrenta ao tentar resolver o conflito, propondo estratégias que equilibram pressão diplomática e apoio militar.

Segundo os autores a  prioridade de Trump na Ucrânia concentra-se em buscar encerrar rapidamente o conflito armado, o que poderá moldar sua administração e dar os ares de sua política externa. Segundo a sua estratégia se baseia em dois pilares:

O primeiro deles e abandonar a Ucrânia e reduzir ou suspender a ajuda militar, o que comprometeria a soberania ucraniana e incentivaria avanços autoritários de líderes como Putin e Xi Jinping.

Porém, Trump almeja adotar uma postura assertiva e procura trabalhar para fortalecer a posição da Ucrânia antes de iniciar negociações com Putin, garantindo um acordo mais equitativo.

A Importância desta “alavancagem” nas negociações é vista pelos autores como destaque, pois , negociar “de uma posição de força” é crucial. A sugestão é fortalecer a Ucrânia militar e diplomaticamente antes de abrir o diálogo com Putin.
Porém, isso inevitavelmente significa reforçar as capacidades militares ucranianas através do apoio da OTAN e maior autonomia no uso de armas de longo alcance fornecidas pelos EUA. Para os autores, explorar o cansaço de guerra que assola ambos os lados, que já enfrentam desgastes após uma década de conflito, seria a saída para criar uma janela para soluções negociadas.
Porém, tuda e qualquer negociação esbarra nos aspectos territoriais e nas garantias de segurança. as quais possuem duas componentes principais se levarmos em conta a necessidade da solução do conflito.

I-  A Ucrânia poderia tolerar a ocupação russa de parte de seus territórios por um período, mantendo o direito de recuperá-los por meios diplomáticos. O controle parcial de Kursk pela Ucrânia cria uma oportunidade de barganha.

II- A segurança a longo prazo cujas  Garantias concretas seriam necessárias, a partir de compromissos bilaterais de defesa mais sólidos do que o Memorando de Budapeste e finalmente, a presença de tropas europeias em solo ucraniano para dissuadir futuras agressões russas.

Concomitantemente, o gabinete de Trump busca exercer uma pressão militar e diplomática sobre Putin, e de que maneira?
Reforçando o apoio militar e fornecendo assistência massiva à Ucrânia caso Putin recuse os termos propostos, semelhante à estratégia empregada no Iraque.

Em segunda medida, pode-se lançar mãos de novas sanções ampliando as medidas contra a economia russa para limitar sua capacidade de sustentar o esforço de guerra.

Sejam quais forem as movimentações do governo Trump em relação ao conflito, é preciso focar num ponto central da ideia d eTrum, o papel da Europa no Conflito.
Nesse sentido a participação europeia é essencial para equilibrar as demandas de Trump por maior contribuição dos aliados na OTAN. Seja por meio de um novo pacto transatlântico no qual a Europa imperativamente precisa assumir mais de 50% das capacidades de defesa da OTAN e isso significa , aumento de custos para os Europeus. Desta forma, a segunda medida está diretamente relacionada e visa propor um aumento de investimento de defesa dos países da OTAN para pelo menos 3% do PIB.

Conclusão

O artigo analisa algumas opções de Trump para encerrar a Guerra na Ucrânia, enfatizando a importância de negociar a partir de uma posição de força. Os autores sugerem que uma abordagem equilibrada entre pressão militar e compromisso diplomático pode levar a um cessar-fogo duradouro e preservar a soberania ucraniana. No entanto, o sucesso depende da coordenação eficaz com aliados europeus e da disposição de Trump para evitar soluções simplistas ou unilaterais. Não basta apenas combinar com Russos, tem Ucranianos e os demais europeus. ou seja, a fórmula tem tudo pra fracassar em um ungo prazo.


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