Ásia Central: Desafios Geopolíticos e palco de disputas de Grandes Potências

Close-up of Afghanistan in the colorful world map.

E.M. PINTO


A Ásia Central, rica em recursos naturais e estratégica por sua posição geopolítica, é palco de uma disputa de influências entre grandes potências. A Rússia, a China, os Estados Unidos, Turquia e o Reino Unido buscam ampliar sua presença na região, enquanto os países centrais, como Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão, tentam equilibrar suas relações econômicas e políticas. Especialmente a Turquia, emerge como um ator dinâmico, utilizando seu soft power, projetos culturais e a ideologia do Panturquismo para estreitar laços com as nações túrquicas da região. Porém, a Turquia enfrenta o desafio de não apenas competir com as potências tradicionais, mas também de gerenciar as complexas dinâmicas regionais e suas próprias ambições expansionistas, sem provocar confrontos diretos. Os eventos previsíveis para o futuro da Ásia Central demonstram possibilidades de “tempestades” e “chuvas esparças” no campo geopolítico, com reflexos nas econômias desta que é uma das regiões mais importantes do planeta.


Encontro estratégico: líderes da Turquia, Rússia e China discutem cooperação internacional e reforçam alianças geopolíticas em reunião de alto nível.

Veja também

Os países da Ásia Central enfrentam um delicado equilíbrio geopolítico, com a Rússia, Turquia e a China disputando influência enquanto a região busca diversificar suas parcerias [1]. Desde a invasão da Ucrânia, a Rússia tem pressionado por alinhamentos estratégicos usando incentivos e até mesmo, ameaças, enquanto a China fortalece sua presença econômica por meio de iniciativas como a Iniciativa Cinturão e Rota.
Do seu lado a Turquia adentra nessa região com seu softpower, cultura e acessoa  tecnologias e um projeto saudosista de reconstrução do “Império Otomano 2.0” fundamentado na ideia do Panturquismo, que atrai corações e almas [2] .

O panturquismo é uma ideologia que busca a unificação cultural, linguística e, em alguns casos, política dos povos túrquicos, espalhados pela Eurásia. Com raízes no final do século XIX, o movimento visa fortalecer laços entre nações como Turquia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e Quirguistão, além de comunidades túrquicas na Rússia e China [2].

Sob liderança de Recep Tayyip Erdoğan, a Turquia tem promovido iniciativas como a Organização dos Estados Túrquicos, fomentando cooperação com países da Ásia Central e do Cáucaso. Contudo, o panturquismo enfrenta resistência, especialmente de potências como Rússia e China, que temem a influência sobre minorias como tártaros e uigures. Embora exaltado por sua valorização cultural, críticos apontam que o movimento pode gerar tensões geopolíticas e é visto por alguns como uma ideologia expansionista difícil de implementar na prática[3].

Ao mesmo tempo, o Ocidente representado basicamente por Esatados Unidos e Reino Unido também tentam aumentar sua presença, porém os efeitos mais visíveis dcomplexas no tabuleiro regional [4].

O Reino Unido e os Estados Unidos têm intensificado esforços para ampliar sua presença na Ásia Central, uma região estratégica marcada pela influência histórica da Rússia e pela crescente dominância econômica da China. Ambos os países veem nas nações da região como Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão oportunidades para diversificar parcerias econômicas, promover estabilidade e fortalecer laços diplomáticos.

Os EUA buscam limitar a dependência dos países da Ásia Central em relação a Moscou e Pequim, promovendo projetos de infraestrutura e integração econômica com o Ocidente. Washington também tem priorizado questões de segurança, como o combate ao terrorismo e a contenção de grupos como o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP), que ameaça a estabilidade da região, especialmente após a retirada americana do Afeganistão.

O Reino Unido, por sua vez, tem ampliado sua atuação desde o Brexit, com foco em explorar mercados de energia, mineração e energia renovável. Londres também oferece suporte técnico para reformas econômicas e de governança em países como Cazaquistão e Quirguistão, reforçando seus laços comerciais e diplomáticos.

Apesar dos avanços, ambos enfrentam desafios significativos. A Rússia mantém uma forte influência cultural e política na região, enquanto a China domina o cenário econômico por meio de investimentos em infraestrutura e energia. Além disso, regimes autoritários em países como Turcomenistão e Tajiquistão têm resistido às exigências ocidentais por mais transparência e respeito aos direitos humanos.

Com a região sendo cada vez mais um campo de disputa geopolítica, Reino Unido e EUA tentam se posicionar como parceiros estratégicos, oferecendo alternativas à influência de Moscou e Pequim, mas enfrentam obstáculos para consolidar seu papel diante das potências regionais.

Ásia Central

Mapa da Ásia Central: região estratégica composta por Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Tajiquistão, destacando suas fronteiras, culturas diversas e importância geopolítica.

A Ásia central e composta pelo Cazaquistão, a maior economia e o país mais extenso da região. Exporta petróleo e gás, com a China sendo o principal destino, além de manter relações comerciais robustas com a Rússia e a União Europeia.

O Uzbequistão,  economia mais populosa da região, diversificada com destaque para gás natural, ouro e algodão. Rússia e China lideram seu comércio. Turcomenistão o qual é fortemente dependente da exportação de gás natural, especialmente para a China. É o país mais isolado politicamente. O  Tajiquistão uma pequena economia baseada em remessas de trabalhadores migrantes na Rússia, além da exportação de alumínio e algodão. E por último e não menos importante, o Quirguistão que basicamente é dependente de ouro e remessas, com forte ligação comercial e política à Rússia e crescente influência chinesa [5].

País População (milhões, 2024) PIB Nominal (US$ bilhões, 2024) Principais Parceiros Comerciais
Cazaquistão 20,0 270,0 China, Rússia, União Europeia
Uzbequistão 36,8 110,0 Rússia, China, Turquia
Turcomenistão 6,6 51,0 China, Turquia, Irã
Tajiquistão 10,5 12,0 Rússia, China, Cazaquistão
Quirguistão 7,2 10,3 Rússia, Cazaquistão, China
Azerbaijão 10,3 78,4 Turquia, Itália, Rússia
Armênia 3,0 17,0 Rússia, China, União Europeia

A Ásia Central é uma das regiões mais ricas do mundo em recursos naturais, com um potencial estimado em trilhões de dólares. Suas reservas de petróleo, gás natural, ouro e metais raros desempenham um papel crucial na economia global e na geopolítica, enquanto permanecem parcialmente inexploradas [5,6].

Por exemplo o  Cazaquistão, a maior economia da região, lidera em reservas de petróleo e gás natural, estimadas em mais de US$ 8 trilhões, e é o maior produtor mundial de urânio, essencial para o setor de energia nuclear. Suas vastas reservas de carvão e metais como ferro, cobre e alumínio consolidam seu papel como uma potência mineral [7].

O Turcomenistão é um gigante do gás natural, com reservas estimadas em US$ 6 trilhões, sendo uma das maiores do planeta. O gás turcomeno abastece mercados como a China e a Rússia, mas o país enfrenta desafios para diversificar seus destinos de exportação [8].

O Uzbequistão possui reservas significativas de ouro, avaliadas em mais de US$ 500 bilhões, além de gás natural e carvão. É o quarto maior produtor de ouro do mundo e continua expandindo sua infraestrutura de mineração para explorar esse recurso vital [7].

No Quirguistão, as reservas de ouro dominam a economia, com montantes estimados em US$ 40 bilhões, além de depósitos de metais raros, como o antimônio. Embora menor em escala, esses recursos são cruciais para a economia do país [9].

Já o Tajiquistão, embora menos desenvolvido, possui um imenso potencial hidrelétrico e depósitos de ouro, prata e alumínio, avaliados em US$ 50 bilhões. No entanto, a infraestrutura precária dificulta a exploração plena desses recursos [9].

Fontes energéticas da Ásia Central: um mapa que destaca os vastos recursos de gás natural da região, essencial para o cenário energético global e para as relações econômicas entre os países da área.

Por sua vez, o Azerbaijão é um dos maiores exportadores de petróleo e gás natural no Cáucaso, com forte parceria com a Turquia através do gasoduto Trans-Anatólia (TANAP). Além disso, mantém laços importantes com a Itália e a Rússia para exportação de hidrocarbonetos.

Por último a Armênia, uma economia menor, com forte dependência da Rússia devido à aliança política e militar e pelo fluxo de remessas. O comércio com a União Europeia também tem crescido, especialmente em produtos industriais e agrícolas.

Com reservas que poderiam transformar a economia global, a Ásia Central continua sendo uma terra de riquezas inexploradas, esperando por investimentos e estabilidade para revelar todo o seu potencial.

Atualmente os principais produtos exportados e as reservas por explorar, demonstra a improtancia desta região.

 

País Principais Produtos Exportados Maiores Reservas Naturais
Cazaquistão Petróleo, gás natural, urânio, metais ferrosos e não ferrosos (cobre, zinco, alumínio), trigo Petróleo, gás natural, urânio (maior produtor mundial), ferro, carvão
Uzbequistão Algodão, ouro, gás natural, produtos têxteis, frutas e legumes Ouro (4º maior produtor mundial), gás natural, urânio, cobre, carvão
Turcomenistão Gás natural, algodão, petróleo bruto Gás natural (uma das maiores reservas globais), petróleo, enxofre
Quirguistão Ouro, produtos agrícolas (algodão, lã), energia hidrelétrica Ouro (depósitos significativos), carvão, metais raros (antimônio)
Tajiquistão Alumínio, algodão, frutas secas, produtos minerais Alumínio, ouro, prata, zinco, urânio, energia hidrelétrica (potencial subexplorado)
Azerbaijão Petróleo, gás natural, produtos petroquímicos, frutas, máquinas Petróleo (reservas no Mar Cáspio), gás natural, metais preciosos
Armênia Minerais metálicos (cobre, molibdênio), diamantes, produtos agrícolas (frutas, vinho) Cobre, molibdênio, ouro, prata, pequenas reservas de gás natural

Apesar da coerção de Ancara e Pequim, a Ásia Central continua a se beneficiar economicamente do comércio, das remessas e da migração provenientes da Rússia. Dados do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento indicam que o PIB regional deve crescer 5,9% em 2024, impulsionado pela retomada do comércio, turismo e migração, além do comércio indireto com a Rússia. No entanto, essa interdependência causa tensões com o Ocidente e até mesmo com seus parceiros (China e Turquia), que pressiona por medidas contra a evasão de sanções na região.

Principais pipelines de gás e petróleo da Ásia Central: infraestrutura vital que conecta os ricos campos de energia da região aos mercados globais, refletindo sua importância estratégica no fornecimento de recursos energéticos.

Divergindo da abordagem agressiva russa, Pequim opta por um perfil discreto em sua expansão econômica. Após a Cúpula China/Ásia Central de 2023, iniciativas como a ferrovia que conectará da China passando pelo Quirguistão ao Uzbequistão e a Linha D do gasoduto Ásia Central–China ganharam impulso, sinalizando uma integração econômica crescente. A China também busca evitar tensões, reduzindo a retórica assertiva de seus diplomatas [9].

O Afeganistão emerge como um foco de preocupação, com questões como a insegurança hídrica e a atividade do Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP) ameaçando a estabilidade regional. A construção do canal Qosh Tepa pelo Talibã, que limita o acesso de países vizinhos à água, agravou tensões. Em 2023, confrontos ao longo da fronteira com o Irã evidenciaram o impacto crescente da crise hídrica na Ásia Central.

A Organização de Cooperação de Xangai (SCO) expandiu seu alcance, acolhendo o Irã como membro pleno em 2023 e atraindo o interesse de países do Golfo. O potencial de investimentos em energia renovável aumenta as expectativas econômicas, mas a aproximação entre Pequim e Moscou gera apreensão.

O Azerbaijão, apesar de estar fora do núcleo da Ásia Central, ocupa uma posição estratégica entre Europa e Ásia. Sua economia, amplamente baseada em petróleo e gás natural, tornou o país um importante fornecedor de energia para a União Europeia, especialmente após a crise energética de 2022. Além disso, sua parceria com a Turquia e o fortalecimento de laços culturais e comerciais através do Panturquismo destacam o Azerbaijão como um aliado relevante na região do Cáucaso [9].

A Armênia, por sua vez, enfrenta desafios geopolíticos devido ao conflito com o Azerbaijão em torno de Nagorno-Karabakh. Embora menor em território e economia, o país mantém uma relação estratégica com a Rússia e busca atrair investimentos do Ocidente, especialmente em tecnologia e mineração. A recente normalização de relações com a Turquia abre possibilidades de maior integração econômica, mas a situação permanece volátil.

Os países da Ásia Central continuarão navegando entre as grandes potências, buscando equilíbrio estratégico. A consolidação de alianças entre Rússia e China representa o maior desafio, enquanto o Ocidente, Turquia, Irã e nações do Golfo também disputam espaço. A habilidade da região em se manter independente será essencial para seu futuro geopolítico e econômico.


Análise

 Turquia, sob a liderança de Recep Tayyip Erdoğan, tem avançado suas ambições geopolíticas na Ásia Central, utilizando seu soft power, promovendo laços culturais e econômicos, e expandindo a presença política com base no conceito de Panturquismo. Essa ideologia busca a união dos povos túrquicos, que compartilham laços culturais e linguísticos, e se estende a países da região como Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Turcomenistão. Recentemente, o Azerbaijão emergiu como um aliado chave nesse esforço, enquanto os demais países da região apresentam variações em suas respostas a essa iniciativa. No entanto, a Turquia enfrenta desafios significativos ao tentar contrapor a forte presença da Rússia, China, Estados Unidos e Reino Unido na região.

O Azerbaijão, aliado próximo da Turquia, desempenha um papel essencial no avanço da estratégia panturquista devido à sua afinidade cultural e linguística. Além disso, o país é uma peça central no corredor energético que conecta a Ásia Central à Europa, com projetos como o Corredor de Gás do Sul. Contudo, sua relação com a Armênia, historicamente marcada pelo conflito em Nagorno-Karabakh, continua sendo um desafio regional, especialmente para a estabilidade e integração econômica.

A Armênia, por outro lado, adota uma postura diferenciada, equilibrando sua aliança tradicional com a Rússia e a busca por maior aproximação com o Ocidente. Apesar das tensões com o Azerbaijão, o país tenta se beneficiar de oportunidades econômicas decorrentes da normalização de relações com a Turquia, embora obstáculos políticos e históricos permaneçam.

No Cazaquistão, a maior economia da Ásia Central, a Turquia busca aprofundar sua influência por meio de investimentos em infraestrutura e comércio. No entanto, a relação do país com a Rússia, seu principal parceiro econômico e militar, é um fator moderador das ambições turcas. Além disso, o Cazaquistão mantém uma relação estreita com a China, especialmente no contexto da Iniciativa Cinturão e Rota.

O Uzbequistão, com sua população jovem e crescente, é outro foco da estratégia turca, sendo uma das economias mais dinâmicas da região. A Turquia tem promovido investimentos em infraestrutura e agricultura, mas enfrenta concorrência direta da China, que domina os setores de energia e transporte.

No Quirguistão, a Turquia utiliza seu soft power, especialmente no campo educacional, enquanto o país mantém laços profundos com a Rússia e a China devido à sua dependência econômica e geopolítica. O Turcomenistão, isolado em termos políticos, oferece oportunidades limitadas, mas suas vastas reservas de gás natural continuam sendo de interesse estratégico para Ancara.

O Tajiquistão, com sua identidade persa distinta, é uma exceção ao Panturquismo, mas mesmo assim a Turquia busca estabelecer laços econômicos e culturais. A Rússia e a China, no entanto, permanecem como os principais parceiros do país, devido a sua localização estratégica e dependência econômica.

A Rússia, tradicionalmente dominante na Ásia Central, ainda exerce grande influência política e militar, sendo o principal parceiro econômico e o principal garante da estabilidade através da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). A Turquia, no entanto, busca reduzir essa dependência e promover alternativas à esfera de influência russa, utilizando o apelo cultural e a cooperação econômica. O grande desafio para a Turquia está em evitar a sobreposição com as iniciativas russas, sem causar atritos diretos que possam afetar suas relações com Moscou, especialmente em áreas como a segurança e a luta contra o terrorismo.

Por outro lado, a China, com a Iniciativa Cinturão e Rota, exerce uma influência econômica crescente, dominando o comércio e os investimentos em infraestrutura, especialmente no Cazaquistão e no Uzbequistão. A Turquia, embora busque alternativas comerciais e energéticas, precisa conciliar seu papel de parceiro econômico com o de rival geopolítico da China, dado o caráter estratégico das relações chinesas na região. A Turquia também precisa ser cautelosa com o papel da China em minorias turcas como os uigures, uma questão sensível para Ancara.

Enquanto isso, os Estados Unidos e o Reino Unido têm intensificado seus esforços para reduzir a dependência dos países da Ásia Central de Moscou e Pequim, oferecendo projetos de infraestrutura e cooperação militar. A Turquia, portanto, tem que competir não apenas com grandes potências como a Rússia e a China, mas também com a presença crescente do Ocidente, que busca aproveitar o vácuo deixado pela retirada dos Estados Unidos do Afeganistão e pela incerteza geopolítica.

Os desafios para a Turquia são inúmeros como por exemplo, equilibrar sua influência cultural e política com as necessidades econômicas da região, sem entrar em confronto direto com a Rússia ou a China; competir com as propostas ocidentais que visam estabelecer parcerias baseadas em princípios democráticos e econômicos; e, ao mesmo tempo, proteger sua própria estratégia de expansão regional, que visa integrar os países turcomanos em um projeto de maior cooperação. Se a Turquia souber gerenciar essas relações complexas e manter sua posição estratégica, ela pode, no longo prazo, emergir como um intermediário influente na Ásia Central, embora ainda enfrente grandes obstáculos.


Fonte

  1. KARIMJONOV, Mekhroj. GEOPOLITICS OF TURKEY IN CENTRAL ASIA. Oriental Journal of Social Sciences, v. 4, n. 03, p. 566-572, 2024.
  2. ALRMIZAN, Mohammed. Turkish Foreign Policy in Central Asia in the Era of Erdoğan: The Convergence of Pan-Turkism, Pragmatism, and Islamism. 2022.
  3. PARFINENKO, Anatoliy. Central Asia as a geo-strategic region in the modern geopolitical confrontation. The Journal of VN Karazin Kharkiv National University. Series: International Relations. Economics. Country Studies. Tourism, n. 15, p. 24-36, 2022.
    PRADHAN, Ramakrushna. Energy geopolitics and the new great game in Central Asia. Millennial Asia, v. 13, n. 2, p. 265-288, 2022.
  4. CHEONG, Inkyo; TURAKULOV, Valijon. How Central Asia to Escape from trade isolation?: Policy targeted scenarios by CGE modelling. The World Economy, v. 45, n. 8, p. 2622-2648, 2022.
  5. SAPAYEVICH, Jumaniyozov Xushnud. Opportunities of central asian states in the system of international geopolitical relations. World Bulletin of Social Sciences, v. 9, p. 129-131, 2022.
  6. ATAKHANOVA, Zauresh; AZHIBAY, Seribolat. Assessing economic sustainability of mining in Kazakhstan. Mineral Economics, v. 36, n. 4, p. 719-731, 2023.
  7. NURBERDIYEVA, Akja Tadzievna; KHAITOV, Murad O. Formulation and Development of the State Service of Turkmenistan. In: Public Service Evolution in the 15 Post-Soviet Countries: Diversity in Transformation. Singapore: Springer Nature Singapore, 2022. p. 487-500.
  8. COYAN, Joshua et al. Tungsten Skarn Quantitative Mineral Resource Assessment and Gold, Rare Earth Elements, Graphite, and Uranium Qualitative Assessments of the Kuldjuktau and Auminzatau Ranges, in the Central Kyzylkum Region, Uzbekistan. Minerals, v. 14, n. 12, p. 1240, 2024.
  9. CHENG, Shixiong et al. Balancing resources and sustainability: Analyzing the impact of mineral resources utilization on green growth. Resources Policy, v. 86, p. 104143, 2023.

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