Durante a reunião do G20 no Brasil, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o presidente francês, Emmanuel Macron, discutiram questões bilaterais, incluindo a oferta de aeronaves Dassault Rafale para a Força Aérea Colombiana. A França mantém essa proposta há anos e agora parece ganhar relevância diante de uma possível decisão de Petro no curto prazo.
Segundo informações da mídia especializada colombiana, a Dassault Aviation oferece até 16 unidades de aviões Rafale, com opção de compra de 9 unidades adicionais. O primeiro lote será composto por modelos Rafale de segunda mão, diretamente dos estoques da Força Aérea Francesa, enquanto os demais lotes serão adquiridos novos de fábrica.
A frota atual da Força Aérea Colombiana é composta por caças IAI Kfir C.10/12 COA israelenses, que enfrentam dificuldades operacionais devido à falta de peças sobressalentes. Petro enfatizou a importância de modernizar a frota para manter a soberania nacional, destacando que a ausência de aeronaves modernas poderia comprometer a capacidade de defesa da Colômbia.
Além do Rafale, também estão sendo avaliados o Gripen (Saab) e o F-16 (Lockheed Martin). Petro ressaltou que a decisão não é nova e tem sido discutida com o Comandante da Força Aérea Colombiana, General Luis Córdova, nos últimos dois anos.
A questão tributária também foi abordada. Petro garantiu que a aquisição não afetará o orçamento imediato do país, destacando que as negociações contemplam anos de carência para evitar pressões na atual crise fiscal. Além disso, o presidente introduziu o conceito de “offset”, referindo-se ao acordo de compensação em que a fabricante de aeronaves também oferece benefícios adicionais à Colômbia.
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