Segundo a agência de notícias Reuters, a Polônia está se preparando para iniciar negociações com a empresa de defesa americana Lockheed Martin visando a aquisição de mais de 100 unidades HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System).Esta aquisição se enquadra em um acordo de estrutura mais amplo que pode disponibilizar até 486 unidades HIMARS para o Exército Polonês, após um compromisso assinado em setembro de 2023. Esta primeira encomenda concreta representa um passo significativo no fortalecimento das capacidades de ataque de longo alcance da Polônia como um membro-chave da OTAN no flanco oriental da aliança.
O general Artur Kuptel, chefe da Agência Polonesa de Armamentos dentro do Ministério da Defesa, confirmou em sua entrevista à Reuters que as negociações para esta ordem inicial devem começar em breve. “Em um futuro próximo, iniciaremos as discussões para o primeiro contrato para o sistema HOMAR-A”, ele observou, referindo-se à designação da Polônia para o M142 HIMARS. Este movimento se alinha com a estratégia de Varsóvia para fortalecer a resiliência militar em meio a tensões regionais elevadas, exacerbadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em abril, a Polônia encomendou 72 lançadores de foguetes K239 Chunmoo, personalizados sob a designação HOMAR-K, montados em chassis de caminhão Jelcz produzidos localmente, refletindo o compromisso de Varsóvia em integrar componentes locais em seus projetos de defesa.
A Polônia já tem unidades HIMARS em serviço; as unidades iniciais foram entregues em maio de 2023 sob um contrato assinado em 2019, que incluía 20 lançadores e foguetes, bem como mísseis balísticos táticos ATACMS. Esses sistemas são atualmente operados pela 1ª Brigada de Mísseis, baseada em Toruń e Ożyš, como parte da 16ª Divisão Mecanizada da Polônia.
Este aumento estratégico nas capacidades de defesa da Polônia é parte de uma série de acordos de larga escala, com aproximadamente 100 contratos militares assinados em 2024 e pedidos adicionais esperados até o final do ano. Enquanto a Polônia se prepara para negociações críticas com a Lockheed Martin, ela continua a se posicionar como um player-chave e independente em defesa, pronta para enfrentar os desafios de segurança em uma região marcada por tensões crescentes.
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