E.M.Pinto
A Arma Hipersônica de Longo Alcance (LRHW), também conhecida como Dark Eagle, é um míssil hipersônico de médio alcance desenvolvido para o Exército e Marinah dos Estados Unidos. A versão naval, lançada por navios e submarinos é alocada no programa de Ataques Convencionais de Alcance Intermediário (IRCPS).
A arma consiste em um grande impulsionador de foguetes que transporta um planador Hipersônico (C-HGB). Uma vez que o propulsor atinge altitude e velocidade significativas, ele libera o C-HGB, que se desloca em velocidades hipersônicas enquanto assume a trajetória até o seu alvo. A Dynetics construirá o planador hipersônico, enquanto a Lockheed Martin construirá o propulsor, além de montar o míssil e o equipamento de lançamento.
O C-HGB foi testado com sucesso em outubro de 2017, março de 2020 e 28 de junho de 2024. O míssil estava planejado para entrar em serviço com o Exército em 2023.
A Marinha pretende colocar a arma a bordo de seus destróieres da classe Zumwalt até 2025 e, mais tarde, em seus submarinos da classe Virginia Block V em 2028; pretendia-se também ser implantado em variantes de mísseis guiados dos submarinos de mísseis balísticos da classe Ohio, mas atrasos de financiamento e a aposentadoria iminente desses submarinos fizeram com que esses planos fossem descartados.
| Característica | Descrição |
| Velocidade Hipersônica | Desenvolvendo-se a Mach 15 a 17, |
| Alcance Longo | Míssil de alcance intermediário a longo, capaz de atingir alvos a distâncias significativas, ampliando a capacidade de projeção de poder das forças americanas. |
| Capacidade de Manobra | Realiza manobras durante o voo, tornando-se mais difícil de detectar e interceptar, aumentando sua eficácia em penetrar defesas aéreas adversárias. |
| Sistema | Consiste em um vetor de lançamento (propulsor de estágio duplo) e um planador hipersônico. O planador utiliza a assistência do propulsor para alcançar e manter sua velocidade hipersônica. |
| Materiais Avançados | Construído com superligas de níquel, tungstênio, molibdênio, nióbio, tântalo e materiais cerâmicos como carbeto de silício e carbeto de boro, capazes de suportar condições extremas. |
| Sistema de Proteção Térmica | Possui um sistema de proteção térmica avançado para garantir a integridade dos componentes eletrônicos e estruturais durante o voo hipersônico. |
| Neutralização de Sistemas A2/AD | Projetado para contrapor sistemas antiacesso/negação de área (A2/AD) desenvolvidos por países como Rússia e China, que criam barreiras defensivas em áreas estratégicas. |
| Capacidade Ofensiva Estratégica | Oferece capacidade ofensiva estratégica decisiva, permitindo ataques a alvos de alto valor ou sensíveis ao tempo, mesmo em ambientes fortemente defendidos. |
| Colaboração Interforças | Desenvolvimento envolve cooperação entre o Exército e a Marinha dos EUA, e parceria com empresas de defesa como Lockheed Martin e Northrop Grumman. |
| Importância Estratégica | Fundamental para a estratégia de defesa e projeção de poder dos EUA em um cenário global de competição tecnológica e necessidade de penetrar defesas avançadas. |
Desenvolvimento e Testes
Em 2018, a Marinha foi designada para liderar o projeto do planador cujo projeto é baseado no Sistema de Reentrada Alternativa desenvolvido anteriormente, que foi testado no início dos anos 2010 como parte do programa Advanced Hypersonic Weapon do Exército.
O Sistema de Reentrada Alternativa foi baseado no protótipo Sandia Winged Energetic Reentry Vehicle Experiment (SWERVE) desenvolvido pelos Laboratórios Nacionais de Sandia na década de 1980. O projeto é realizado pela Sandia, enquanto a Dynetics constrói protótipos e unidades de teste.
O primeiro teste do Intermediário foi realizado em 30 de outubro de 2017. Disparado de um tubo de lançamento de um submarino de mísseis balísticos da classe Ohio voou mais de 3700 km do Havaí até as Ilhas Marshall a velocidades hipersônicas. O planador foi testado em março de 2020.
O motor de foguete sólido de primeiro estágio foi testado em 27 de maio de 2020. Ambos os estágios do propulsor de mísseis, bem como um sistema de controle vetorial de empuxo, foram testados em 2021.
Em 29 de outubro de 2021, o foguete de reforço (booster) para a arma Hipersônica de Longo Alcance foi testado com sucesso em um teste estático no estado de Utah; o sistema de controle vetorial de impulso de primeiro estágio foi incluído no teste.
Em março de 2021, o treinamento com mísseis inertes se seguiu a 7 de outubro daquele mesmo ano, quando a17ª Brigada de Artilharia de Campo do I Corpo recebeu equipamentos terrestres para a primeira bateria operacional LRHW.
Em junho de 2022, no Havaí, foi realizada uma bateria de testes com falha de lançamento que ocorreu após a ignição. O teste de uma arma completamente montada, que usa um booster de dois estágios, falhou antes da ignição do C-HGB.
Entrada em Serviço
O Exército dos Estados Unidos pretende implantar a Arma Hipersônica de Longo Alcance em uma bateria de oito mísseis contendo quatro caminhões M983 e reboques, cada um equipado com dois mísseis em containers de lançamento ao lado de um veículo de comando.
O LRHW foi batizado de Dark Eagle pelo Exército dos EUA e em fevereiro de 2023, o 5º Batalhão, 3º Regimento de Artilharia de Campo (5-3 LRFB) da 1ª DMTF – implantou o LRHW da Base Conjunta Lewis-McChord, Tacoma, Washington, para Cabo Canaveral, Flórida. Esperava-se que a primeira bateria de mísseis fosse implantada até o final de setembro de 2023.
Em 7 de setembro de 2023, um lançamento de teste do sistema LRHW foi cancelado devido a uma falha não especificada das verificações pré-voo. Douglas R. Bush revelou que o lançador tinha um “problema de engenharia mecânica”, e que um novo plano estava em vigor para corrigi-lo e testá-lo.
O teste final foi efetuado com sucesso em algum momento antes de 28 de junho de 2024, quando o Departamento de Defesa anunciou um teste dos EUA contra a arma Hipersônica de Resposta Imediata (AUR). O míssil foi lançado a partir da Pacific Missile Range Facility, em Kauai no Havaí.
| Característica | Descrição |
| Projeto | Arma Hipersônica de Longo Alcance (LRHW) |
| País de origem | Estados Unidos da América |
| Histórico de serviços | |
| Em serviço | 2023 – presente |
| Usuários | Exército dos Estados Unidos, Marinha dos Estados Unidos (planejada) |
| História da produção | |
| Fabricante | Lockheed Martin |
| Custo unitário | US$ 41 milhões |
| Especificações | |
| Massa | 7400 kg |
| Diâmetro | 0,88 m |
| Operacional | |
| Alcance | 3000 km |
| Velocidade máxima | Mach 17 ou 20991 km/h |
| Eventos Importantes | |
| Implantada em Cabo Canaveral para testes |
O teste de 28 de Junho
A Marinha e o Exército dos EUA concluíram recentemente em 28 de Junho passado, um teste de voo de ponta a ponta de um míssil hipersônico do Pacific Missile Range Facility, Kauai, HI. O teste forneceu dados sobre o desempenho ponta a ponta do ataque convencional e da arma hipersônica de longo alcance.
O teste marca um avanço para os programas CPS e LRHW.
“Este teste de voo do míssil hipersônico comum marca um marco para nossa nação no desenvolvimento desta capacidade”,
disse o vice-almirante Johnny R. Wolfe Jr, diretor de Programas de Sistemas Estratégicos da Marinha, que é o principal projetista do míssil hipersônico comum.
“Através de nossos esforços conjuntos, estamos desenvolvendo novos equipamentos e adotando novos conceitos de defesa que permitirão ao Exército manter a superioridade sobre quaisquer adversários em potencial”,
disse o Tenente-General Robert Rasch Jr., Diretor do Escritório de Capacidades Rápidas e Tecnologias Críticas do Exército.
grato pela matéria