Plano Brasil/MD/MB/ProSub/Análise: “Cerimônia de Lançamento do primeiro Submarino Convencional de Ataque Classe Scorpène (S-BR) Riachuelo S 40, de um total de 5, sendo que o 5º será o primeiro Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR)”

 

 

NOTA DO PLANO BRASIL, por Gérsio Mutti: Plano Brasil/MD/MB/ProSub/Análise: “Cerimônia de Lançamento do primeiro Submarino Convencional de Ataque Classe Scorpène (S-BR) Riachuelo S 40, de um total de 5, sendo que o 5º será o primeiro Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR)”.

 

Os quatro Submarinos Convencionais de Ataque Classe Scorpène S-BR que já estão em fase de construção são, a saber:

Riachuelo S 40 – lançado ao mar em 14/12/2018

Humaitá S 41 – lançamento ao mar previsto para 2020

Tonelero S 42 – lançamento ao mar previsto para 2021

Angostura S 43 – lançamento ao mar previsto para 2022; e

o quinto, “primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear”, Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR) Álvaro Alberto, com lançamento ao mar previsto para 2029  ( https://www.marinha.mil.br/prosub/projeto-e-construcao ).

 

O projeto de construção dos quatro Submarinos Convencionais de Ataque Classe Scorpène S-BR do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) é diferente em acréscimos em tonelagem, comprimento do submersível, e autonomia no mar (dias de mar) em relação ao Modelo Scorpène, projeto original francês, adquiridos pelas Marinhas de Guerra do Chile, Malásia e Índia, pois os Classe Scorpène S-BR deslocarão 1.870 toneladas na superfície e 2.200 toneladas submerso e terão um comprimento de 71,6 metros e diâmetro (boca) de 6,2 metros; e uma autonomia no mar de 70 dias para uma guarnição de 35 homens.

O Modelo Scorpène, projeto original francês, apresenta um deslocamento na superfície de 1717 toneladas e um comprimento de 66,4 metros e diâmetro (boca) de 6,2 metros; e uma autonomia no mar de 50 dias para uma guarnição de 31 homens.

A seção extra acrescida no projeto de construção do Submarino Convencional de Ataque Classe Scorpène S-BR mede 5.22 metros de comprimento e pesa 153 toneladas na superfície (1870 – 1717 = 153 toneladas) e destina-se a maior capacidade de tanques de combustível, novas acomodações para a guarnição que passa de 31 para 35 homens e mais um paiol de mantimentos.

O fato na inovação tecnológica no projeto de construção dos Submarinos de Ataque Classe Scorpène S-BR do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) reside na determinação da Marinha do Brasil (MB) de alterar o projeto original francês do submarino Classe Scorpène para o Classe Scorpène de Ataque S-BR adaptando-o a partir de uma derivação do modelo também francês da Classe Rubis, Submarino Nuclear de Ataque Améthyste S605 ( https://en.wikipedia.org/wiki/French_submarine_Am%C3%A9thyste_(S605) ) com a reconstrução hidrodinâmica do casco após determinação de novos parâmetros alcançados pelo submarino francês em questão Classe Rubis Améthyste S605 ( https://en.wikipedia.org/wiki/Rubis-class_submarine ), parâmetros estes conhecidos pela sigla AMÉTHYSTE (*) que expressa o  seguinte significado: AMÉlioration Tactique HYdrodynamique Silence Transmission Ecoute (Melhora da Tática Hidrodinâmica (em decorrência da) Transmissão Acústica Silenciosa).

(*) “Classe Rubis/Améthyste

A Classe Rubis pertence à primeira geração de submarinos nucleares de ataque da Marinha Francesa. A classe de seis navios é a mais compacta de submarinos nucleares até hoje.

Todos os submarinos da classe (exceto o Casabianca) têm nome de pedras preciosas.

Embora a Classe Rubis pertença à mesma geração do Le Redoutable, devido à insistência do presidente Charles De Gaulle na aquisição de um elemento de dissuasão nuclear para a França, o programa Rubis foi iniciado apenas em 1974, depois que o programa de submarinos de mísseis balísticos ficou pronto. O primeiro casco Rubis foi iniciado em dezembro de 1976 e lançado em 1979.

Classe Rubis/Améthyste

O projeto inicial dos Rubis foi problemático com níveis inesperadamente elevados de ruído. Isto levou ao programa de silenciamento Améthyste (AMÉlioration Tactique HYdrodynamique SilenceTransmission Ecoute, literally Silent Acoustic Transmission Tactical Hydrodynamic Amelioration), que foi aplicado ao quinto (S605 Améthyste) e sexto (S606 Perle) cascos.

O Améthyste e o Perle são mais compridos que o Rubis original, 73,6 metros (241 pés), em comparação com 72 metros (236 pés) e o programa incluiu atualizações no sonar, remodelação da forma do casco e da proa para melhorar o nível de ruído e atualizações adicionais do eletrônicos. Com as atualizações testadas e comprovadas, os 4 navios originais foram reconstruídas com os mesmos padrões entre 1989-1995. Fonte: Revista Forças de Defesa, 09/01/2016 ( https://www.facebook.com/fordefesa/posts/919642681468449 ).”

O Classe Scorpène S-BR possui detecção de radiação infravermelha e tem capacidade para lançar Equipes de Forças Especiais (Comandos).

Outras características de Projeto de Construção do S-BR constante no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) da MB: Calado:  5,5 metros; Propulsão: 4 Motores Diesel MTU 16V 396 SE84 (2990cv/hp) e 1 Motor Elétrico Jeumont Schneider (2.8MW); Velocidade: 20 nós (máxima); Profundidade: 300 metros (máxima); Armamento: 18 torpedos de 533 mm derivados do IF-21 Black Shark; 6 tubos lançadores e 8 mísseis Exocet SM 39; e Autonomia (Dias de Mar): 70 dias no mar cobrindo até 13.000 milhas a 8 nós e podendo navegar até 400 milhas a 4 nós sem usar o Snorkel.

Foto abaixo de mock up de Míssil Exocet SM 39 da MBDA acondicionado a bordo de um submarino Classe Scorpène ( https://www.mbda-systems.com/product/exocet-sm-39/ ).

Igual comparação pode ser feita abaixo entre as características (**) dos quatro primeiros Submarinos Convencionais de Ataque Classe Scorpène S-BR e o quinto, “primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear”, Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR) no que tange aos seguintes itens, a saber: Perfil, Deslocamento, Profundidade de Operação, Medidas (Dimensões), Autonomia (Dias de Mar), Velocidades Máximas, Raio de Ação Máximo, Mastros, Ciclo de Manutenção, e Peculiaridades, Inovações e Particularidades.

(**) “Fonte: Prosub: comparativo S Tupi, S-BR e SN-BR – Poder Naval, 20/06/2018 ( https://www.naval.com.br/blog/2018/06/20/prosub-comparativo-tupi-s-br-e-sn-br/ )”.

https://www.youtube.com/watch?v=XPou8u5h2qU

Cerimônia de Lançamento do primeiro Submarino Convencional de Ataque Classe Scorpène (S-BR) Riachuelo S 40

Fonte: Folha do Brasil

 

Marinha lança novo submarino Riachuelo

Os submarinos são de tecnologia francesa, transferida e parcialmente modificada por especialistas brasileiros

Por Época Negócios, 14/12/2018

O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil entra nesta sexta-feira, 14, no mar pela primeira vez, às 9h30, no Complexo Naval de Itaguaí, litoral sul do Rio. O lançamento do S-40 Riachuelo terá a presença do presidente Michel Temer, o eleito Jair Bolsonaro e 23 autoridades dos três Poderes além dos convidados, segundo o cerimonial do Palácio do Planalto.

Os submarinos são de tecnologia francesa, transferida e parcialmente modificada por especialistas brasileiros – por isso Emmanuel Macron, o presidente da França, era esperado para a solenidade. A crise dos “coletes amarelos” e as pressões da oposição no Legislativo fizeram Macron desistir da viagem.

O Prosub, programa de capacitação da força naval, começou há 10 anos. A meta é a produção de cinco navios – quatro muito avançados, da classe Scorpéne, de propulsão por motores diesel-elétricos, e um quinto submarino, de 6 mil toneladas, movido por energia nuclear, que será concluído até 2029. Os modelos convencionais serão concluídos até 2022. Em Itaguaí, da área de mais de 1 milhão de m², cerca de 750 mil m² são ocupados pelo novo estaleiro, mais um “espaço liquido” de manobra. O investimento, ao longo de 20 anos, vai bater em R$ 37 bilhões. Até o final do ano, terão sido aplicados R$ 17 bilhões.

O Riachuelo, de 75 metros, 2.200 toneladas, é alto como um prédio de quatro andares com grande poder de fogo – por meio de lançadores de torpedos de 533 mm, mísseis antinavio e dispositivos para minagem -, ainda terá pela frente dois anos de testes e provas de mar. Vai ter de fazer, agora, algumas coisas que não repetirá em operação, como navegar à velocidade máxima por muitas horas – acima de 37 km/hora submerso, 22 km/hora na superfície -, a grandes distâncias; emergir em ângulo vertical agudo, submergir em condição crítica. “Viverá” batalhas e cercos virtuais de combate. Fará disparos de todas as suas armas e ensaiará a saída e o resgate de times de mergulhadores de combate. Haverá exercícios de incêndio, de naufrágio e de ações furtivas dedicadas à inteligência. O jogo de gato e rato do ataque contra inimigos e da defesa contra inimigos passará a fazer parte da rotina diária. O mergulho no limite de segurança de 350 metros terá de ser superado até um ponto que é considerado informação secreta. Só depois disso tudo o S-40 poderá cumprir a missão para a qual foi destinado – o controle das águas oceânicas de interesse do País.

A Marinha utiliza quatro submarinos da classe Tupi, de tecnologia alemã, comprados nos anos 70. Tem mais um, o Tikuna, de concepção dos engenheiros do estaleiro da Ilha das Cobras, no Rio. Tomando como referência os navios anteriores, três dos quais construídos no Brasil, a equipe especificou uma nova classe. Toda a flotilha precisa passar por procedimentos de revitalização. Não há informações a respeito da disposição atual das unidades, de 30 anos em média. O projeto original do Scórpene foi modificado para atender necessidades brasileiras. O submarino cresceu cerca de cinco metros e ganhou cerca de 400 toneladas. Os próximos navios serão o S-41 Humaitá, S-42 Tonelero e o S-43 Angostura. Em 2016 a Procuradoria Geral da República determinou investigações sobre um possível superfaturamento de R$ 2,8 bilhões no Prosub. A Marinha nega, e destaca que “não conhece qualquer irregularidade” nos contratos firmados com a Odebrecht Defesa e Tecnologia, parceira brasileira do Naval Group, francês. As obras são acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por peritos da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Fonte: Época Negócios ( https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/12/epoca-negocios-marinha-lanca-novo-submarino-riachuelo.html  )