Fabricante norte-americana de aeronaves deve pagar US$ 3,8 bilhões pelos 80% do novo negócio, que reúne toda a aviação comercial da Embraer; brasileira deterá os 20% restantes.
Por Taís Laporta e Luísa Melo, G1
As operações e serviços de aviação comercial da Embraer foram avaliados em US$ 4,75 bilhões. A Boeing, maior fabricante de aeronaves do mundo, deve pagar US$ 3,8 bilhões pelos 80% da joint venture.
Joint venture é uma empresa criada a partir dos recursos de duas companhias que se unem e dividem seus resultados (lucros e prejuízos).
Procurado, o Planalto informou ao G1 que não se manifestaria sobre o negócio.
Em 2017, a área de aviação comercial da Embraer respondeu por 57,6% da receita líquida da companhia, com US$ 10,7 bilhões de um total de US$ 18,7 bilhões.
A parceria deve entrar nos resultados financeiros da Boeing por ação no início de 2020 e deve gerar uma sinergia anual de custos estimada em cerca de US$ 150 milhões, sem considerar impostos, até o 3º ano.
“O acordo não-vinculante propõe a formação de uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing”, dizem as empresas em comunicado.
Aviação militar e executiva
A Embraer também esclareceu por comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que as demais divisões da companhia, incluindo defesa e jatos executivos, não serão separadas para nova sociedade e seguirão sendo desenvolvidas pela Embraer.
Negócio na área de defesa
Além da joint venture, as empresas também irão criar outro negócio para novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390, a partir de oportunidades identificadas em conjunto.
“Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da Embraer”, disse em comunicado o vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado.
As duas empresas mantêm um centro de pesquisas conjunto sobre biocombustíveis para aviação em São José dos Campos desde 2015.
É o segundo grande acordo do setor aéreo em 9 meses. Em outubro do ano passado, a Airbus comprou metade do programa de aviões de médio alcance da Bombardier.
Eu não sou favorável à Join Venture da forma que está posta pois a EMBRAER perde o controle sobre um produto que representa mais de 50% da receita de empresa. Caso fosse uma JV em partes iguais ou então 51% para a EMBRAER e 49% para a Boeing, aí sim seria vantajoso.
Contudo observa-se que as maiores e mais agressivas críticas são dirigidas a partir de setores e pessoas que há 24 anos atrás, em 1994, criticaram a privatização da empresa sob o argumento de que estava havendo “entrega do patrimônio público e que ela como estatal era a ‘expressão da soberania brasileira’”. Ocorre que essa ideologia estatista jamais teria levado a empresa ao posto de terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo especialmente por ser terreno fértil para o aparelhamento político e também a corrupção tal como vimos em outras estatais como foi o caso da Petrobrás.
Ademais essas mesmas pessoas e setores não estaria fazendo essas críticas se, ao invés da Boeing, uma Join Venture nesses termos estivesse sendo costurada com a AVIC.
O que adianta uma empresa brasileira forte a serviços dos norte-americanos?
Vai lá chico, e compre a Boeing toda… é uma questão só de DINHEIRO… 🙂
Nesse ponto estou contigo, HMS. Mas a EMBRAER tem seu corpo de acionistas. Eles que tomem conta do que é seu. Se fecharam em 20% devem ter seus motivos. Mas e as Golden Share do Estado brasileiro? porque não as usam para vetar ou modificar essa aquisição como está? quem tem essas respostas na real?
Saia da mureta escritório de besouros. Vcs estão mais que contente por tudo isso que está acontecendo. Menos uma empresa no mercado, menos uma opção, mais metacapital.
Vamos perder a nata da nossa engenharia aeronáutica e toda a linha de jatos regionais por 5 bilhões de dólares?
Há quem defenda isso?
Piada…
Melhor estatizar, né? proponha isso ao governo e aos contribuintes brasileiros.
Melhor você não fingir indignação pois não convence, até porque vimos mais empenho seu na defesa das empreiteiras corruptas flagradas pela Lavajato.
Acho que os donos da empresa defendem…
E sao ele quem tem de gostar ou nao..
Essa nao é uma empresa publica..
E o fato dela ser estrategica para soberania nacional nao interfere no direito de propriedade de ninguem.
E se vale 10 bi… se alguem que for um estatista quiser montar uma com dinheiro publico ta facil…
Teve um senhor ai que gastou muito mais construindo estadios de futebol e refinarias que nao funcionam…
BRAVO !!!…
“Assim como o brazileiro foi educado para perder, o americano foi educado para ganhar’”
Tom Jobim
O que vc queria depois de 80 anos de aplicação indelével de um gramscismo diabólico, alienante e desconstrutivista?
Melhor ter 20% da maior restaurante da cidade do que 100% do quiosque meia-boca da praia.
Isso que os caras nao entendem…
“No jogo mundial existem os que querem ser grandes e os que se contentam em ser pequenos, ou perdedores”
Farroupilha