Marinha começa a montagem final do primeiro submarino convencional do PROSUB

A Marinha do Brasil inicia, no próximo dia 20 de fevereiro, com a presença do Presidente da República, a fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, previstos no escopo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), um dos maiores projetos tecnológicos em andamento no país.

O marco desta nova fase do PROSUB acontecerá no Complexo Naval da Itaguaí, com o início da montagem final do “Riachuelo”, o primeiro dos submarinos convencionais do Programa a ter unidas todas as seções que formam o casco e os múltiplos sistemas já instalados em cada uma delas. Esta fase, de elevada sofisticação tecnológica, é a última, antes do lançamento do submarino ao mar, previsto para o segundo semestre deste ano.

O PROSUB prevê, além da construção concomitante dos quatro submarinos convencionais, o projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e a infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção de ambos os modelos. O Programa conta com forte participação de universidades e centros de pesquisa, o que gera, entre outros benefícios, transferência de tecnologia, desenvolvimento próprio de tecnologias, processos e materiais avançados, fomento ao desenvolvimento da base industrial brasileira de defesa, capacitação de profissionais em atividades altamente especializadas e milhares de empregos diretos e indiretos.

https://www.youtube.com/watch?v=OXSSfiOI9qc

 

Nos dias 13 e 14 de janeiro, a Marinha do Brasil e a empresa Itaguaí Construções Navais transferiram para o Estaleiro de Construção, na Ilha da Madeira, no Complexo Naval de Itaguaí, três seções unidas do S40 “Riachuelo”, o primeiro submarino convencional do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O programa prevê outras três unidades convencionais e o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

Com dimensões continentais de 8,5 mil quilômetros de costa, o Brasil tem o mar como uma forte referência em todo o seu desenvolvimento, sendo fonte de riquezas minerais, energia e alimentos. É nessa área marítima que os brasileiros desenvolvem as atividades pesqueiras, o comércio exterior e a exploração de recursos biológicos e minerais. O mar é o caminho de 95% de nossas exportações e importações e guarda cerca de 90% do petróleo nacional. A imensa riqueza das águas, do leito e do subsolo marinho nesse território justifica seu nome: Amazônia Azul.

A Amazônia Azul cobre uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. O Brasil pleiteia na Organização das Nações Unidas (ONU) a ampliação dessas fronteiras para os limites da Plataforma Continental, o que deve elevar a área marítima para cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente à metade do território terrestre brasileiro.

Para proteger esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil investe na expansão da força naval e no desenvolvimento da indústria da defesa. Parte essencial desse investimento é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). A Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008, estabeleceu que o Brasil tivesse “força naval de envergadura”, incluindo submarinos com propulsão nuclear. Neste mesmo ano, foi firmado um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França. O Programa viabiliza a produção de quatro submarinos convencionais e culminará na fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

O PROSUB vem dotando a indústria brasileira da defesa com tecnologia de ponta, em especial a nuclear, ponto destacado na Estratégia Nacional de Defesa. A concretização do programa fortalece, ainda, setores da indústria nacional de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do País. Priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o PROSUB é um forte incentivo ao parque industrial nacional.

Além dos cinco submarinos, o PROSUB contempla a construção de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba os Estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no Município de Itaguaí.

No dia 14 de janeiro, as seções de vante (S4, S3 e 2B) já integradas, pesando 619 toneladas, com 39,86 metros de comprimento e 12,30 metros de altura foram transportadas por um veículo especial de 320 rodas, por um trajeto com cerca de cinco quilômetros, desde a UFEM até o Estaleiro de Construção, percorrido em 11 horas. A segunda seção (2A), com 370 toneladas e 18 metros de comprimento, foi transferida em 4 horas, no dia 4 de fevereiro. A última seção (S1), com aproximadamente 190 toneladas e 14 metros de comprimento, teve sua movimentação concluída no dia 8 de fevereiro, em cerca de 3 horas.

O processo exigiu um planejamento de meses que incluiu, entre outras ações, a adequação de trechos da rede elétrica em relação à seção de maior altura e interrupções pontuais do tráfego na BR-493.

Apenas seis países no mundo constroem e operam submarinos com propulsão nuclear – Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Índia. Destes, o único que concordou em transferir tecnologia ao nível requerido e capacitar os brasileiros a projetar e construir submarinos foi a França.

No que se refere especificamente à área nuclear, no entanto, não há troca de conhecimentos. Toda a tecnologia nuclear para o PROSUB está sendo desenvolvida no Brasil, por meio do Programa Nuclear da Marinha (PNM), nas instalações do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

Para ampliar suas informações acesse https://www.marinha.mil.br/prosub/

Fonte: Marinha do Brasil

7 Comentários

  1. Brasil tem pessoas capacitadas.
    Brasil tem Empresas Capacitadas.
    O Brasil tem Corneteiro Capacitados.
    Avante Brasil – Parabens.

  2. Se a Embraer se associar a Boeing todo esse serviço não valerá de nada, pois a Atech empresa do grupo EDS ( Embraer Defesa e Segurança) é a contratada principal para nacionalizar o Substic.
    Sistema de gerenciamento dos submarinos SBR e SNBR, ou seja, todos os segredos desses sistema e dos sistemas de armas, comunicações, navegação e controle etc..
    Serão de conhecimento da Boeing ( governo norte Americano).
    Nossos SNBR já nascerá ultrapassado, pois até sua época de lançamento os submarinos nucleares modernos terão reatores a fusão nuclear e o nosso terá ainda reatores a fissão nuclear.
    Ou re estatizamos e nacionalizamos as tecnologias de defesa da Embraer, ou impedimos a venda da mesma para qualquer país que seja.

    • Discordo , o nosso submarino nuclear mesmo movido a fusão nuclear será útil para nossos interesses…queremos um submarino para patrulhar a Amazônia Azul e não para desempenhar uma missão global como os EUA ou a Rússia

  3. E você realmente acredita nisso caro Gabriel?
    Acredita nessa falsa propaganda da MB?
    Se fosse só para essa função, os SBR já estariam de bom tamanho.
    Subnuc é para dissuasão, negar o uso do mar ao inimigo em carácter global.
    Esse submarino será utilizado para patrulhar as rotas marítimas nacionais, que vão da costa Brasileira até a costa da África.
    Disse tudo caro Empalador, se não tivéssemos sofrido o golpe das elites dominantes, hoje as FAAS e indústrias nacionais , sem falar no povo estaria em melhores condições.
    Mas !!!

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