A Justiça condenou o policial militar Alexsandro Horffmamm Lopes a 79 anos de prisão por homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro e associação criminosa de dois traficantes, em 2010. Hoffmamm é apontado como um dos líderes de um grupo de extermínio formado por policias civis e militares, investigado pela juíza Patrícia Acioli, assassinada em 2011. Outros 13 integrantes da quadrilha também foram denunciados pelos mesmos crimes.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, o PM, que era lotado no 12º BPM (Niterói), organizava as ações cometidas pelo grupo. Ele esteve presente no local da execução de Diego Torres da Silva e Rafael Dias de Miranda em julho de 2010, no bairro Jardim Catarina, e determinou a outros cinco integrantes do grupo como o assassinato deveria ser feito, segundo a decisão da Justiça.
De acordo com a juíza Juliana Grillo El-Jaick destacou na sentença que a forma como o crime foi cometido impediu a defesa das vítimas, já que a quadrilha estava em maior número e com mais recursos. A magistrada também negou o pedido para que Lopes recorresse em liberdade.
“O apenado não faz jus ao direito de apelar em liberdade, vez que permaneceu preso a todo o processo, de forma que não faz sentido soltá-lo agora, após a prolação de sentença condenatória. Ademais, a prisão do mesmo se apresenta necessária para garantir a aplicação da lei penal, pois, uma vez em liberdade, poderia tentar escapar da atuação Estatal”, avaliou.
Hoffmamm, conhecido como Zumbi, junto com Wanderson da Silva Tavares, conhecido como Gordinho, teria participado do sequestro do traficante Antonio Carlos Fernandes, o Bueiro, em setembro de 2010. A dupla queria R$ 15 mil e armas em troca da libertação do bandido, que acabou sendo morto.
Zumbi, segundo o Ministério Público, fazia parte de um grupo de milicianos que atuava no bairro Santa Luzia, em São Gonçalo. O “Bonde do Zumbi” foi acusado de formação de quadrilha para praticar homicídios. Faziam ainda parte do grupo de extermínio Christiam Brito Guimarães, Alecsandre Nazareth Baiense, Rogélio Acácio Ferreira e Fábio Gomes do Couto.
Fonte: Jornal Extra
Pingback: SEGURANÇA PÚBLICA: Justiça condena PM apontado como líder de gupo de extermínio a 79 anos de prisão no Rio de Janeiro. | DFNS.net em Português