O evento foi “símbolo do triunfo da Europa sobre a Ásia”. – Serguêi Soloviov
Duelo entre príncipe Dmítri e cã Mamai iniciou a batalha. Na pintura de Mikhail Avilov de 1943, um dos combates da batalha. Foto:Global Look Press
Em 1380, russos de diversas partes comandados pelo príncipe Dmítri de Moscou derrotaram as tropas do Cã Mamai.
“Os russos partiram para o Campo Kulikovo como cidadãos de diversos principados e retornaram como uma nação russa unida”, escreveu o historiador do século 20 Lev Gumilev.
Sob as diretivas de um comandante poderoso que reclamava o trono da Horda de Ouro, um enorme Estado criado pelos mongóis no século 13.
Os principados russos estiveram sob o poder dos mongóis da Horda de Ouro por 150 anos. Eles tinham que pagar tributos e gozavam de soberania limitada.
A brutal invasão mongol de meados do século 13 devastou a Rússia. Mas, em 1380, o tempo havia abrandado as lembranças do terror mongol e duas gerações já tinham crescido sem experimentar o horror da invasão, como lembra o historiados Vassíli Kliuchevski.
Príncipe Dmítri em pintura de Mtiashin. / Foto: Iúri Kaver/Global Look Press
O trinfo sobre a Ásia
A história mais difundida sobre a batalha é a de que, então, o Campo de Kulikovo, pela primeira vez em 150 anos, se insurgiu para lutar contra os invasores mongóis, marcando o início de um processo de libertação.
Mas, para o historiador Serguêi Soloviov, a batalha tem uma importância ainda maior. Segundo ele, o evento foi “símbolo do triunfo da Europa sobre a Ásia”. Ele o compara à épica batalha das Planícies da Catalunha, de 451 d.C., quando romanos e visigodos derrotaram os hunos de Átila.
Também existe a opinião de que o príncipe Dmítri não queria desafiar a posição de senhores feudais dos mongóis sobre os principados russos.
“Seu principal objetivo não era terminar o jugo, como normalmente se pensa, e ele nem terminou, já que a Rússia continuou subjugada pela Horda de Ouro por mais 100 anos”.
“Dmítri queria era trazer o título de Grão Príncipe de Vladímir permanentemente a Moscou. Isso dava à cidade o status de mais importante principado russo”, explica o historiados Anton Górski.
Antes do governo de Dmítri, era a Horda de Ouro que escolhia o mais importante principado russo. Foi com esse intento que Dmítri lutou contra Mamai, porque esse não queria dar o título ao governante de Moscou.
A vitória de Dmítri fez com que o título passasse a ser hereditário para os futuros príncipes de Moscou, além de fazer desse principado uma entidade maior no território russo.
Como Dmítri venceu a batalha
A batalha de Kulikovo em tela de Serguêi Prissekin de 1980. / Foto: Global Look Press
Também é objeto de controvérsia por alguns historiadores o local exato da batalha e seu desenrolar. Em geral, imagina-se que o príncipe Dmítri tenga manobrado seu inimigo no Campo Kulikovo, tornando impossível para que os aliados de Mamai – o príncipe lituano e o chefe da municipalidade de Riazan – unissem forças com os mongóis. Assim, Dmítri teve que enfrentar apenas as tropas de Mamai depois de atravessar o Rio Don.
Uma batalha feroz se seguiu, com dezenas de milhares de soldados de cada lado. Os mongóis eram ajudados pela infantaria genovesa da Crimeia e Mamai conseguiu romper as fileiras russas e começou a atacar a principal parte das tropas russas de retaguarda.
Mas quando os mongóis pensavam já ter a vitória garantida, um regimento de reserva na retaguarda russa entrou em cena e surpreendeu o inimigo, forçando Mamai a se retirar.
O próprio Dmítri lutou na linha de frente e foi nomeado Donskôi após a vitória.
Para Lev Gumilev, a batalha de Kulikovo se tratava ainda de combater o islamismo representado por Mamai e o catolicismo dos genoveses e lituanos.
ALEKSÊI TIMOFEITCHEV
Fonte: Gazeta Russa
O Nascimento da grande Mãe Rússia, a Nação escolhida por Deus para tirar a arrogância dos grandes Malignos do Mundo. A mesma Nação derrotou os maiores impérios que já existiram: derrubou o império de Kengis Khan; bateu o Império Maligno de Napoleão, que só espalhou caos e guerras pela Europa; destruiu o Império Nazista, que difundia o racismo e o roubo; e agora, em pleno século XXI, coloca de joelhos o maligno Império Anglo-Sionista – o mais destrutivo e maléfico Império que já existiu.
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