Brasília (DF) – O Exército Brasileiro está substituindo de modo gradual o armamento mais utilizado pelos seus efetivos. A fim de atender às necessidades operacionais da Força Terrestre, o Fuzil IA2 5.56X45mm sucederá o Fuzil Automático Leve (FAL 7,62) como dotação de suas tropas.
Primeiro fuzil com tecnologia 100% nacional ( com várias partes baseadas no MD-97), o armamento tem diferenciais de qualidade, como o peso inferior ao do FAL (Peso sem carregador: 3.,kg do IA2 contra 4,3 Kg do FAL ), ergonomia do punho, maior capacidade do carregador e possibilidade de fixação de acessórios diversos, como optrônicos. O calibre do novo armamento é o 5,56 mm, sendo que uma nova arma da mesma família encontra-se em fase de testes, com calibre 7,62 mm. O IA2 está sendo produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), em Itajubá (MG), com investimento no projeto da ordem de R$ 50 milhões.
O novo fuzil atende aos requisitos estabelecidos pelo Exército para sua adoção como armamento padrão. O IA2 atira nos regimes automático, semiautomático e de repetição, para lançamento de granadas de bocal, com cadência de 600 tiros por minutos.
Em sua fabricação, foram utilizadas novas tecnologias, conceitos e materiais poliméricos, mais leves, ergonômicos e de melhor maneabilidade. Seus trilhos picatinny, dispostos em toda a superfície superior da tampa da caixa da culatra e em todas as faces do guarda-mão, permitem a acoplagem de dispositivos, como lanternas táticas, apontadores laser, lunetas de visada rápida, lunetas de visão noturna ou lunetas de precisão, punhos táticos e lançador de granadas.
O IA2 já está sendo empregado em diversas organizações militares pelo Brasil e foi, inclusive, utilizado pelo Exército na segurança de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Programas Estratégicos, como o Sistema de Monitoramento Integrado de Fronteiras (SISFRON), também contemplam a utilização do novo fuzil pela tropa. Da mesma forma, o 26º Contingente Brasileiro da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), efetivo que encerrará a participação brasileira na missão de paz, emprega esse armamento.
Dados técnicos:
Calibre: 5,56 x 45 mm
Capacidade do carregador: 30
Raiamento: 6 à direita
Peso (sem munição):3,38 Kg
Comprimento (coronha aberta/fechada): 850 mm/600 mm
Comprimento do cano: 330mm (350mm com quebra-chama)
Fonte: EB
Edição Plano Brasil
Nota do Editor
Pode-se afirmar que o IA2 é um fuzil moderno, porém não se encontra no mesmo grupo que os melhores e mais modernos fuzis do mundo atualmente. O IA2 vem sendo duramente criticado por especialistas e usuários. Entre as críticas, podemos citar o fato de não possuir uma alavanca de manejo solidária ao transportador do ferrolho, tampouco o “retém safa panes” (forward assist). Logo, não há solução para as panes de não trancamento correto do ferrolho devido ao acúmulo impurezas.
Outro detalhe que chama a atenção é a ausência de comandos ambidestros como alavanca de acionamento do ferrolho posicionada no lado esquerdo do fuzil, não podendo ser trocada sua posição e seu seletor de modo de disparo, que é posicionado no lado esquerdo do conjunto do gatilho da arma.
Entretanto, ele é de um projeto recente e mudanças podem ocorrer para deixando ainda mais capaz. A conclusão é de que nossas forças armadas estarão bem servidas com o IA2 pois é um projeto adequado as necessidades e realidades operacionais brasileiras. Porém, estariam melhor servidas se algumas características fossem adicionadas ao projeto.
O que mais me desanima não é nem o fato do IA2 ter varias deficiências, mas o número de produção por ano, se contar o EB, FAB, MB, PF, e PM de outros estados vai demorar 10 anos pra equipar.
A Imbel já disse que sua produção anual é de 20 mil fuzis, tento inicio a produção em 2012, tendo capacidade de aumentar a produção conforme a necessidade.
É uma piada esse número, deveria ser por mês, só pra equipar o Exercito vai demorar mais de 5 anos, agora coloca ai os outros órgãos, sem contar que precisa repor as armas velhas, com lotes defeituosos, ou até mesmo extraviadas.
A necessidade é de 20mil por MÊS.
Não estamos em guerra, e não há necessidade de utilizar outras fábricas para produzir mais do mesmo. (20mil*7anos=120mil) mais 5 anos todo o exército já estará totalmente equipado. Na minha opinião deveria ser produzidos 4 mil por mês = 48 mil fuzis ano.
Não estamos em guerra ? Não em uma declarada, pois vivemos todo dia uma guerra civil.
Fuzil, uma coisa básica, assim como munição, deveria ter aos montes, deveria ser mais fácil, quando fui me alistar, ao sair tinha uns 20 soldados no portão, e sabe quantas armas ? 1 FAL.
E não é de hoje que os solados do EB da meia duzia de tiro e nunca mais atira.
Munição tem sim, e muita, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de munições, sendo os maiores fabricantes: CBC, Imbel, Taurus, Amadeo Rossi, Avibras, Emgepron, etc. Creio que se fosse revogado o “desarmamento”, teríamos mais empresas surgindo, campos de tiro, lojas de armas, empresas de munições, etc, movimentando a economia e gerando concorrência, sem monopólio, sem estatais.
um fuzil mediano que vai ficar no Brasil ate o ano de 2130.
mais testes deveriam ser realizados antes de aceitar como arma definitiva para as Forças Armadas e auxiliares e também caso se confirme os ajustes a serem feitos concordo com o comentarista Nicolas sobre a quantidade a ser entregue. Faz -se necessário mais testes com este fuzil.
Bacana, a Imbel deveria desenvolver também uma metralhadora ligeira com o mesmo design do Ia2
As deficiências de projeto precisariam ser corrigidas antes da produção em série.
Como há uma política ditada do exterior para o sucateamento das forças armadas e policiais brasileiras, estaremos com deficiência e insuficiência de material bélico pelo resto do século.
Seria melhor perseverar no projeto e adquirir armamento de ponta a curto e a médio prazo. Mas os burocratas a serviço do globalismo, com o aplauso dos inimigos internos e externos, nunca o permitirão.
Concordo!
O que o exterior tem a ver com a IMBEL não ser capaz de fazer um projeto moderno ?!
Quando as nossas forças armadas forem totalmente equipadas com esse fuzil os outros exércitos já vão está usando armas que disparam láser
Fiz habilitação recente com esse fuzil, no calibre 556. Não consigo gostar dele, mesmo tendo um bom nível de precisão, um recuou pequeno e relativamente leve. Quando olho para ele vejo um FAL de polímero. Não entendo porque as empresas brasileiras de armas (Taurus/Imbel) insistem nesse modelo de coronha. Quando a coronha estar dobrada a arma perde bastante funcionalidade. Seria extremamente simples e talvez até mais barato adotar uma coronha telescópica como as utilizadas no restante do mundo. Sem falar que apenas o zarelho próximo ao cano é ambidestro e o da coronha destro, um erro grotesco.
Bem, senhores sou leigo em todos os assuntos que os senhores comentam, mas, não posso deixar de mencionar, como é difícil ser brasileiro, eu pessoalmente acho que temos um nível critico para tudo o que é produzido no Brasil, e outro quando o produto é produzido fora do Brasil.
Minha gente, para o nível do nossas FA, O IA2, está muito bom.
Se ele vai ficar ate 2130 nas FA, ai é outra coisa. Eu pessoalmente acho que não ficará nem até 2050.
O nosso problema é pesquisa, desenvolvimento e produção.
Desta vez, em mais um artigo sobre o Fuzil IA-2, gostei de todos os comentários… Nenhum grosseiro. E as críticas ponderadas e construtivas.
Achei muito pertinente a da coronha telescópica em vez da rebatida.
Quanto aos botões-chaves ambidestros certamente que em combate, com possíveis ferimentos graves em mãos, dedos ou braços, esta é característica de muito maior funcionalidade que deve ser acrescentada em melhorias futuras.
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Porém o caminho de armas 100% nacionais, sempre que possível, está sendo trilhado. E isso é uma excelente medida para nosso país e FFAA.
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IMBEL leve em conta as críticas.
Cara, não consigo entender a lógica da coronha do IA2. É extremamente difícil de rebater, bem pior do que a do parafal e das MT-40 e CT-40 e CT-30 da Taurus. O retem do ferrolho também fica escondido em um botãozinho no alojamento do carregador e o zarelho traseiro tem apenas de um lado enquanto o do cano tem dos dois. Fiz o curso TAT-II da PCSP, para habilitação. Sou um atirador mediano e tive bons acertos e nenhuma pane, mas não gostei da arma, por enquanto, é o que temos de melhor, mas nosso nível de qualidade é muito baixo.
Achei a Nota do Editor MELHOR que o texto em si (que, OBVIAMENTE, foi passado pela IMBEL).
…………..há uma matéria sobre o fuzil mexicano DGIM-FX-05 Xiuhcoatl aqui no PB de 02 de novembro de 2016 …. fala como os mexicanos desenvolveram esse fuzil a partir do modelo alemão G-36….acredito que tbm tenha defeitos que só sejam superados após uso frequente nas suas FFAAs….ora , se os mexicanos fabricam uma versão a partir de outro fuzil,.porque tbm não podemos fabricar um baseado no FAL??……….é uma inovação e suas melhorias só virão com o uso contínuo.na tropa e com mais correções a Imbel está aí pra isso…………………….