Por major Sylvia Martins
Porto Príncipe (Haiti), 02/06/2017 – Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (2), na Base General Bacelar, em Porto Príncipe, o 26º Contingente Brasileiro (CONTBRAS) na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH) foi efetivado como a última tropa que realizará a fase final da missão, que se concluirá em 15 de outubro. A representante especial do secretário-geral da ONU, Sandra Honoré; o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira Filho e o Force Commander da MINUSTAH, general Ajax Porto Pinheiro; o chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, César Augusto Nardi de Souza, estavam no evento.
“Quero mais uma vez destacar a excelente atuação do 25º contingente no contexto final das eleições haitianas, assim como nas operações de ajuda humanitária, quer seja escoltando comboios ou recuperando eixos rodoviários e desobstruindo vias, mas sempre com a preocupação em bem cumprir a missão e trazer um pouco de alívio à população do Haiti”, foram as palavras do general Ajax ao se referir ao trabalho realizado pela tropa.
Para o ministro das Relações Exteriores, o Brasil prestigia a solução pacífica dos conflitos e a obediência do direito internacional. “E a presença do Brasil nas missões de paz, já há 70 anos, é o atestado mais nítido, a demonstração mais clara desta característica do nosso País, a promoção da paz, para que a paz se mantenha, para que o conflito não volte” disse Aloysio Nunes durante a cerimônia.
A representante da ONU, Sandra Honoré, agradeceu e elogiou o apoio do contingente brasileiro ao estabelecimento de uma nova missão no Haiti. “O BRABAT 25º desempenhou um papel crítico, ao preparar um caminho para uma implementação bem sucedida da retirada progressiva do componente militar”, destacou. Segundo a representante especial, as tropas demonstraram flexibilidade e permitiram a abertura do processo da transferência da segurança para a polícia nacional do Haiti.
O último contingente
A última tropa brasileira no Haiti é composta por 970 militares, 850 do Batalhão de Infantaria (BRABAT) e 120 da Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY). Do BRABAT, 639 são do Exército, 181 da Marinha e 30 da Força Aérea Brasileira.
O comandante do 26º BRABAT, coronel Alexandre Cantanhede, explicou que a tropa de infantaria tem um cronograma a cumprir até o encerramento da missão. “O BRABAT continua com a missão de manter um ambiente seguro e estável até o dia 1º de setembro, quando cessarão as operações, mas já, a partir do dia 26 de junho, nós daremos início as atividades de desmobilização. De tal forma que, no máximo, até primeiro de outubro, permaneça apenas com 10 por cento do efetivo total, 97 militares”, disse o coronel.
A 26ª Companhia de Engenharia de Força de Paz é formada somente por militares do Exército, das mais diversas regiões do País e, segundo o seu comandante, tenente-coronel Anderson Soares, a ativação do contingente coroa o trabalho de preparação realizado há meses. “Essa vinda pra cá está sendo importante pois está culminando num trabalho muito profissional, de treinamento especializado, com mais de 60 cursos e estágios, para que chegue na área de operações preparado. A troca do contingente revigora a missão e nesse período de desmobilização, vai ser um ponto alto para as Forças Armadas brasileiras”, ressaltou.
A expectativa dos que chegam
Militares das três Forças relatam a expectativa de compor o último contingente no Haiti. Para o tenente da Marinha, Leandro Castro de Almeida, que pela primeira vez participa de uma missão de paz, estar apoiando a parte logística do grupamento operativo de Fuzileiros Navais é importante. “A primeira missão e a última são icônicas, têm uma carga muito grande. A primeira, para se estabelecer num local que não tinha nada, começar do zero, e a outra, de trazer de volta todo material e pessoal, além de lidar com uma série de eventos que os outros contingentes não tiveram” afirmou Almeida.
João Espolaor, militar da Força Aérea, considera que a responsabilidade de participar do último contingente vai além das questões operacionais. “Coordenar jovens soldados, de 19 anos, que pela primeira vez deixam família, viajam para fora do País e participam de uma missão real, é coordenar as emoções vividas por eles”, explicou. O tenente Espolaor estará à frente do pelotão de infantaria da FAB.
Mas não só os jovens sentem a importância de ser do último contingente, o subtenente Pedro Filho, da Engenharia, se considera antigo no tempo de serviço, mas vive a mesma expectativa de cumprir bem uma missão real. “A engenharia tem contribuído no desenvolvimento e no apoio à população local, num país tão sofrido como o Haiti, pra mim é importante ver a engenharia desdobrada no terreno, fazendo os trabalhos de reconstrução de vias, desenvolvendo o apoio ao combate. Eu tenho uma expectativa muito boa de vivenciar isso”, destacou o militar.
O Haiti hoje
Uma comitiva de autoridades militares das três Forças, que vieram ao Haiti acompanhar a ativação da 26º CONTBRAS, cumpriu uma programação de reconhecimento do trabalho da tropa brasileira. Logo na manhã do dia 2, participaram de homenagem aos 18 brasileiros mortos no terremoto que devastou o país em 2010. A área de entrada do BRABAT conta com um monumento dedicado a esses militares.
No bairro de Cité Soleil, puderam observar a situação atual do Haiti. Pelas ruas de Porto Príncipe, do comboio da Força de Paz, perceberam que a população se reorganiza e trabalha dentro de um ambiente de normalidade.
O chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, general Nardi, acredita que as tropas brasileiras atingiram o objetivo de pacificar o país. “Ver hoje uma região pacificada, com as pessoas comercializando na rua tranquilamente, mostra que não só em Citei Solei, como o país como um todo está indo no caminho certo e que a missão foi bem sucedida. Uma missão cumprida na parte militar”, afirmou o general.
O 26º CONTBRAS tem a missão de estreitar a relação com o componente policial, estabelecido pela ONU, que permanecerá no país caribenho. Haverá o máximo de operações conjuntas até a passagem efetiva, em primeiro de setembro, das atividades para a Missão das Nações unidas de Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH).
Hoje, no Haiti, os militares brasileiros ainda realizam operações em áreas de interesse da MINUSTAH. Embora a redução das atividades ocorra, as tropas continuarão no apoio de segurança e de suporte a emergências.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa
De todos os muitos erros cometidos pela diplomacia dos atabaques do “Brasil – PuTênfia” essênio um dos mais escandalosos. Em sua sanha descontrolada para obter uma vaga permanente no CS da ONU (“pruquê u mundu é redondu i agora é multipolá”, diria o APedeuTa) ele e Celso “megalonanico” Amorim lançaram o país nessa furada com direito a jogo fajuto da seleção com o obeso Ronalducho em campo. Resultado: tivemos um gasto imenso que ainda não foi totalmente reembolsado e nada de assento permanente no CS da ONU.
Ideia de “jênio”….
Essa missão durou anos,mas pelo que tenho visto foi pouco ou quase nada que se pode aproveitar, o bravo povo haitiano deveria ser melhor tratado pela ONU,assim que essa missão acabar as chances do caos se estabelecer de novo serão muito grandes,deram o peixe mas não ensinaram a pescar !
A missão brasileira pode ter dado errado em parte,mas a Diplomacia dos Atabaques foi uma das poucas coisas boas que aconteceram ao BRASIL nesse últimos anos,tanto que alguns fizeram questão de sabota-la quando obtivemos sucesso juntamente com a Turquia na questão iraniana !
O BRASIL é um grande país e tem muito a ensinar ao mundo,não precisamos de um assento permanente no conselho de segurança, todos sabem que isso dificilmente ocorrerá, se ocorrer um dia, também não precisamos de Oscar,Grammy ou Nobeis,quem precisa disso são os brasileiros que sofrem com a síndrome de vira-latas, precisamos é ter consciência de nosso valor e a partir dai daremos nossa contribuição real ao desenvolvimento da humanidade !
Falou pouco é disse tudo.
Ainda existem alguns, com opiniões coxinoídes a respeito da diplomacia dos Atabaques.
César concordo plenamente com a segunda parte de seu cometário, mas discordo quando dizes que há pouco a aproveitar. O aprendizado foi grande para o exército, operativa e logisticamente. Aconselho o amigo a ler alguns documentos das operações realizadas.
Também não entendo quando escreveu que a missão deu errado. Só ter pacificado Soleil foi um feito a ser comemorado. Mesmo que a violência volte, o período de paz trará frutos, seja dificultando a volta da violência, seja ajudando a trazê-la de volta mais rapidamente no futuro.
Não me referi ao aprendizado dos nossos militares, em relação a isto creio que ganhamos muito,não há dúvida !
Quando falo que a missão deu errado ”em parte”,não culpo os militares das mais diversas nações que la estiveram, culpo os burocratas da ONU, afinal de contas essa era uma missão da ONU e não do Estado Brasileiro !
O Haiti vive um caos político,que ficou evidente nas últimas eleições e pelo que tenho visto,o povo sofre muito tanto que estão vindo aos montes para o BRASIL !
Por fim meu caro Claudiney,temo que todo esse trabalho tenha sido apenas um paliativo patrocinado pela ONU,um remédio que mascara um mal maior ! Grande abraço !