FOpEsp: Operações Policiais Especiais no Combate ao “Novo Cangaço” (Parte Final)

Fotografia 4: Escudo humano constituído por imposição de assaltantes à banco com base no método violento do Novo Cangaço. (Fonte: Disponível em: http://www.lobonoticias.com.br/2016/03/ Acesso em: 27 mai. 2017).

Texto elaborado por Laio GIORDANNI Evangelista Melo*.

A simples resposta às ações do Novo Cangaço, não necessariamente, é levada à efeito como uma Operação Especial (OpEsp), sendo recomendado que o combate à iniciativa criminosa seja desencadeado por tropas policiais convencionais. Nesse sentido, haverá uma OpEsp quando identificada a inaptidão dos contingentes policiais regulares em lidar com a ocorrência. Para que uma Operação Policial Especial seja conduzida adequadamente visando o enfrentamento à elementos adversos, é fundamentalmente importante dispor de suporte de Inteligência, mediante acesso a dados concisos e concretos, permitindo executar o planejamento de emboscadas/esperas nas denominadas ‘zona quentes”. Porém ações dessa ordem, embora mais eficientes e fáceis de realizar, são complexas e temerárias, pois podem colocar a população civil no meio do fogo cruzado. Particularmente nesses casos, o ideal é que as OpEsp sejam conduzidas valendo-se da combinação de diferentes recursos de Inteligência (humanos, de imagens, de sinais etc.), com ações de choque de modo a neutralizar o ímpeto dos criminosos ainda durante a fase de preparação do delito, antes que a quadrilha tenha condição de colocar suas intenções em prática.

No que concerne ao trabalho dos operadores policiais especiais que vivenciam sistematicamente a realidade do Novo Cangaço, uma questão relevante a ser considerada é: O que esses operadores poderiam fazer se suas deficiências fossem suprimidas? Essa pergunta refere-se a uma série de problemas relacionados à realidade policial nacional que merecem ser dissertados com mais detalhamento.

A primeira destas questões refere-se ao tipo de armamento empregado pelas Forças de Operações Policiais Especiais para enfrentamentos com quadrilhas equipadas com armamento de grande poder destrutivo. Para os operadores, dispor de máxima eficiência de fogo valendo-se de armas de pequeno volume e peso é um desafio permanente. Logo a expressão “armas de dotação padrão” não fazem nenhum sentido para as unidades policiais não convencionais. O armamento que atende aos requisitos das tropas vocacionadas para ações de retomada e resgate devem atender ao trinômio confiabilidade, discrição e potência, pois são enfretamentos caracterizados tanto pela intensidade quanto pela complexidade. A confiabilidade é essencial uma vez que o resultado da operação depende, em parte, da percepção do operador em relação à credibilidade e eficiência do armamento por ele utilizado. A discrição é relevante, pois nos estágios que antecedem o confronto direto, a prudência na execução das ações se torna um fator crítico, e o emprego de uma arma mais robusta pelos integrantes da equipe de assalto pode prejudicar a sequência da operação. Por sua vez, a potência requerida para os armamentos utilizados em situações dessa ordem deve ser àquela que dispersa energia necessária para eliminar a ameaça sem comprometer a segurança da equipe e/ou de reféns.

Outra questão relevante refere-se à carência de investimentos das forças estaduais de segurança no que concerne à equipamentos de inteligência e vigilância que produzam fontes de informação, auxiliem no rastreamento, e venham a suprir eventuais vulnerabilidades.

Fotografia 5: Equipe de Rastreio do Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) engajada em uma operação de combate a uma quadrilha do Novo Cangaço. (Fonte: Acervo do GATE da PMPB).

Uma vez que missões como estas exigem o deslocamento de tropas visando a pronta resposta, também é importante atentar para a demanda de transporte aeromóvel, outra questão que fica muito aquém dos investimentos requeridos, Nesse contexto, o emprego de aeronave ainda facilitaria as perseguições a veículos nos cenários pós-ação criminosa.

Considerando que a ação das quadrilhas que atuam com base no modus operandi do Novo Cangaço, é imprescindível que sejam estabelecidas parcerias com as instituições bancarias, uma vez que elas muito podem contribuir para as Forças de Segurança Pública bem como para e a sociedade. No âmbito das parcerias interagências de segurança, o trabalho conjunto é cada vez mais necessário e relevante devido ao intrincado esforço demandado nas ações para coibir e enfrentar as quadrilhas adeptas da metodologia do Novo Cangaço.

Ainda que os problemas supracitados sejam contornados, os efeitos dessa transformação carecem de uma mudança de atitude por parte da sociedade em relação às Forças de Segurança Pública. Para que a população possa reconhecer e valorizar o trabalho realizado pelas Operações Policiais Especiais sem desvirtuá-lo, é fundamentalmente importante que a sociedade compreenda a que se destinam as tropas dessa ordem de modo a diferencia-las das unidades policiais convencionais. Nesse sentido, a transição do atual estágio de ignorância para com a atividade Policial Especial para um nível mais apurado de percepção somente será experimentado a médio e longo prazo, reconhecimento do qual se valerão, possivelmente, as futuras gerações de Operadores Policiais Especiais.

* O Capitão GIORDANNI pertence ao Quadro de Oficiais Combatentes da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), ingressou nas fileiras em fevereiro de 2006 e em 2008 formou-se bacharel em Segurança Pública pela Academia Militar do Cabo Branco – PB. Logo em seguida exerceu atividade de oficial de operações na Tropa de Choque da PMPB até o ano de 2011, no início de 2012 concluiu o Curso de Ações Táticas Especiais daquela força integrando o Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) da PMPB até os dias atuais. Em 2015 concluiu o Curso de Operações Especiais (COEsp) na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Exerce atualmente a função de Comandante da Equipe de Atiradores Policiais de Precisão desta tropa especial. Concluiu, ainda, diversos cursos operacionais na área de segurança.

Fonte:  FOpEsp (Forças de Operações Especiais)

14 Comentários

  1. Uma das soluções para essa prática criminosa é o emprego da nova Lei anti terrorismo… mas a melhor mesmo é não produzir conduzidos… BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO… porque, se depender da nossa legislação penal esquerdopata esses meliantes não ficam nem 1 ano em cana… para o delírio da esquerdopatia coitadista defensora da bandidagem e da anarquia nacional constante que impede que cresçamos e desenvolvamos…

    • Aí é que está com leis fracas (anarquistas), que não encarceram, por exemplo, um líder de quadrilha em perpétua e qualquer reincidência com penas dobradas… O que o texto acima expõem com luz bem clara, é apenas um círculo vicioso… Mais bandido mais polícia – mais poder de fogo com os bandidos mais armas para a polícia – bandidos mais organizados polícia mais preparada… E isso simplesmente não acaba mais, assim como textos iguais a esse falando desta continuidade de ação e reação ineficaz.
      Bandidagem, principalmente em países miserentos, só se acaba com punição dissuadora que arrepia até o cabelo do brioco do estrangeiro lá de outra galáxia.

      Brasil até quando vai continuar entregue aos safados?

      Sinto muito mesmo pelos valentes policiais brasileiros, que prendem todo dia assaltantes-estupradores-quadrilheiros-traficantes, mas em seguida as leis bandidas soltam.

      • Depois de 80 anos de desconstrução moral e intelectual dazisquerdas, até que estamos bem… porque o nosso povo é eminentemente conservador… ainda… mas depois do quadradinho de oito eu não acredito que tenhamos futuro…

      • A questão não é a quantidade cumpadre e sim capacitação e adequação a emprego.
        Quando vc introduz combate onde inexiste conhecimento vc dá carta branca a transgreções e desvios pois aquele que é constituido para agir e não para pensar age erroneamente em interpretação e cumprimento.
        Não se é possivel cumprir algo quando se desconhece o principio do mesmo comprometendo conteudo.

      • bandido bom é bondido morto disse o ZE povinho mais conhecido por varios nicks name de burgues da cracolandia rsrs

        se bandido bomé bandido morto entao por que voce defendeu o TEMER o aecio , me diz

        uma vez ladrao sempre ladrao
        quem anda com ladrao ,ladrao entao !!!!

        fica ai defendendo ladrao ze povinho vai sobrar para voce rsrs

        sabe de nada esse inocente .

      • É melhor não saber nada que saber o caminho da bandidagem como vc e seus partidários que representam o que há de pior nesse país…

      • Latifundiario escravagista cumpadre esse é um verme de origem Ariana que identifica a tudo como escravo dele ou como terrorista.
        è um doente esquizofrenico.
        Algum dia um empregado dele ao qual ele trata como escravo comeu a filha dele e ficou esquizofrenico com o que ele identifica como hostil.
        Se esse cara vem aqui apodrecer tudo,atacar pessoas e faltar o respeito com o espaço é porque tem responsaveis pelo mesmo condizentes com ele.
        ________________________________________________
        Maluquinho – De novo, você está enganado.

        A seção de comentários do Plano Brasil é para o público que acompanha o Plano Brasil, poder se expressar sobre os tópicos e matérias aqui apresentados.

        Acredite: — a maioria do que ‘você fala’, assim como, a maioria do que ‘ele fala’, a maioria do é comentado aqui, na seção de comentários; — NÃO REFLETE A OPINIÃO — do Plano Brasil.

        *Liberdade de expressão* — O direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade.

        — Isso é o que norteia o Plano Brasil, quando faz a gestão desta seção de comentários, quando SUPORTA certos comentários.

        Convido a todos os comentaristas, aqueles que se expressão LIVREMENTE neste espaço, a RESPEITAR este espaço. Afinal, o espaço é livre, mas, TEM DONO, NÃO ESTÁ ABANDONADO.

        Quando você acessa o Plano Brasil, você está na casa de alguém, é de “bom tom” que, quando na casa de alguém, respeitemos o dono da casa e as normas que ele entende ser adequadas para o bom ordenamento de sua casa.

        Caso alguém não esteja satisfeito com esta casa, PLANO BRASIL, faça uso da liberdade que tem …

        Plano Brasil

    • La vem o falacioso introduzir idiotices em materia que não domina nem entende.
      Segurança oublica é uma coisa e combate ao Estado Islamico outra bem diferente.
      Fica caladinho que vc ganha mais.

      • Falou o DEFENSOR DA BANDIDAGEM… lembre-se boçal: o Brasil não é só o hell de janeiro… aqui onde habito, cagou fora do penico o aço come na cara… fankeirinho barrela mcdeumal… rsrsrssrsrsss… QUEM DEFENDE BANDIDO, BANDIDO É… e tenho dito…

  2. A materia é boa sim e vai direto ao ponto primordial em segurança publica,introdução,capacitação e adequação de inteligencia com formação e aprimoramente de redes na mesma.
    O correto armamento e seu emprego é detalhe.O primordial é a infraestrutura e qualificação do cerebro em ações de pronta resposta,rapidas,cirurgicas.
    Quem tem de decidir se quer perder ou ir de ralo é quem delinque.
    O estrito cumprimento do dever é regulado na lei e a inobservancia caracteriza desvios e desmerece o conjunto.
    Não conheço A Operações especiais da policia da Paraiba. Vi pessoalmente a de Pernanbuco que atua no poligono da maconha e é responsavel pela passagem de comboios no trecho Petrolina-Picos. Realiza trabalho semelhante e digna de louvor.

  3. Quando inexiste inteligencia adentra-se no erro do conjunto e potencializa-se ignorancia que disvirtua a interpretação da politica de segurança publica,cumprimento da lei e acima de tudo do principio da mesma.
    Não se tem segurança publica quando o proprio estado transforma-se no agente de insegurança.
    A baixa porcentagem de elucidações,prevenções e dinamica é o produto da ignorancia.

  4. Confundir TERRORISTAS com bandidagem é próprio dazisquerdas nacional… é o estigma de 64… sobrou essa mazela para nós porque naquele momento eles tinham que defender seus TERRORISTAS políticos… igualando-os a bandidagem, a pena passava a ser menor e a contundência no combate também… os pela-saco sabem disso mas se fazem de tontos… HIPÓCRITAS DESVIRTUADORES…

    • Deixa de ser ridiculo doente esquizofrenico
      Vc quem confunde as coisas achando que tudo é uma caça ao que vc identifica como hostil,contrario.
      Se vc vem apodrecer materias é pq vc encontra espaço e se encontra espaço é pq tem responsaveis pelo site condizentes com tua cadelagem desenfreada.
      Microbio apartir de agora vai ficar falando sozinho.
      Esse é igual um macaco enjaulado,se passa alguem na frente da jaula faz careta,vira cambalhota,se masturba. Se não passa alguem diante a jaula assenta-se no fundo da mesma e se recolhe a mediocridade.
      Se as pessoas responsaveis pelo site estão permitindo tua podridão é poprque as mmesmas não zelam pela qualidade do mesmo.,
      ______________________________________________
      Maluquinho – De novo, você está enganado.

      A seção de comentários do Plano Brasil é para o público que acompanha o Plano Brasil, poder se expressar sobre os tópicos e matérias aqui apresentados.

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      *Liberdade de expressão* — O direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade.

      — Isso é o que norteia o Plano Brasil, quando faz a gestão desta seção de comentários, quando SUPORTA certos comentários.

      Convido a todos os comentaristas, aqueles que se expressão LIVREMENTE neste espaço, a RESPEITAR este espaço. Afinal, o espaço é livre, mas, TEM DONO, NÃO ESTÁ ABANDONADO.

      Quando você acessa o Plano Brasil, você está na casa de alguém, é de “bom tom” que, quando na casa de alguém, respeitemos o dono da casa e as normas que ele entende ser adequadas para o bom ordenamento de sua casa.

      Caso alguém não esteja satisfeito com esta casa, PLANO BRASIL, faça uso da liberdade que tem …

      Plano Brasil

  5. Apenas ontem na parte da manhã 30/07/2017 4 PMs foram baleados na localidade Alvorada no Complexo do Alemão e inocentes morreram dentro de casa no jacarezinho e milhares de crianças ficaram sem aulas. Tudo isso é o reflexo de uma politica de segurança publica erronea onde o confronto é a opção do Estado em areas populares adensadas.
    Não se tem politica de segurança publica adequada a emprego. não se tem inteligencia operacional. Tem-se apenas a barbarie desenfreada de animais do estado a serviço de uma casta seletivada da qual eles não pertencem e que são na verdade a causa do descaso,dos desvios,da inconsequencia.

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