Defesa & Geopolítica

Força Aérea Brasileira doa aeronaves para a Universidade Federal do ABC

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Sete anos após ter feito a solicitação ao Ministério da Defesa, a UFABC (Universidade Federal do ABC) recebeu, na sexta-feira, duas aeronaves desativadas da Força Aérea Brasileira. Os veículos de transporte aéreo – um avião e um helicóptero – servirão de laboratório didático destinado ao curso de graduação em Engenharia Aeroespacial, no campus São Bernardo.

Trazidos do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro por via terrestre, os modelos foram recebidos com empolgação pela comunidade acadêmica. “Essa doação é algo muito difícil de acontecer e demonstra confiança por parte da Aeronáutica. Além disso, coloca nossa universidade em um restrito grupo de instituições de Ensino Superior com essa classe de instalações”, destaca o diretor do centro de engenharia, modelagem e ciências sociais aplicadas da UFABC, Annibal Hetem Junior.

O Ministério da Defesa formalizou a possibilidade de doação das duas aeronaves em 2014. Os modelos históricos – o helicóptero militar UH-1 Iroquois foi utilizado na Guerra do Vietnã e o avião Embraer EMB110 “Bandeirante”, o primeiro a ser produzido pela empresa nacional – inicialmente ficarão alocados em galpão, mas a expectativa é a de que seja erguido prédio específico para comportar as aeronaves. “Temos um espaço provisório, mas o projeto é construir um prédio simples que sirva de laboratório”, observa o diretor.

REALIDADE

Na prática, conforme Annibal Hetem Junior, o aprendizado dos estudantes do curso de Engenharia Aeroespacial passa a ser mais real, tendo em vista a presença dos dois veículos de transporte aéreo. “Não se trata de um simulador ou brinquedo, são aeronaves que voaram de verdade. O engenheiro formado pela UFABC terá visão concreta de cada parte do avião. Passamos a ter um laboratório rico e detalhado”, considera.

A manutenção das aeronaves também ficará a cargo dos estudantes e professores do curso, tendo em vista que passa a ser processo mais básico, já que os modelos não demandarão mais uso de combustível e não voam. “Ainda que estejamos falando de equipamentos parados, seria impossível comprar. Juntas, elas demandariam gasto estimado em pelo menos R$ 800 mil”, afirma o diretor.

Fonte: Diário do Grande ABC

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