O Exército do Chile realizou a maior renovação de seu parque automotriz de campanha ao incorporar 313 caminhões multisserviços novos e modernos que terão uma vida útil de 15 a 20 anos. Os veículos estarão destinados a melhorar a capacidade de resposta perante catástrofes naturais e de deslocamento de ajuda em operações de paz fora do Chile.
“Fenômenos imprevisíveis podem continuar acontecendo. Diante disso, o único a fazer é melhorar e refinar a capacidade de resposta das instituições”, disse a presidente Michelle Bachelet no dia 10 de março, durante a cerimônia oficial de apresentação dos veículos. Ela destacou que o investimento é “necessário para o Exército chileno, não apenas para as tarefas de defesa, mas também para apoiar em situações que afetem o país”.
“[Com os veículos antigos], estávamos tendo problemas de confiabilidade, disponibilidade, obsolescência tecnológica e do deslocamento adequado da força terrestre”, disse à Diálogo o Tenente-Coronel Raúl Rosas, chefe da seção de Comunicações do Exército. Os novos transportes, que significaram um investimento de US$ 79 milhões, fazem parte dos projetos “Alfil” e “Cahuelmó” e foram construídos para substituir os veículos de campanha de todas as unidades de armas combinadas do Exército que tinham entre 25 e 30 anos de vida útil.
De fato, foi a própria mandatária quem deu prioridade máxima aos dois projetos em março de 2015, depois da inundação que afetou a região de Atacama, no norte do país. Em uma visita à região, ela verificou o trabalho das Forças Armadas, “constatando que nossos veículos não estavam cumprindo seu objetivo como deveriam”, disse à Diálogo o Coronel Claudio Orellana, da Direção de Projetos e Pesquisa do Exército do Chile, em relação ao projeto “Alfil”.
Por sua parte, o projeto “Cahuelmó” vinha sendo desenvolvido desde 2010, depois do terremoto que devastou o país. Este projetotambém incluiu a aquisição de máquinas e veículos táticos para os batalhões de engenheiros do Exército. “É a renovação mais importante dos últimos anos, equivalente a 15 por cento do total nacional de veículos institucionais”, disse o Cel Orellana.
Meios de múltiplas finalidades
A escolha dos 313 veículos de campanha foi determinada por suas capacidades operacionais no transporte de carga, pessoas e para concentrar meios e levá-los a áreas de segurança. Foram testados em cenários geográficos complexos, como nos planaltos do norte e do extremo sul do Chile.
Entretanto, o projeto “Cahuelmó” concretizou a compra de 35 caminhões Mercedes-Benz, entre caminhões de descarga Actros modelo 2632 6×6, modelo 3344 para transportar máquinas e caminhões Zetros 1833, além da aquisição de 154 máquinas de engenharia, como escavadeiras, carregadeiras frontais, motoniveladoras, retroescavadeiras 4×4, compactadores, trituradores e compressores com ferramentas hidráulicas. Essas máquinas estão destinadas a trabalhos rodoviários de construção e/ou reparos de estradas e pontes, entre outras operações que os batalhões de engenheiros do Exército realizam em todo o território nacional.
Com essas novas aquisições, “o Exército atribuiu uma nova dimensão com vários objetivos nos investimentos e na renovação desse material”, disse o Cel Orellana, pois permitirá cumprir de forma adequada as missões dispostas nas três áreas estratégicas da instituição (defesa, segurança e cooperação internacional e Exército e sociedade). “Podemos desenvolver, preparar e sustentar uma força terrestre com ampla capacidade para realizar de forma eficaz operações militares que não estejam relacionadas com a guerra”, reforçou o Ten Cel Rosas.
Durante o mês de abril, os militares encarregados de dirigir os novos caminhões e o pessoal que fará sua manutenção receberam capacitação teórica e prática. Concluída essa etapa, os veículos foram liberados para seu uso. Vale ressaltar que os novos veículos têm a mesma origem de fabricação que os antigos, já afastados, o que permite a continuidade dos processos de manutenção, capacitação e capacidade conseguidas pelos militares.
Unidades beneficiadas
Atualmente, todos os veículos estão disponíveis nas 34 unidades de armas combinadas do Exército, posicionadas desde Arica, ao norte, até a Ilha Grande de Tierra del Fuego, no sul. A distribuição do número de caminhões em cada unidade dependeu das características particulares e das áreas de utilização previamente analisadas. Assim, na Escola de Artilharia do Exército na VII Região, por exemplo, 15 caminhões táticos 4×4 foram reformados.
Os veículos retirados de operação, de acordo com as normas institucionais, são removidos pelo Exército chileno com todos os seus apetrechos para serem desmilitarizados. Posteriormente, são leiloados. O dinheiro arrecadado é destinado à manutenção das novas unidades.
Para 2017, o Exército já tem pronto seu planejamento anual de instruções para a tropa profissional ou para os soldados recrutados, atividades para as quais os novos caminhões estão funcionando nas diferentes unidades da instituição. “Contamos com um material confiável, moderno e que dá segurança ao Chile”, concluiu o Cel Orellana.
Fonte: Dialogo Américas
Parabéns ao Exército do Chile.
O que vale a agilidade de um Comando. Prontamente, trataram de suprir a lacuna do Ex´[ercito que ficava prejudicado sua locomoção, e principalmente sua ajuda humanitária e logistica no caso de calamidades pública.
Parabéns.
Sou mais os caminhões que utilizamos aqui como os Constalation da Man projetado/adaptado de acordo com especificações do EB.