Caracal Brasil lança pedra fundamental de indústria bélica em Anápolis e mostra que veio para ficar.

Anderson Barros especial para o Plano Brasil.

O Governador Marconi Perillo e o CEO da Caracal International, Hamad Salem Al Almeri, lançaram segunda-feira (10/4), em Anápolis, a pedra fundamental para a construção da primeira filial no Brasil da Caracal Internacional. O portfólio de produtos da Caracal inclui uma pistola de combate de 9mm, uma submetralhadora de 9mm (SMG), três plataformas táticas de rifles e três rifles de sniper modulares. Com sede em Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos, e possui filiais na Alemanha (Caracal GmBH) , e  nos Estados Unidos (Caracal USA). A empresa vai investir, ao longo de 10 anos, R$ 500 milhões. A multinacional planeja investir cerca de R$ 100 milhões, na etapa inicial, para a implantação da Caracal Brasil, cuja planta ficará localizada no Distrito Agro Industrial de Anápolis – DAIA. A previsão é de que sejam gerados cerca de 600 empregos diretos e outros 600 indiretos.

O potencial da industria não e modesto e a empresa pretende em, no máximo cinco anos, superar toda a industria nacional. O país e quarto maior exportador de armas do mundo. “A linha de produtos da Caracal é muito grande, é impossível mensurar em quanto tempo fabricaremos toda a linha. Estarei mentindo se dizer que teremos toda a linha em 10 anos, por que, até lá, já existirão mais umas 40 novas linhas”, afirma o sócio-proprietário Paulo Humberto Barbosa.

O Governador Marconi contou como iniciou as tratativas para trazer a empresa para o Brasil, após receber Hamad Salem em Goiás, ano passado. “Estabelecemos os protocolos de intenções. Em seguida, ele conheceu o Distrito de Anápolis e gostou muito. Percebeu a importância estratégica de Anápolis para o Brasil e para a América Latina (AL), e também conheceu as rodovias, ferrovias, Distrito Industrial, Aeroporto de Cargas, a localização do centro geográfico da AL”, contou o governador.

Na missão comercial empreendida ao Oriente Médio, em fevereiro deste ano, Marconi conheceu as instalações da empresa Abu Dhabi. “Fui à Indústria Caracal para ver o que está sendo produzido, com a qualidade com que estão sendo produzidos esses produtos lá. Confesso que saí entusiasmado e confiante, em relação ao que estamos fazendo aqui hoje”.

 O, também, sócio da Caracal Brasil, Paulo Humberto Barbosa, informou que a estimativa é produzir, na planta de Anápolis, em torno de duas a três mil pistolas. No entanto, ele observou que este número é variável, porque neste mercado, trabalha-se, sempre, já com uma demanda definida.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Francisco Pontes, disse que a empresa vai contribuir não só na geração de emprego e renda, mas, também, no fortalecimento da balança comercial de Goiás.  
A instalação da Caracal no Brasil vai ser um passo importante para acabar com o monopólio no segmento, por parte das empresas Taurus e Imbel.


Transferência de tecnologia

Sócio da Caracal Brasil, Paulo Humberto Barbosa afirmou que a empresa inicia em Goiás “uma nova era”. Disse que Goiás receberá a transferência de tecnologia dos produtos fabricados pela empresa. Outro sócio brasileiro da Caracal Brasil, Augusto de Jesus Delgado Júnior ressaltou a visão do governador Marconi Perillo em sempre atrair novos investimentos para Goiás. “A Caracal Brasil estará presente hoje no estado de Goiás, promovendo a abertura de um grande parque bélico. Vamos quebrar um paradigma e redefinir a questão da segurança nacional, em termos de armamento bélico”, planejou.

Durante a LAAD 2017, a Caracal apresentou ao mercado seu portfólio de primeira qualidade, reconhecido mundialmente pela excelência. Entre os destaques estão as pistolas da série Enhanced F, nos calibres 9mm e .380; os fuzis táticos  CAR814 e CAR816, e os fuzis de precisão CSR308 e CSR338, entre outros. 

Participaram da solenidade o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, o Coronel Mendonça, da Brigada de Operações Especiais do Exército; o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira; o secretário-chefe do Gabinete de Gestão de Assuntos Internacionais da Governadoria, Isanulfo Cordeiro; e também superintendentes da SED, e autoridades de Anápolis.

3 Comentários

  1. Ótimo! Quebrar o monopólio da Taurus e Imbel é um começo. Ou estas empresas melhoram em qualidade ou a tendência é venderem as empresas. que venham mais, os policiais e forças de segurança agradecem. Só falta agora é acabar com essa maldita Lei do desarmamento que só retirou a defesa do cidadão e manteve a do meliante.

  2. Errata: …estatuto do desarmamento… Acabemos com o monopólio. Nossa Indústria de defesa só será de excelência se houver competividade. lógico que devemos ressalvar certas proteções estratégicas como sistema de comunicações, manter e pagar bem nosso cientistas, ter uma reserva de mercado humano para que este não saia do país em busca de melhorar( que é um direito). Valorizar a Educação esta e sempre será a grande esperança e tem de ser na base. quanto á educação de nosso povo, só com Educação e não mentiras e baboseiras que são ensinadas que não dão propósito algum. Matemática, Línguas, história, geografia, ciências, tudo quanto for promissor para nossas crianças e jovens. Tenho ainda esperança.

    • O Brasil está no rumo certo… é só azisquerdas não atrapalharem com essa mania tola de atrasar o país para manterem o povão na ignorância e assim terem alguma chance de tomar o poder, porque, se depender de competência elas, azisquerdas, não ganham nem pra sindico de prédio popular…

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