ESPAÇO: Janela de oportunidades se abre para o Brasil com operação do Satélite Geoestacionário

SGDC vai contribuir para a expansão da oferta de banda larga e para a segurança das comunicações estratégicas de defesa do país. Crédito: Visiona

Por Ascom do MCTIC

“Foram adquiridas tecnologias, e o Brasil está se organizando para o futuro, em busca de se capacitar para que, logo, logo, tenha condições de também disputar esse mercado mundial de fabricação de satélites”, afirma Jarbas Valente.

Com lançamento previsto para a próxima terça-feira (21), o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) representa uma janela de oportunidades para o Brasil, capaz de alavancar investimentos e benefícios para a população. A avaliação é do diretor técnico-operacional da Telebras, Jarbas Valente. O satélite, uma vez em órbita, deve ampliar a oferta de banda larga no território nacional, especialmente em regiões remotas, e garantir a segurança das comunicações militares do país.

Com isso, o SGDC deve contribuir para o desenvolvimento de diversas frentes tecnológicas, como agricultura de precisão, cidades inteligentes, educação pública, gestão hospitalar, industrialização do interior, infraestrutura de mineração, monitoramento e previsão de desastres naturais, plataformas petrolíferas, segurança rodoviária, sistema bancário e serviços de cidadania, como a emissão de passaportes e a previdência social.

Para Jarbas Valente, com a transferência de tecnologia, a partir da participação de 100 brasileiros na construção e montagem do SGDC, o país começa a se preparar para o desenvolvimento de um satélite desse porte. “Foram adquiridas tecnologias, e o Brasil está se organizando para o futuro, em busca de se capacitar para que, logo, logo, tenha condições de também disputar esse mercado mundial de fabricação de satélites.”

MCTIC: Quais os objetivos principais do programa?

Jarbas Valente: O governo brasileiro quis atender aquilo que foi previsto no Decreto nº 7.769, de junho de 2012. Isso significa responder toda a demanda possível do PNBL [Programa Nacional de Banda Larga] a ser resolvida pelo satélite, em todos os rincões do país, de norte a sul, do leste ao oeste, para reduzir desigualdades com o provimento de serviços de internet de alta qualidade. O SGDC também pode servir ao governo, ao melhorar serviços de educação, saúde e segurança, e contribuir para a soberania nacional, ao resguardar as comunicações estratégicas da defesa. O equipamento vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada ao uso militar e corresponde a 30% da capacidade total. Já a outra representa 70% e será usada para ampliar a oferta de banda larga pela Telebras.

MCTIC: É estratégico ao Brasil ter um satélite geoestacionário?

Jarbas Valente: Eu diria que é fundamental ao país possuir um satélite dessa dimensão e capacidade, 60 gigabits por segundo, e com essa extensão territorial, ou seja, essa quantidade de feixes, 67 da banda Ka e 5 canais da banda X, em que se mantenha a mesma qualidade de transmissão, seja no Amapá ou no Chuí.

MCTIC: Para quais aplicações o SGDC poderá servir?

Jarbas Valente: São dezenas de aplicações. Aí, você vai desde o uso pessoal, quer dizer, na sua residência, nas suas comunicações, até o uso na área agrícola, na educação, na saúde e na segurança. Vamos poder atender todas as escolas rurais do país, de níveis básico e médio, sem falar da conectividade de instituições de ensino superior no interior. O satélite permitirá, ainda, que postos de comunidades distantes tenham acesso a aplicações de saúde pública e gestão hospitalar utilizadas em grandes centros.

MCTIC: Quando a população poderá sentir essa diferença?

Jarbas Valente: A partir do segundo semestre deste ano, as operações se iniciam. As ativações acontecem e, aí sim, vamos enxergar esses resultados em todos esses pontos onde instalaremos esses equipamentos, para solucionar essas demandas. Por meio de uma antena e com o uso de circuitos locais ou de rádio, poderemos atender escolas, postos de saúde e órgãos da prefeitura, que se comunicarão com os estados e o governo federal.

MCTIC: Uma vez lançado o SGDC, qual será o trabalho da Telebras?

Jarbas Valente: Lançado o satélite, o trabalho da Telebras será viabilizá-lo do ponto de vista econômico e social, porque a gente tem que ter um lado econômico sempre na mente, para poder viabilizar o lançamento de novos satélites, com mais capacidade, para atender essa maior necessidade exigida pelo país. Então, vamos ter um trabalho muito árduo para viabilizar e atender essas demandas, essas questões de que o brasileiro reclama.

MCTIC: O SGDC pode alavancar a atuação da Telebras?

Jarbas Valente: O satélite vem complementar esse trabalho, mas não funciona sem a rede terrestre. Se tivermos um computador no Norte ou no Nordeste e quisermos atingir uma VSAT [terminal de abertura muito pequena, na sigla em inglês] distante, mais ao sul, os dados terão que trafegar por uma das cinco estações conhecidas como gateways, a serem instalados em Brasília, Campo Grande, Florianópolis, Rio de Janeiro ou Salvador. Então, a comunicação é intensa. Por isso, a gente necessita de uma rede terrestre saudável e capaz de atender essa demanda. De qualquer forma, o SGDC será fundamental para a Telebras se tornar autossustentável e viabilizar a construção e o lançamento de novos satélites no futuro, sem depender do Estado.

MCTIC: O SGDC poderá prover sinal para o padrão 5G de telefonia móvel?

Jarbas Valente: O satélite atende indiretamente o 5G. Como é que isso funciona? Através da antena, que vai ser colocada como backhaul, ou infraestrutura maior, para que se ligue ali a uma torre daquela que a gente chama de estação rádio base [ERB]. Das ERBs, todo mundo que tem um 5G, 4G, 3G ou mesmo um telefone comum pode ser alcançado. E por meio da nossa estação VSAT, isso sobe para o satélite, chega na operadora de celular e se liga ao mundo.

MCTIC: Como você avalia o processo de transferência de tecnologia?

Jarbas Valente: Foi muito interessante. Nós da Telebras participamos ativamente com especialistas em toda essa parte de formação. Engenheiros nossos tiveram a sorte e a capacidade de desenvolver softwares tão bons que permitiram, por exemplo, estender a capacidade do satélite, não só do nosso como dos demais equipamentos que virão. Houve profissionais da MCTIC, Ministério da Defesa, AEB e Visiona distribuídos pelas áreas de pesquisa envolvidas na construção, e inclusive das empresas que compraram tecnologia. Eu diria que mais de 100 brasileiros integraram esse processo.

MCTIC: O Brasil está apto para desenvolver um satélite desse porte?

Jarbas Valente: Eu diria que o país está começando a se preparar para chegar lá. Foram adquiridas tecnologias, e o Brasil está se organizando para o futuro, em busca de se capacitar para que, logo, logo, tenha condições de também disputar esse mercado mundial de fabricação de satélites.

MCTIC: Que mensagem a história do SGDC deixa à população brasileira?

Jarbas Valente: Eu acho que a mensagem é bem positiva. É muito importante ter desenvolvido esse projeto, não só do ponto de vista de segurança nacional, que é a base em que foi criada toda a sua estrutura, com a banda X, mas também por sua complementaridade, para tornar o projeto ideal do ponto de vista econômico, porque, senão, o Brasil ficaria eternamente dependente de orçamentos do governo federal para viabilizar um projeto desse porte. Sim, um país que tenha mais recursos faz isso normalmente. Mas nós temos que aproveitar essa janela, esse investimento que foi feito, e transformá-lo em novos investimentos, capazes de dar continuidade ao programa.

Fonte: MCTIC

19 Comentários

  1. legal as informações mas já ouvi em outros locais que o governo atual do conde drácula esta pensando em fazer dinheiro com esse satélite igual o Fernando Henrique fez com os satélites que o brasil possuía naquela época
    o modo operante é o mesmo
    não constroem nada vendem tudo o brasil virou uma
    CRACOLANDIA !!!
    esses noias que vocês chamam de políticos vendem tudo por um preço irrisório para poder ganhar suas porcentagens

    • Boa Francisco na certa estarão subservientes a Yankes. Serão verdadeiramente seus olhos e seus ouvidos,uma vergonha.

  2. Hoje quandofalo do programa espacial Brasileiro sinto vergonha e ainda prego uma devassa total no mesmo para que vá para cadeia tanto civis como militares que foram corruptos ou que se apropriaram do dinheiro do contribuinte.
    Se colocassemos tudo no papel supera o Petrolão tranquilamente.
    Nem mesmo nosso geo-estacionario subira de nossa base PÃO DE LÓ.
    Temos sim 2 satelites de comunicação noespaço mas os mesmos não são operados por bases Brasileiras.
    Subindo nosso geo-estacionario ficara a duvida,esta ou não esta chipado pelos Franceses que agora escudeiros Yankes dividiriam as informações interceptadas com agencias Americanas !
    As prostitutas transfomaram o Brasil literalmente em um puteiro,pais vergonha !

    • Temos longa parceria de construção de satelites com a China meu caro. Temos tambem ja a algum tempo os Russos inseridos no nosso programa aeroespacial.
      O problema meu caro não é a falta de capacitação ou mesmo o desinteresse. O problema é a subserviencia mesmo e o funcionalismo protituido e bandido.

  3. No discurso esta tudo lindo e maravilhoso,mas verdade seja dita muitos dos contribuintes que PAGARAM por esse satélite não terão condições financeiras para fazerem uso dele,pois o acesso a essa tecnologia ainda é caro e assim sera, mesmo com esse satélite !
    Quando adquirimos a tecnologia dos submarinos IKL, o discurso era o mesmo,iríamos nos torna exportadores, estávamos no seleto grupo de países que fabricavam tal embarcação e blá,blá, blá, porque agora iremos acreditar que vai ser diferente ?
    Isso sem falar que os contratados que fizeram o artefato,tem um histórico nada confiável !

    • Acrescento a história mais recente dos helis fabricados em Itajubá, onde poderíamos exportar para os países de nossa ” influência” na AL . Pagamos helis a preço de caças e nunca vendemos ou venderemos para ninguém na AL, o México encomendou a alguns anos e nem saiu do Brasil a produção.

  4. Costumamos dizer que toda a podridão nacional limita-se a classe politica quando ela na verdade se estende ao funcionalismo bandido. Em todas as areas do funcionalismo publico neste pais abundam depedradores e corruptos. O funcionalismo publico é visto não como trabalho e sim como bico,a maioria vai para dormir e ganhar mole mesmo e ainda se acham no direito de levarem tudo pra casa.
    Sempre fui terminantemente contra a estabilidade no funcionalismo publico e se ela não existisse poderia-se premiar o bom funcionario com a permanencia e premiação e dar-se oportunidades a outros que viessem a exercer funções satisfatoriamente. Assim alem de estarmos praticando verdadeiramente justiça se faria tambem justiça social

      • Oque se tem de bandido clamando pelas cabeças dos politicos mas que tambem são tão sujos e tão podres como eles.
        Brasil a Patria mãe gentil transaformada num pardieiro onde se ganha a vida se prostituindo se vendendo.

  5. Se não fosse o entreguismo dazisquerda, a muito éramos pra figurar entre as nações mais desenvolvidas do planeta… quem sabe agora, que o mundo está dando um pé na bunda do socialismo, nós acordemos e deslanchemos pra um futuro melhor… esse é mais um passo nessa direção…

    • Vá contaminar noutra freguesia, carne estragada… rsrssrsrsrssss… ou seria melancia estragada ???!!!… rsrsrsrsrsrsrssrsrsrss…

  6. E quem não gostar de ter seu post comentado solicite a administração que retire a opção de repóstas ao enves de sentir-se ofendido com qualquer resposta mesmo que não contenha agressões.
    Voce continuam querendo mesmo transformarem o PB em confraria e jamais o proprietario do mesmo permitiu isso,quem sabe agora o convencem

    • Monte um blog pra vc e comente a vontade… quem sabe para de tentar se impor no grito por aqui… vc terá milhões de acesso… dá até pra atingir público variado… de geopolítica a comédia… 🙂

  7. Dei um tempo aki no blog pra ver se mudava um pouco o nível dos comentários, mas não muda é incrível !! é sempre o mesmo discurso ideológico subversivo e cansativo de sempre, parece aquele CD riscado q parou naquela faixa mais chata q tem no CD.

    Sempre como o mesmo papinho furado de entreguismo pra lá, entreguismo pra cá, mas não consegue entender q é o Brasil q não faz o dever de casa.

    Vou apelar para minhas orações e pedir ao Senhor para dar um cérebro novo para alguma dessas pessoas, ou quem sabe fazer pegar no tranco pq tá difícil de entender.

    o Brasileiro precisa entender de uma vez por todas q ninguém vai dar de graça tecnologia de ponta para nós, parem de acreditar nisso ! Não sou contra fazer parcerias desde q seja promissora para o Brasil, acredito q alguma coisa nem se for o básico do básico deve aprender lá com os gringos, mas ficar com esse discurso de q país X é o “salvador” é q o país Y é o “demo” já cansou né !? A não ser q a pessoa esteja na fase da puberdade ae até dou um desconto.

    esse vitimismo barato q somos oprimidos pelo país X ou Y cansa !! Pensa pow !! coloca o tico e o teco para funcionar, quem nesse país tá ganhando com isso, tá adorando ver o brasileiro pensando dessa forma, achando q a culpa de toda a desgraça do país vem de fora, RACIOCINA só um pouquinho prometo não vai doer nada !

    • Quem sabe te ouçam e façam o dever de casa mesmo sem por no bolso o contribuinte e sem entregar oque pertence a Brasileiros.
      Continue orando com fé.

    • Concordo Alessandro… o vitimismo dessa gente já virou um aleijão… só sabem ficar dizendo que tudo o que nós não conseguimos é culpa duzamericanus feios, bobos e maus… mas mexer o popozão pra fazer acontecer, NEVER… a única submissão que temos é do povo em relação a classe política safada que escraviza a nação… os mesmo que foram exilados por alta traição a pátria em nome de uma ideologia idiota e bandida… foram perdoados mas hoje meteram uma cangalha no povão ignorante de tal modo que não deixam o país sair do marasmo educacional em que se encontra e por consequência do atraso tecnológico… é tão difícil para essa gente pensar que o óbvio passa a ser um exercício hercúleo… saudações…

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