Plano Brasil/Análise:A ausência da VBCI nas Brigadas Blindadas as mantém nos “status quo” da 2ª Guerra Mundial

Autor: Capitão de Infantaria Saul Isaias da Rosa *

1. Conceito de “VBCI”  

As Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria – VBCI ( em inglês Infantry Fighting Vehicle) fazem parte das Viaturas Blindadas de Infantaria (VBI) juntamente com as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal – VBTP ( em inglês armoured personnel carrier ).

A diferença básica entre uma VBCI e uma VBTP está em sua blindagem e poder de fogo que deve ser maior que esta última. Uma VBCI deve possibilitar que seus homens combatam a maior parte do tempo embarcado e em um conflito armado de nível médio a intenso. Já uma VBTP tem por finalidade transportar tropas, feridos e equipamentos até o campo de batalha de forma segura, porém sem a capacidade de combater embarcado. Normalmente utilizada em conflitos de baixa intensidade.

É importante salientar que esta humilde explicação cabe somente aos leigos. Para militares especializados no assunto, existem muitos outros fatores para definir uma legítima Viatura Blindada de Combate de Infantaria. Dessa forma, não é consenso na literatura mundial o que eleva este nobre meio de guerra de VBTP para VBCI. Recentemente o Exército Francês escolheu o GIAT/Renault 8×8 para ser o sucessor e substituto da VBCI AMX-10P.

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Segundo a DefensesNews (2012), o Exército Norte-americano está em fase de testes do GCV 8×8 para substituir futuramente a VBCI A3 Bradley. Entretanto, já esta provada a eficácia e eficiência do próprio Bradley como VBCI por atuar com o poderoso M1 Abrams durante a invasão de Bagdá. Junta-se a ele a VBCI Marder que avança no campo de batalha lado a lado com os Leopard 2 A6 no Afeganistão com total sucesso (BASTOS, 2009).

O M-2/3 Bradley é protegido por uma blindagem de alumínio capaz de resistir a impactos de projéteis perfurantes de blindagem em calibre 14,5 mm perfurantes de blindagem (armor piercing). Versões mais recentes deste veículo, como a M-2A3 possui uma blindagem melhorada com a instalação de placas de blindagem passiva de titânio ou de blindagens reativa ERA, para poder resistir a impactos de projéteis de 30 mm, foguetes RPG e mísseis ATGW (antitanque).

A despeito da utilização de uma VBCI sobre rodas ou lagartas, Souza Junior (2011), conclui que a utilização de uma viatura Blindada sobre lagartas se faz necessário no mesmo nível que também devam existir tropas blindadas sobre rodas. Todavia, se sobre SL (Sobre lagartas) ou SR (sobre rodas) cada viatura é destinada para uma intensidade de combate, sendo os embates mais intensos realizados pelas tropas dotadas de meios SL, onde se encaixam as Brigadas Blindadas do Exército Brasileiro que necessitam de VBCI para cumprir as missões mais severas as quais lhe competem.

2. O combate moderno e o necessário emprego da VBCI nas Tropas Blindadas Brasileiras

Segundo Lind (2005), a guerra da era moderna está dividida em 4 gerações. A 1 ? geração foi do combate em formações rígidas em linha e coluna presente no período entre 1648 até 1860. A 2 ? geração surgiu na França com o invento das armas de retro carga e metralhadoras. Foi com Hitler e sua “Blitzkrieg” que entramos na guerra da 3 ? geração, onde com manobras desbordantes, surpresa e rapidez nas ações atingiam o inimigo em profundidade, levando a desorganização e o terror nas linhas de suprimentos adversárias. Após o dia 11 de setembro de 2001, o Talibã de Osama Bin Laden nos colocou de frente com a guerra da 4 ? geração, caracterizada por conflitos entre Estado e grupos não estatais.

Soma-se ainda o grande salto tecnológico que vivemos a cada dia, com novas armas sendo produzidas em escalas meteóricas. A “Internet” colocou a opinião pública como um dos principais itens no planejamento de um líder militar. A indefinição constante de quem é o inimigo e o preenchimento dos vazios demográficos com cidades tornou uma simples Guerra Linear com algumas medidas de controle em uma missão extremamente árdua e complexa.

Nesse contexto, um carro de combate não atua isoladamente. No mínimo em seção, apoiando um ao outro nas manobras e demonstrando maior força perante o inimigo. Mas os CC (Carros de Combate) por mais que atuem com até 4 CC,pelotão, ainda necessitam de outra força para garantir sua segurança, entrar onde eles não entram e por fim conquistar e manter o terreno: O Pelotão de Infantaria Blindado.

Os dois pelotões trabalham em FT (Forças Tarefas) em um ambiente com reduzidos setores de tiro, necessidade de visual em 360 ?, defendendo-se de múltiplos ataques de diferentes calibres, engajando vários alvos ao mesmo tempo, coordenando suas peças de manobra no espaço e tempo para evitar o fratricídio, sem diminuir a impulsão, em operações continuadas de dia e a noite, com ou sem chuva.

Para que possa combater com alta letalidade e sobrevivência nesse ambiente complexo, os exércitos que desejam lograr êxito devem utilizar CCs e VBCIs de última geração.

Como CC mais avançado temos unidades dos Leopard 1 A5, que foram considerados no Simpósio de Blindados promovido pelo Instituto Militar de Engenharia em 1996, CCs de 2 ? geração do pós 2 ? GM,anos 70. Atualmente já existem vários CCs de 4 ? geração aptos para os conflitos atuais no mundo todo. E as VBCIs para acompanhar os ultrapassados Leopard 1 A5?

Souza Junior (2011) relembra que o Exército Brasileiro utiliza desde 1980 as suas VBTP M-113 B, como se VBCI fossem em suas Brigadas Blindadas. Na maioria dos países, até mesmo nos menos desenvolvidos que o Brasil, esta VBTP é orgânica das Brigadas Mecanizadas. Como esta VBTP é do século passado (1960), e atuamos em FT, logo nossa Força Blindada fica estacionada há poucos anos à frente da 2 ? Guerra Mundial.

O Brasil é um dos maiores operadores do M-113. recentemente se iniciou um programa de modernização deste veículo que o manterá em serviço por muitos anos ainda.

Para tentar diminuir a defasagem, as VBTP M-113 B estão passando por um processo de Modernização e Revitalização, porém apenas lhes dará uma sobrevida e maior potência para acompanhar os CCs. Mas continuará sendo uma VBTP e nenhuma blindagem a mais.

É imprescindível voltarmos aos anos 80, onde o Brasil tinha uma indústria Bélica promissora com dois projetos de 3 ? geração já naqueles tempos: Como CC o EE-T1 OSÓRIO e como VBCI o CHARRUA.

Alguns “estudiosos” afirmam categoricamente que, nos dias atuais, com várias missões no painel nacional enfatizando as operações de Garantia da Lei e da Ordem não se faz necessário à utilização de uma VBCI na tropa blindada, pois é um meio muito dispendioso, pesado e não tem mobilidade estratégica. Os Blindados mais leves, sobre rodas e que podem ser transportados por aeronave seriam a melhor solução.

Para chegarmos a um denominador comum pode-se relembrar alguns fatos históricos:
Foi na Batalha do Yom Kippour, 1973, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) que mesmo com menor número, venceram a Coligação Árabe com 5 Brigadas Blindadas,1400 CC, contra 2 Brigadas Blindadas,150 CC.

A diferença foi que a FDI atuou empregando pela primeira vez na história em toda sua frente o combinado CC-Fuzileiro Blindado. Utilização não só de CC, mas com tropa de Infantaria em Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria foi o a lição aprendida deste histórico embate, ensinamento este lecionado atualmente nas escolas de militares.

Israel, outro grande operador do M-113, usou sua criativa industria de defesa e desenvolveu um kit de proteção composto por uma blindagem reativa ERA para evitar que granadas propulsadas por foguetes RPG possam destruir seus M-113.

Indo de encontro ao que pensam todos os especialistas militares, durante a tomada de Bagdá, 2003, o exército estadunidense fez o improvável. Tomou a capital iraquiana com sua força blindada, local mais propício para o emprego de tropas leves a pé. Os CC Abrams juntamente com as VBCI Bradley eram muito superiores aos blindados e armas anticarro iraquianos. Graças à superioridade das VBCI Bradley o combate se deu na maior parte do tempo embarcado, levando a um ataque rápido e esmagador por todas as frentes (SOUZA JÚNIOR, 2010).

Zucchino (2004), explica a utilização de CC e VBCI SL durante o conflito em Bagdá. Fora ensinamento colhido durante a vexaminosa ação das tropas leves na Somália, onde Rangers e Delta Forces foram cercados e quase dizimados por somalis. O combate era considerado de nível baixo, mas somente com a penetração de uma coluna de Blindados CC e VBCI foi possível dominar a situação e evacuar com segurança a desprotegida tropa leve.

O Patria AMV é um dos mais modernos veículos modulares do mundo atualmente. Sua capacidade de proteção, mobilidade e flexibilidade de emprego são admiráveis. Os Emirados Árabes Unidos utilizam o AMV configurado como veículo de combate de Infantaria (infantry fighting vehicle ). O mesmo e equipado com um modulo de combate BAKHCHA (mesma torre do IFV BMP-3) equipado com um canhão 2A70 de 100 mm, um canhão 2A72 de 30 mm e uma metralhadora PKT / PKTM calibre 7,62 mm.

Já em Grozny no ano 1994, os Russos foram barrados pelos guerrilheiros Chechenos por desprezar o apoio mútuo com uma Infantaria Blindada a altura de seus CC. O grande emprego de Viaturas BRDM e BTR,sobre rodas e fraca blindagem) como se VBCI fosse tornou a coluna blindada baseada nos pesados T-72 de fácil aniquilação.

O BMP-3 é um veículo de combate de infantaria ágil, anfíbio e de boa autonomia que pode levar 3 tripulantes e até 7 tropas. Sua proteção no arco frontal e contra munições 30 mm e nos restante do veiculo sua proteção e contra calibre 14,5 mm . Atualmente a Venezuela e o único operador do BMP-3 na America do Sul

Os CC avançavam sozinhos, pois os BRDM além de não passar os escombros ou valas por serem sobre rodas eram facilmente destruídos pelos RPG-7. Sem apoio da infantaria, pois os soldados a pé estavam mortos, os T-72 eram presas fáceis para os infantes chechenos que conheciam muito bem o terreno e possuíam muitos RPGs (CASSIDY, 2003).

Atualmente o Exercito Chileno opera o Marder 1A3 que possui excelente proteção e mobilidade.

No Brasil, em novembro de 2010, foi marcada na história dos blindados brasileiros como o primeiro emprego efetivo durante uma invasão de uma favela. Em outros anos, como a ECO 92 sua utilização ocorreu, porém apenas como medida dissuasória em operações preventivas e em grandes vias de acesso. Na invasão do Morro do Alemão, operação que estava sobre o controle operacional do Comando Militar do Leste, as seguintes VBTPs foram utilizadas: URUTU do Exército Brasileiro; PIRANHA, M-113 e CLANF da Marinha do Brasil.

Carro sobre Lagarta Anfíbio (CLAnf) durante a operação no Complexo do Alemão.

O conflito foi de baixa intensidade, porém as VBTP URUTU e PIRANHA pararam logo nos primeiros quarteirões devido aos obstáculos de concreto e trilhos de trem colocados pelos traficantes, pois estas VBTPs são sobre rodas. Somente as VBTP M-113 e os CLANF prosseguiram conquistando terreno, destruindo todos os obstáculos, pois possuem seus trens de rolamento sobre lagartas. Cabe salientar, o efeito dissuasório que causou sobre as forças adversas e a confiança gerada nas tropas do Estado para a conquista indiscutível da favela do Alemão.

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A decisão de empregar VBTP sobre lagartas em ruelas no Rio de Janeiro fora acertada. Correta pelo fato dos traficantes não utilizarem armas AC, anticarro, caso eles fizessem a utilização dessa tecnologia, ocorreria um número de baixas maior durante a operação. Se esse fato ocorresse, talvez dessem importância em ter um blindado com poder de fogo maior, blindagem pesada e capacidade de levar infantes mais próximos do inimigo: uma VBCI.

3. Solução do problema

A solução deste embate é adquirir VBCI novas. Porém, deve-se tocar em dois pontos para não se incorrer em erros já cometidos. O que se quer nessa VBCI, suas capacidades, e quem a construirá.

Na primeira ideia, Sousa Júnior (2011) corrobora com Quirino (2009), que devem ser adquiridos equipamentos de última geração (4 ? do Pós Guerra), ou um nível superior. A aquisição dos Leopard 1A5 já serviu de ensinamento de como deve ser a estrutura logística dos blindados modernos.

O Puma com as placas modulares de blindagem extra. essa configuração torna o Puma, o veículo de combate de infantária mais bem protegido do mundo.

Dentro do cenário bélico atual Sousa Júnior (2011), lista as características que uma VBCI deve possuir para ter a maior letalidade e sobrevivência no campo de batalha:

– Trens de rolamento sobre lagartas;

– Possuir GCB (Gerenciamento do campo de Batalha);

– Detecção automática de alvos;
– Controle de tiro computadorizado e a longa distância;
– Sistema de estabilização de torre;
– Blindagem modular (suporte no mínimo Can .30), podendo receber blindagem reativa (ERA);
– Munições especiais anticarro e contra tropas;
– Excelente relação potência peso;
– Sistema de visibilidade total em 360 ? quando embarcado;
– Sistema de Defesa Química Biológica e Nuclear;
– Sistema de Defesa Ativo (DAS);
– Sistema detector de projetil e rastreador (DPCue);
– Sistema de visão Noturna;
– Sistema de comunicação móvel, capaz de ter wireless entre o carro e os infantes desembarcados;
– Possibilitar a videoconferência entre os comandantes de fração;
– Sistema anti-fraticídio (IFF);
– Poder de fogo com Can .30 e mtr Coaxial.
– Capacidade de Carga de 9 homens fora a guarnição, devido à constituição da atual estrutura organizacional dos pelotões de fuzileiros blindados;

O segundo item a ser analisado é sobre sua construção. Como já foi visto nesse trabalho, o Brasil já possuiu estruturas bélicas para construção de blindados. Muitos especulam que não temos capacidade e nem condições para criarmos esse tipo de VBCI. Porém, outros, embasados em nossas conquistas nos anos 80 e embalados pelo patriotismo ferrenho, têm confiança plena de que o Brasil reúne condições para tal feito. De opinião em opinião, “achismos” por “achismos”o certo é que não podemos ficar a mercê da tecnologia de nossos possíveis inimigos em um futuro próximo.

*Instrutor do Centro de Instrução de Blindados – General Walter Pires
Santa Maria – RS, Brasil.

Edição Plano Brasil

13 Comentários

  1. Arena Pantanal…………..R$583 milhões
    Arena das Dunas………..R$400 milhões
    Arena Amazônia…………R$660 milhões
    Beira-Rio…………………….R$330 milhões
    Castelão……………………..R$518 milhões
    Fonte Nova…………………R$684 milhões
    Arena da Baixada………R$391 milhões
    Arena Pernambuco…….R$532 milhões
    Maracanã…………………..R$1,050 bilhão
    Mineirão…………………….R$695 milhões
    Arena Corinthians……..R$1,080 bilhão
    Mané Garrincha………..R$1,7 bilhão
    Olimpíadas………………Mais de R$ 39 Bilhões

    Pense Nisso….

    • É a conta da irresponsabilidade da OrCrim vermelha que estamos pagando agora. Por essas e outras que o Presidente João Batistas, no idos de 80, se negou a bancar tamanho desfalque no erário público ao invés de investir em real benefício do país. Mas os cumpanheiros das empreiteiras não querem nem saber; o negócio é LUCRAR (desviar) A QUALQUER CUSTO.

  2. ”O Brasil não precisa de Marinha nem de Exército , basta uma guarda costeira e uma guarda nacional“

    FHC

  3. O foda é criar um projeto nacional e perdendo pra um estrangeiro. Ainda lembro do veículo blindado que a Imbrafiltro tinha criado pra transporte rápido: Gladiator 2.
    Tudo certinho, projetado e feito por nós e aí…venceram os franceses. Aí é foda…..

  4. Texto muito bom!

    O Brasil perdeu a oportunidade de trazer o Marder quando negociou os Leopards com a Alemanha.

    Ainda penso que poderíamos desenvolver um tanque médio na faixa das 40t e sob a mesma plataforma, derivar um VBCI.

    • Esqueceste dois projetos ,um pronto a anos o Charrua ,e o outro que não sai de forma alguma a versão 8X8 do Iveco /EB ,estes seriam armados com canhões 120mm e automáticos de alta cadência ,não é necessário nada de fora !
      Observação : no Iveco/EB não postei Guarani por achar um nome ridículo !

    • Bardini,

      Seria o ideal… E não faltam precedentes…

      O ‘Merkava’, por exemplo, com sua motorização a frente, permite espaço de sobra atrás para o compartimento dos infantes. Tanto que gerou o ‘Namer’.

      Um caso interessante e relativamente bem sucedido é a adaptação que os mesmos israelenses fizeram dos T-54/55, convertendo-os no ‘Achzarit’.

      Até se poderia pensar no caminho inverso, a exemplo do TAM argentino. No caso do Brasil, até acredito que seria mais lógico, visto não haver de fato um IFV, o que trás maior motivação no desenvolvimento.

  5. É impressão minha ou o Guarani parece um flandre em sua parte de cima. Olhando o pessoal embarcado e os acessos superiores, achei a blindagem fina demais a ser exposta em demasia até por RPGs mais simples.
    Corrijam-me os especialistas, por favor.

  6. A Tomada do Alemão foi um exemplo a falta que um carro sobre lagartas faz. Se o EB e a MB dispusesse só de veículos sobre rodas, não iria haver progressão dos blindados. A Alemanha possui mais de 2000 VBCi Marder’s , que estào dando baixa para entrada do Puma. Recentemente doou 50 veículos para a Jordânia, o Chile adquiriu uns 200 Marder 1A3, e o restante estào sendo retirados de serviço. O EB precisa de um VBCi sobre lagartas com mais poder de fogo ante o Guarani, que é um carro de transporte de tropa, para acompanhar os Leopard 1A5 em caso de combate. Poderiam ter trazidos alguns Marders junto com os Leo 1A5 para ir pegando doutrina, até surgir e ter condições de adquirir um modelo mais novo.

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