Iveco Guarani faz sua estréia nas Forças Armadas do Líbano.

Anderson Barros exclusivo para o Plano Brasil

No inicio do ano de 2017, a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média de Rodas Guarani desenvolvida em conjunto com o Exército Brasileiro e a Iveco fez sua estreia no Líbano.

Em 2014, foi noticiado que a Iveco (Iveco Defence Vehicles ) havia  fechado a primeira exportação confirmada de 10 unidades do VBTP Guarani  para o Líbano. O valor do contrato foi 30 Milhões de Euros, que incluía além das 10 unidades do VBTP-MR Guarani, 25 veículos leve multifuncional (LMV, sigla em inglês), Lince. 5 unidades dos veículos de proteção média (MPV, também em inglês), usados para o transporte de tropas, também fazem parte da encomenda. Soma-se ainda outros 40 veículos fornecidos para a polícia libanesa.  A expectativa de entrega era entre 2016 e 2017.

Com isso a linha de montagem do Guarani, em Sete Lagoas/MG, foi ocupada com a construção das viaturas para exportação junto com as viaturas encomendadas pelo Exército Brasileiro.

Localizado em região conflituosa, o Líbano faz fronteira com a Síria e com Israel. O país tem recebido armamento financiado por outros países para contribuir no fortalecimento militar. Apoiador do regime sírio de Bashar al-Assad, o reforço militar visa ajudar tropas libanesas a impedir qualquer ofensiva do Estado Islâmico e o braço da Al-Qaeda na Síria, Frente Al-Nusra.

A  Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média de Rodas Guarani entrou em operação nas Formas armadas do Líbano no início desse ano no qual recebeu as 10 unidades encomendadas a Iveco e fabricadas no Brasil. Segundo informações os blindados foram transportados para a Itália para depois enviado ao Líbano.

No Líbano o VBTP-MR Guarani está operando nas Forças de segurança Interna ( Internal Security Forces) na unidade de elite Panthers (Al Fouhoud). A unidade Panthers e uma Brigada de elite das Forças de Segurança Interna libanesa. Os veiculos VBTP-MR Guarani que operam nessa unidade receberam uma pintura de cor azul-marinho.

Outro operador e o Exército Libas (Lebanese Army ) que opera o VBTP-MR Guarani nas suas unidades blindadas. No exército o Guarani utiliza uma pintura dor de areia padrão do Exército libanês.

Segundo informações o Exército Libanês estuda a aquisição de mais unidades do VBTP-MR Guarani para compor mais uma unidade blindada.

A produção do VBTP-MR Guarani favorece mais de 100 empresas nacionais e sua exportação representa o pagamento de royalties para o Exército Brasileiro, já que o Guarani é fruto das especificações da força e, portanto, essa possui a propriedade intelectual do projeto.

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Imagens gentilmente cedidas  para o Plano Brasil por Joe Bejjany e Samer Kassis

17 Comentários

  1. Otima noticia, que venha o batismo de fogo. Vi o Guarani azul na fabrica da CNH pena que no dia não consegui tirar uma foto, ate pensei que era para China.

  2. Apenas 10 veículos, que foram divididos entre polícia e exército… Me parece antes um lote de avaliação…
    Noto, também, que foram exportados sem torreta, seja a Platt, ou Remax…

  3. Espero que nenhum destes Guaranis cruze com um carro bomba…

    Como este, que aparece em uma filmagem feita por um drone do EI, onde um carro bomba suicida, faz um jogo de gato e rato insano, com um humvee do exército iraquiano nos arredores de Mosul:

    https://twitter.com/i/videos/tweet/840292135312191488?

    O terrorista suicida afinal foi pra o inferno sozinho, seu carro explodiu prematuramente ao bater numa vala.
    Más a explosão…Nem mesmo um MBT aguentaria o impacto direto! Quanto mais um Guarani…

  4. Legal saber da concretização desta primeira exportação.
    Não acho que a versão 6×6 seja lá grande coisa, mas é inegável que é um avanço sobre o que tínhamos, entretanto ainda espero pelo surgimento de uma versão 8×8.
    Parabéns ao EB e IVECO pela primeira exportação do Guarani se tornar realidade.

  5. Inicialmente parabéns ao nosso Exército Brasileiro e a IVECO!

    Quanto ao Guarani espero sinceramente que seja uma grata surpresa sua operacionalidade em um TO realmente quente. Ainda que a viatura tenha sido projetada pensando em nossas necessidades domésticas, nunca devemos subestimar o futuro e ainda mais lembrando que qualquer produto de defesa deve pensar também em exportações ( sendo ele 6×6 sai em desvantagem técnica frente a alguns modelos)

    Como já mencionado aqui por outro colega forista, acredito tratar-se de um lote piloto, melhor seria se o EB também com o intuito de promover nossa industrial, realizasse a doação de duas torres REMAX (talvez não seria possível pois a ARES é associada a AEL Sistemas israelense…)

    CM

  6. Neste vídeo postado na matéria, notei que em todas as travessias de água, todos os Guaranis estão um pouco adernados para o seu lado direito, que fica mais afundado dentro d’água.

    Este desequilíbrio aparece diversas vezes, mesmo em momentos que os três tripulantes estão posicionados mais pra o lado esquerdo do blindado. E é bem notado aos 5:20 – olhando pra os espelhos retrovisores laterais, nota-se que o da lado direito está dentro d’água e o do lado direito está completamente fora.

    Pode ser algo relacionado distribuição de peso do blindado, não sei…
    Me pergunto se isto poderia ser um problema em águas mais agitadas.

  7. O Líbano adotou esse ridículo e ultrapassado para brisas balístico em frente a janela do motorista?
    Achei que só o EB utilizava essa aberração, pois todos os projetos internacionais que vi nenhum tinha esse resquício da segunda grande guerra.
    Isso para não falar dos faróis e sirene externos a carroceria do veículo, diferente de modelos estrangeiros; onde os faróis e sirenes estão embutidos na carroceria do veículo.
    O dificultando seu aceto por projeteis e ou estilhaços, o que ocasionaria quebra dos mesmos.
    Além de uma “proteção” para as hélices, como acontece no Piranha-III da Mowag por exemplo.
    Espero que essas falhas sejam sanadas no projeto Orion ( Guarani 8×8)!

    • Me corrija se eu estiver enganado, mas esse veículo me parece ter sido projetado mais para situações de insurgencia do que para guerra convencional, como um veículo de reconhecimento mais robusto. Dai, talvez essa despreocupação com os detalhes que vc citou.

  8. – A situação do Líbano é igual a do presenteado.
    Mesma situação daquele ganha um cavalo, um burro, mas não se olha o pelo.
    Tá tudo bom. E venha de quem vier.
    Tanto é verdade que até bem pouco o Líbano tinha 2 Exércitos. O do Sul armado por Israel que fornecia os Blindados, armas e munições parfa manter o Herzbolha loge de suas fronteiras.

  9. Bem provável Zé Ninguém; isso explicaria a ridícula blindagem do Guarani.
    Pois a mesma só resiste a calibres 7.62 mm perfurante;mesmo havendo tecnologias nacionais em blindagem cerâmica que resiste a disparos de .50 (Projeto Marimba).
    Esse projeto do IME, se não me engano está pronto e já foi utilizado na blindagem dos helicópteros Esquilos e Super Tucanos.
    O IME licenciou essa tecnologia a uma empresa nacional.
    Ou seja ,compramos um projeto de blindado ultrapassado (pois o guarani 6×6 deriva de um veículo Italiano);entregamos sua fabricação a uma empresa estrangeira .
    Mesmo havendo no Brasil tecnologia e capacidade para projetar,fabricar e produzir algo semelhante ou até melhor.

  10. Para quem ja teve excelente industria militar principalmente blindados ver um produto que não oferece interesse em potenciais compradores de larga escala,entristece.
    Quando o lançaram euum leigodisse : “Quando pegar a primeira auto-estrada na primeira curva capotara” e não deu outra capotou mesmo.
    Qualquer um sabe que largura e altura devem ser compativeis isso é fisica.

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