Juan Manuel Santos descreveu o título como um “presente do céu”
OSLO – O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebeu oficialmente neste sábado o Prêmio Nobel da Paz em uma cerimônia em Oslo, na Noruega. No evento que começou pela manhã e se estende ao longo da tarde também serão honrados os vencedores deste ano em Economia, Física, Química, Medicina e Literatura.
Santos dedicou o título às vítimas do conflito em seu país, assim como às Forças Armadas e aos negociadores do governo e os das guerrilhas das Farc. Em seu discurso, ele também agradeceu ao apoio da comunidade internacional, em particular da Noruega, Cuba, Chile, Venezuela, Estados Unidos e União Europeia, para acabar com um conflito de mais de meio século.
– O povo da Colômbia, com o apoio de amigos em todo o planeta, está tornando possível o impossível – afirmou o presidente. – A guerra que causou tanto sofrimento e angústia a nossa população por todo nosso belo país acabou.
Fortemente aplaudido, o presidente colombiano afirmou que o acordo com as Farc é um modelo para países em guerra, como a Síria. Ele recordou a frustração que representou a vitória do “não” no referendo convocado para legitimar o acordo de paz assinado com a guerrilha das Farc. Este fato recordou a ele, disse, uma passagem do livro “Cem Anos de Solidão”, do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, seu compatriota.
– Nós colombianos nos sentimos como habitantes de Macondo: um lugar não apenas mágico, como também contraditório.Eu me propus converter este revés em uma oportunidade – disse, reafirmando que a concessão do Nobel da Paz foi “um presente dos céus”. -Em um momento em que nosso barco parecia ir à deriva, o Prêmio Nobel foi o vento de popa que nos impulsionou para chegar a nosso destino: o porto da paz!.E conseguimos. Chegamos ao porto!
Santos também convocou esforços para um combate mundial contra as drogas e lançou uma pergunta ao público presente:
– Se conseguimos aqui, por que não se podemos conseguir no resto do mundo?
O anúncio do Nobel da paz 2016 a Santos foi feito no dia 8 de outubro, apesar da inesperada rejeição, cinco dias antes em um plebiscito, a um acordo fechado em 26 de setembro em Cartagena entre o governo e a guerrilha das Farc.
Dentro e fora da Colômbia, o prêmio foi visto como um aval ao processo de paz, apesar do revés eleitoral.
Depois da cerimônia deste sábado, Santos se reunirá com o ex-secretário de Estado americano, Henry Kissinger, Prêmio Nobel da Paz 1973 e com o ex-conselheiro do presidente Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski, premiado em 2002.
No domingo, depois de vários encontros políticos em Oslo, Santos oferecerá uma coletiva de imprensa e assistirá um show em sua homenagem do colombiano Juanes e do britânico Sting.
Fonte: O Globo
Recebendo um Nobel por trair seu povo. Cadafalso aos guerrilheiros das farcs.
Depois do Premio Nobel para Obama, este título ficou bastante desmoralizado.
Porém, ao contrario do presidente estadunidense…Juan Manuel Santos merece a premiação.
Concordo Alvez, pelo menos esta ponto fim da mortandade.
Realmente, mortandade de um lado só. MORTANDADE DO POVO COLOMBIANO INOCENTE que caiu nas mãos dos narcoguerrilheiros das farc que agora serão perdoados como o zé dirceu foi pela cumpanheira. IMORALIDADE. O mal do nosso tempo.