Sukhoi Su-47 Berkut

O primeiro voo do Berkut foi em setembro de 1997, ainda com a designação S-37, algumas de suas características foram herdadas do SU-27 e o primeiro estágio dos testes de voo, foi concluido no ano de 2001. 

O Su-47, conhecido anteriormente como S-37 berkut, é um caça com sistema de controle fly-by-wire e asas FSW (Forward-Swept-Wing), ou, asa com enflechamento negativo, sendo facilmente reconhecido por esta característica.

Asas FSW, significa que são asas “enflechadas” no sentido contrário ao usual, ou seja, para frente.

Este conceito de asa já é estudado há muitos anos pelos projetistas de caças, mas somente nos anos recentes, com o emprego da computação na correção dinâmica do voo, é que pode ser utilizado de forma realmente prática.

As asas neste sentido, proporcionam grande manobrabilidade mesmo em baixas velocidades, próximas ao do “stall” (estol).

Todavia, sem uma correção assistida, ela se torna perigosamente instável sob certas condições. O uso de materiais compostos para a diminuição da esteira de turbulência gerada pela asa foi outro avanço que possibilitou a construção do SU-47.

Ao se comparar um par de asas invertidas como as do SU-47 contra um par de asas comuns, de mesma área, encontram-se algumas vantagens:

— Maior sustentação, maior alcance sub-sônico, maior capacidade de manobra, maior resistência ao “spinning”, menor velocidade para o “stall”, estabilidade maior em ângulos maiores de ataque e menor espaço de pista requerido tanto para decolagem quanto para o pouso.

Asas neste sentido, conferem ao Berkut, extrema capacidade de manobra em velocidades subsônicas, podendo mudar rapidamente o ângulo de ataque e a linha de seu voo.

Esta capacidade é essencial para a superioridade aérea, pois abre mais possibilidades no lançamento de mísseis, bombas e disparo do canhão.

Contudo, é importante ressaltar que,  esse tipo de avião ainda é apenas experimental, pois esse tipo de asa proporciona uma grande e perigosa instabilidade em altas velocidades.

 

Edição: konner@planobrazil.com

2 Comentários

  1. Na minha opinião, um dos avião mais bonitos, mesmo que conceitual, e seria muito interessante ver pelo menos um esquadrão dele, mas…como ocorre a desvantagem nas questões supersônicas, é compreensível não ter vingado.

  2. Maquina “fantástica”!!! Porém o maior problema deste tipo de asas é a fadiga estrutural, no vídeo é possível observar o quanto elas “envergam” durante as manobras com altas cargas de Gs …

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