ESPAÇO: O primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do Brasil está pronto e deve ser lançado em março de 2017

O equipamento foi apresentado a uma comitiva do governo brasileiro em Cannes, no sul da França, onde fica a sede da Thales Alenia Space (TAS), empresa fornecedora do satélite. Crédito: Ministério da Defesa
O equipamento foi apresentado a uma comitiva do governo brasileiro em Cannes, no sul da França, onde fica a sede da Thales Alenia Space (TAS), empresa fornecedora do satélite.
Crédito: Ministério da Defesa

Delegação brasileira esteve na França para vistoriar o equipamento. Segundo o secretário-executivo do MCTIC, satélite tem grande importância para a expansão da banda larga e a segurança das comunicações do Brasil.

O primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do Brasil está pronto e deverá ser lançado no dia 21 de março de 2017. O equipamento foi apresentado a uma comitiva do governo brasileiro na quinta-feira (1º), em Cannes, no sul da França, onde fica a sede da Thales Alenia Space (TAS), empresa fornecedora do satélite. O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Elton Zacarias, que integra a comitiva junto com o presidente da Telebras, Antonio Loss e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, destacou a importância do satélite para levar banda larga às áreas remotas do país e também para as comunicações de defesa do Brasil. O projeto é uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, com investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões.

Nos próximos dias, o satélite começará a ser embalado para o transporte até a base de Kourou, na Guiana Francesa. A previsão é que o equipamento seja colocado em órbita a bordo do foguete Ariane-5, em março do próximo ano. O satélite, de 5,8 toneladas e 5 metros de altura, ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o Oceano Atlântico.

Segurança

Segundo o secretário Elton Zacarias, a visita à empresa Thales Alenia Space incluiu uma apresentação sobre o satélite geoestacionário e a participação de técnicos brasileiros na troca de experiências tecnológicas. O grupo, explicou Zacarias, teve a oportunidade de conhecer as instalações e o potencial da empresa responsável pela construção do equipamento. “Ver toda a estrutura envolvida dá mais segurança para que o satélite consiga atender às expectativas do governo, que fez um alto investimento”, disse o secretário.

O Satélite Geoestácionário de Defesa e Comunicações Estratégicas começou a ser construído em janeiro de 2014. A montagem do equipamento ficou a cargo da empresa francesa sob contrato com a Visiona, uma joint venture formada pela Telebras – estatal federal do setor de telecomunicações – e a Embraer – empresa privada dos setores aeroespacial e de defesa. O projeto prevê a transferência de tecnologia e a capacitação de técnicos de diversos órgãos do governo brasileiro.

Nos últimos meses, o satélite passou pela fase final de testes na França. Foi testado o sistema de telecomunicações e de telecomando, que simula as condições de transmissão das antenas. Os profissionais que vão operar o artefato estão na última fase de treinamentos. Foram mais de dois anos de preparação. A partir de janeiro de 2017, cerca de 60 profissionais, militares das Forças Armadas e funcionários da Telebras usarão simuladores para testar a operação do satélite.

O equipamento vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka, que representa 70%, será usada para ampliar a oferta de banda larga pela Telebras. A vida útil do SGDC está estimada em 18 anos.

Fonte: MCTIC

3 Comentários

  1. Vistoria por parte dos Brasileiros é só superficial ,pq ele pode ser um cavalo de troia,ainda mais levando em conta q os franceses fizeram com os argentinos ,venderam os misses exocet e na guerra passaram os código de rastreamento desses misseis aos ingleses ,nada me convence q esse satélite possa ter um aparato espião copiando e enviando tudo q nossas forças armadas fazem ,apesar que nossas forças armadas não estão em condição de fazer nada ,nem precisariam disso ,mas em via da duvidas .

  2. Concordo com o Wandfig porém é o preço que temos que pagar por negligenciar por tantos anos a área de Ciencia e Tecnologia deste país. Temos brasileiros capacitados trabalhando na NASA no laboratório de propulsão e em outros centros de pesquisa de excelência ao redor do planeta.O governo deve ser o maior incentivador do desenvolvimento tecnológico e incentivador do estabelecimento de industrias no setor no país. Infelizmente assistimos nas últimas décadas a desindustrialização do país e um esforço inóquo de alguns setores do governo , no intuito de ainda manter parcos recursos para alguns projetos considerados estratégicos. Hoje nós conhecemos consequencias de tudo isso quando vamos lavar nosso carro em algum posto de combústivel.

Comentários não permitidos.