Um novo torpedo de alta velocidade, chamado Khischnik (Predador), está sendo finalizado por projetistas da empresa de aviação Elektropribor para a Marinha russa. O equipamento irá substituir o atual Chkval (Rajada), cuja ogiva é considerada líder global em velocidade e força destrutiva.
Apesar do anúncio, feito por analistas militares em outubro, não há informações sobre as características técnicas do novo torpedo.
No entanto, o fato de uma empresa de aviação estar envolvida no projeto sugere, segundo os militares russos, que se trata de um míssil submarino cujo motor tem muito em comum com seus equivalentes aéreos.
Torpedo quebra-recorde
O projeto para desenvolver um novo torpedo capaz de carregar uma ogiva nuclear foi emitido na União Soviética, ainda durante a década de 1970.
Resultado da iniciativa, o Chkval entrou em serviço em 1977 e, apesar de sua idade avançada, ainda é recordista entre os projéteis submarinos.
Um torpedo comum atinge velocidade máxima de 140 km/h, o que permite que um navio alvejado por ele manobre e evite ser atingido. O Chkval, porém, não dá chance ao inimigo: sua velocidade é quase três vezes maior que a de um torpedo padrão.
Isso significa que um navio a ser atingido tem apenas um terço do tempo comum de manobra – em um combate, o golpe é praticamente inevitável.
O segredo da velocidade do Chkval está em seu motor, que funciona com combustível sólido. Enquanto os demais torpedos ganham velocidade com a ajuda de hélices, o russo usa supercavitação (fenômeno hidrodinâmico quando o objeto se move a grande velocidade em ambiente fluido).
Na prática, o design especial de seu motor permite alcançar um efeito físico único, pelo qual uma bolha de gás se forma em torno do torpedo em movimento, permitindo que o projétil se mova virtualmente no vácuo e diminuindo o atrito.
Herança da Guerra Fria
A exemplo de muitos outros projetos militares originados durante a Guerra Fria, o Chkval foi criado como uma resposta soviética ao desenvolvimento da defesa aérea naval norte-americana e sobreviveu ao confronto global URSS-EUA.
Na época, a aviação soviética não era páreo para a poderosa marinha americana, e os torpedos surgiram como uma tecnologia destinada a compensar essa deficiência.
Em 1992, os designers russos desenvolveram uma versão do Chkval para exportação que, mesmo sendo inferior ao original em termos de escala e velocidade, era superior a seus análogos estrangeiros.
Apesar de este torpedo estar em serviço há quase 40 anos, grande parte de suas características técnicas continuam sendo secretas, e a maioria das tentativas de replicá-lo no exterior falharam. Foi somente em 2005 que a Marinha Alemã recebeu um foguete submarino com especificações próximas às do Chkval – mas, mesmo assim, não conseguiu vencer seu equivalente russo em termos de velocidade.
ALEKSANDR VERCHÍNIN
Imagem: 1°- Meramente ilustrativa
Edição: konner@planobrazil.com
Fonte: Gazeta Russa
http://www.planobrazil.com/um-torpedo-inteligente-para-detectar-e-destruir/
http://www.planobrazil.com/shkval-o-missil-submarino-dentro-de-uma-bolha-de-gas/
Qual o sistema de orientação desse torpedo, é por cabo sonar ativo… Dizem que o sonar de um submarino vai perdendo eficiência com o aumento da velocidade.
*Que bela prova da boa engenharia Soviética/Russa, uma arma que aparentemente não teve análogos ocidentais por um bom tempo.
Sds
Falou em replica já lembrei da china, com certeza adam tentando uma versão deste super torpedo ching ling mas camaradas se obtiveram sucesso é outra coisa.
Sr MAGOGUE fazer um torpedo já não é algo trivial, fazer um com essas características de super velocidade então nem se fala. Agora a minha duvida é a efetividade do mesmo, não gosto de desmerecer cultura nenhuma e não acho que Franceses, Alemães, Suecos… deixaram de construir algo assim apenas por imperícia. Por isso a minha duvida quanto a orientação do mesmo, acredito que para ser efetivo (e não algo balístico) deva ter orientação por cabo e seu alcance seja relativamente pequeno se comparado a torpedos tradicionais. Sei que o sonar do submarino é mais efetivo quando este está se deslocando com velocidade moderada e que a grandes velocidades se torna quase que inútil, por isso IMAGINO que esse torpedo não tenha orientação própria como alguns de seus congêneres tradicionais.
Sds
Faz sentido Muttley, pois se você tenta detetar algo que se move perto da velocidade do som na água, os erros devem aumentar.
Os russos são muito bons em matemática. Resolvem equações diferenciais na unha. Desenvolveram estudos profundos em hidrodinâmica que nós no Ocidente ignoramos. A vantagem do Ocidente em computação massiva ainda deixa a desejar na hidrodinâmica.
Coreanos desenvolvendo seu torpedo de cavitação. Pela velocidade dá para ver no vídeo que é mais um míssil do que um torpedo mesmo …
https://youtu.be/PwD1nAfQsy0
Teoricamente por ser propelido por combustivel sólido capaz de carburar sem oxigênio essa classe de torpedos supercavitantes pode sim ser considerada como mísseis submarinos pois sao acionado por um foguete agora quanto a orientação assim como Muttley descreveu os sonares não funcionam bem a altas velocidades, pelo menos não os sonares ativos a não ser que os russos tenham desenvolvido um algoritmo de filtragem do sinal de retorno para o sonar ativo do torpedo que consiga distinguir uma pequena parcela do sinal de Ping em meio ao ruído da fundo amplificalo e se orientar por ele… cabo de fibra ótica acho que não funciona coml este tipo de torpedo .
Deslocando-se nessa velocidade, esse torpedo-foguete pode usar o mesmo sistema de busca de um projétil disparado por um fuzil.
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Saudações,
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konner