Líderes de França, Alemanha, Ucrânia e Rússia discutirão conflito ucraniano

“Estou muito otimista? Sim. Estou muito otimista com o futuro da Ucrânia, mas infelizmente nem tanto com a reunião de amanhã, mas ficaria muito feliz de ser surpreendido” – Poroshenko.

Os líderes de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia irão se reunir em Berlim na quarta-feira para debater o plano de paz de Minsk para pôr fim ao conflito no leste ucraniano, atualmente em um impasse, mas autoridades rapidamente minimizaram as expectativas de qualquer avanço.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, disse que a reunião terá como meta estabelecer um cronograma para eleições na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e se concentrar em um desengajamento militar ainda maior.

Mas o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, falando em Oslo, alertou para que não se tenha “expectativas muito grandes” em relação ao encontro, num momento em que o Kremlin critica a Ucrânia por não respeitar suas obrigações decorrentes do acordo de cessar-fogo de Minsk.

Os combates entre soldados ucranianos e rebeldes apoiados pela Rússia já mataram mais de 9.600 pessoas desde 2014, apesar da trégua acertada em Minsk, capital de Belarus, em fevereiro de 2015 –incidentes de troca de tiros e outros episódios de violência continuaram ao longo de uma linha de demarcação.

As conversas irão acontecer pouco mais de um ano depois de os quatro líderes terem se encontrado pela última vez no assim chamado “Formato Normandia”, e tendo como pano de fundo o aumento das tensões entre Rússia, Europa e Estados Unidos no tocante ao papel de Moscou no conflito da Síria.

Uma fonte do governo alemão disse que a primeira-ministra Angela Merkel e o presidente francês, François Hollande, também irão discutir o conflito sírio com o presidente russo, Vladimir Putin. Ayrault confirmou isso, dizendo que é preciso continuar pressionando a Rússia a respeito da Síria.

Na semana passada, Merkel afirmou que só fazia sentido coordenar uma reunião com os quatro líderes se houvesse progresso em temas de segurança e política na crise ucraniana.

Uma fonte diplomática europeia disse que as expectativas não são grandes, mas que é importante manter o diálogo aberto, especialmente levando em conta as tensões crescentes a respeito da Síria.

Michelle Martin / Andrea Shalal

Andreas Rinke – Berlim

John Irish – Paris

Stine Jacobsen – Oslo

Foto: Chanceler alemã Angela Merkel, Presidente da Rússia Vladimir Putin, Presidente francês François Hollande e o Presidente da Ucrânia Petro Poroshenko.  – Reunião em 17 de Outubro de 2014 Milão / Itália, durante o 10º encontro Ásia-Europa (ASEM).

Edição: konner@planobrazil.com

Fonte: Reuters

 

2 Comentários

  1. Engaçado… eu nunca vi um posicionamento oficial de Israel sobre esse assunto

    oq é muito curioso

    todo mundo sabe que os lideres de toda aquela esculhambação ocorrida em Kiev em 2014 era em sua esmagadora maioria nazistas declarados… Os caras carregavam fotos de Stephan Bandera e de Himler…. faziam a saudação nazista… usavam a suástica

    Eu acho curioso e até irresponsável essa omissão de Israel, já q eles foram os que mais sofreram com o nazismo…

    E uma Ucrania controlada por nazistas poderia ser muito perigoso pra todo mundo

  2. …é preciso continuar pressionando a Rússia a respeito da Síria…. engraçado, os fatos demostram que é a Russia que pressiona o resto do mundo a respeito desse assunto.

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