Goianos assinam memorando com empresa árabe para construção de indústria bélica em Anápolis

Sheikh Hamad Salem Al Almeri, da família real de Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, ao lado dos empresários e representantes do governo goiano. (Foto:SSPAP)
Sheikh Hamad Salem Al Almeri, da família real de Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, ao lado dos empresários e representantes do governo goiano. (Foto:SSPAP)

Produtos serão destinados exclusivamente às forças policiais e reforçam combate ao crime organizado. Fábrica deve gerar 1.250 empregos diretos e indiretos

A empresa goiana Delfire Industria e Comércio de Extintores, com sede no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), firmou nesta quinta-feira (06), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, acordo com a Caracal International LLC, que tem como CEO o sheikh Hamad Salem Al Almeri, para a instalação de uma planta industrial dessa empresa no estado. A unidade é voltada para a produção de armamentos e munições exclusivas para forças de segurança pública do Brasil e com atenção voltada para o mercado da América Latina.

A iniciativa tem o apoio do governo de Goiás, que foi representado na cerimônia de assinatura de memorando de entendimento entre as duas empresas pelo superintendente Executivo de Desenvolvimento Econômico (SED), Luis Maronezzi, e pelo superintendente de Ações e Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), delegado federal Emmanuel Henrique. A previsão é de que sejam gerados com a consolidação do projeto cerca de 1.250 empregos diretos e indiretos.

Inicialmente estava prevista participação do vice-governador José Eliton na assinatura do acordo, mas ele não pôde viajar aos Emirados Árabes Unidos em face do atentado que sofreu no dia 28 de setembro, em Itumbiara. De acordo com o memorando de entendimento, as duas empresas se comprometem a trabalhar no sentido de viabilizar a instalação de uma indústria da Caracal no Brasil, buscando a aprovação inicial do governo brasileiro para a fabricação de armamentos. Se comprometem, também, a construir um plano de viabilidade para o empreendimento. As partes irão, ainda, elaborar um projeto para o início das atividades da indústria, primeiramente para montagem de peças e avançando para a fabricação de armas.

Para o empresário Augusto de Jesus Delgado Júnior, a assinatura do memorando de intenções com a Caracal, indústria bélica de ponta, que emprega alta tecnologia na fabricação de armas, representa uma quebra de paradigmas, por ser a primeira indústria bélica a ser instalada no país. Segundo ele, assim como o governador Marconi Perillo, iniciou em 2004 as negociações para a instalação da indústria automotiva no estado, este é um segundo passo na quebra de paradigmas. Conforme acentua, a Caracal Brasil foi planejada para entrar em funcionamento em aproximadamente 12 meses, a partir deste acordo.

Unidade em Anápolis

Os estudos preliminares para a instalação de uma planta da Caracal no estado de Goiás adiantam que a unidade deve ser sediada no município de Anápolis, onde se localiza a maior plataforma logística e de infraestrutura voltada ao transporte e exportação da região Centro-Oeste do país. “Viemos aqui exatamente discutir detalhes desse empreendimento, se inicialmente importaríamos os produtos acabados ou se já faríamos a importação em sistema CKD (Complete Knock-Down) para montarmos as armas no Brasil”, destaca Augusto Delgado.

A partir desse compromisso, serão providenciados os documentos, contratos e licenças para regulamentar o acordo nos próximos meses, com a vinda dos dirigentes da Caracal a Goiás. Para o empresário Paulo Humberto, a vinda da maior fabricante de armas de calibres especiais dos Emirados Árabes para o Brasil, particularmente para Goiás, representa uma inovação para o estado. A planta, segundo o empresário, é a que detém a maior tecnologia para armas de ponta em todo o mundo.

Atualmente, a Caracal tem como chefe de Operações o engenheiro mundial de armas, Robert Rich, que desenvolveu produtos bélicos para as alemãs Heckler & Koch GmbH (H & K) e SIG Sauer GmbH & Co.KG, entre outras. “Ele é um gênio do desenvolvimento de armamentos e não há hoje nenhuma tecnologia, sustentabilidade e resistência igual à oferecida pela Caracal”, afirma Paulo Humberto. A indústria produz uma linha de armas especiais que inclui fuzis, snipers, pistolas, metralhadoras semiautomáticas, carabinas automáticas, entre outros. Produz também munição e acessórios para armas.

Fonte: Mais Goias 

14 Comentários

  1. P.a.r.a.b.e.n.s…..

    Varios e Diversificados Fornecedores.fazem muito bem ao Consumidor.

    O Povo do Goias Merece muito.

    • O pessoal da segurança pública agradece. Falta só a Glock para termos opção e não ficarmos reféns de somente um fornecedor. Mas depende dos Generais do EB liberarem a importação. Tá difícil.

      • senhores com este atual governo fantoche a serviço/teleguiados da concorrência da Taurus…esta empresa nacional consolidada NO MUNDO corre gravíssimo perigo de vida….com toda certeza ações deste governo golpista devem estar sendo tramadas/preparadas para sabota-la e derruba-la ….brevemente estaremos vendo incursões contra a Taurus como vemos hoje contra outras empresas estratégicas nacionais deste pais como a Petrobras….A Taurus Armas e Acessórios é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo…

      • Meu amigo, as fabricantes de armas americanas não ficam chorando para que o governo dos EUA impeça a Taurus de ser uma bem sucedida exportadora de armas BRASILEIRA para o mercado americado. A livre concorrência é regra em todo o mundo. Se o resto do mundo pensasse como vc, os americanos até hoje não saberiam o que é dirigir um Honda ou um Toyota. Graças ao Collor que acabou com a reserva de mercado das 04 grandes montadoras de então é que nós hoje podemos nos dar ao luxo de produzir automóveis de várias marcas e se tornar o MAIOR mercado produtivo de automóveis em número de marcas. SEU PENSAMENTO É RETRÓGRADO. Competição é bom até para empresas nacionais. Através da competição é que Matarazzo, a mais de 100 anos criou uma das primeiras moedoras de trigo fora da Europa para competir com a farinha argentina. NÃO PENSE PEQUENO.

      • A Taurus é a empresa de armas que mais sofre processos por defeitos de fabricação no mundo! nos ultimos anos ela tem sido condenada a pagar milionárias multas nos EUA devido a mortes e tiros ocasionados por defeitos na fabricação e projeto. Só no país das bananas, uma empresa genocida é protegida por este governo corrupto e incompetente, onde centenas de policias e atiradores ja foram lesados por esta fabricante. É só acompanhar a pagina Vitimas da Taurus que voce vai ver que toda semana um ou mais pessoas sofrem acidentes devido aos péssimos produtos Taurus. Modelos com erro no projeto: Pistolas Taurus 24/7, PT840, PT638, Sub-metralhadoras e carabinas FAMAE 40, SMT40, CT30, CT40. Recentemente TODOS os modelos inclusive revolveres se encontram na lista de produtos com defeitos de fabricação podendo ocasionar a morte do usuário. Tenho vontade de tacar fogo na pessoa que me vem com o papinho populista defendendo um empresa nacional que deveria estar fechada e seus donos presos!

  2. Essa notícia é excelente! Talvez, agora, a Taurus passa a ter respeito com os profissionais da Segurança Pública deste país. Quantos foram os profissionais que tiveram suas vidas ceifadas ou seu corpo mutilado devido a péssima qualidade dos produtos fornecidos pela Taurus? Se vivéssemos em um país sério, algo já teria sido feito, com certeza.
    Fica o recado: Prepara, cabeça de Touro! Não vejo a hora de poder esmagar com uma marreta seu produto de qualidade duvidosa!

    • senhores..a Taurus é uma das empresas de armas que mais vende hoje nos eua e no mundo…a empresa possui atualmente sete plantas industriais, seis delas no Brasil e uma em Miami….em novembro de 1999 a Taurus completou 60 anos de existência….em sua trajetória a empresa tornou-se uma das três maiores fabricantes mundiais de armas curtas com clientes em mais de 70 países nos cinco continentes…..em 2000 a Taurus International foi escolhida pelos membros da Academia de Indústria de Esportes de Tiro americana como a “Fábrica do Ano” e suas pistolas e revólveres Titanium Millennium e Total Titanium como “Arma do Ano”….em 2001 recebeu o troféu “Fabricante do Ano” da Associação Nacional de Atacadistas de Artigos Esportivos dos EUA (Nasge)….em 2003 conquistou novas premiações destacando-se a Taurus Copper Bullet.45 e a 480 Raging Bull..

      em 2011 comemorou a sétima conquista do Prêmio “Handgun of the Year” considerado o mais importante da Indústria de Armas dos Estados Unidos….a pistola PT 740 foi reconhecida pelo design inovador, avanços tecnológicos no uso de materiais, ergonomia e segurança…..A Taurus Armas e Acessórios é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo….o que vemos hoje no pais e no mundo é um uso agressivo de guerra de propaganda, lobby e guerra econômica de concorrentes estrangeiros contra esta indústria nacional consolidada no mundo como a Embraer…todos os tipos de manobras sujas e estratagemas para difama-la e derruba-la são usados hoje por concorrentes estrangeiros dos eua… que inclui até o uso pesado de Astroturfing….

      Astroturfing é a prática de mascarar os patrocinadores de uma mensagem ou organização (ex: política, publicitária, religiosa ou de relações públicas) com o intuito de fazer parecer que ela tenha se originado de ou fosse apoiada por membros de movimentos populares espontâneos da sociedade, estes também conhecidos em inglês por grassroots. É uma ação que visa dar credibilidade a declarações ou organizações sem, no entanto, fornecer informações a respeito da conexão financeira de sua fonte.

      Astroturfing é o uso de movimentos populares (conhecidos também por movimentos grassroots) falsos que se concentram principalmente em influenciar a opinião pública e são financiados tipicamente por corporações ou entidades governamentais para formar opiniões. Na Internet, praticantes de astroturfing utilizam software com o objetivo de disfarçar as suas reais identidades. Às vezes, uma única pessoa opera vários perfis que passam a impressão de que existe um amplo apoio em favor de suas agendas. Alguns estudos sugerem que essa atividade é capaz de alterar a maneira de pensar do público e de criar dúvidas o suficiente para inibir ações.

      Um estudo publicado na revista acadêmica Journal of Business Ethics examinou os efeitos causados sobre estudantes por websites operados por organizações de fachada. Descobriu-se que o astroturfing foi eficaz em criar incertezas e diminuir a confiança sobre as reivindicações, alterando, assim, as percepções que tendem a favorecer os interesses por trás dessa atividade.

      De acordo com o New York Times, o crescimento das operações de astroturfing tornou difícil distinguir o “sentimento popular” da “opinião pública fabricada”. Essa atividade, segundo um artigo publicado no Journal of Business Ethics, ameaça a legitimidade de movimentos populares genuínos. Os autores argumentaram que “o astroturfing, cujo propósito é o de cumprir agendas corporativas, manipular a opinião pública e causar dano a pesquisas científicas, representa um sério erro de conduta ética.” Um relatório de 2011 descobriu que pessoas pagas por empresas concorrentes para postar mensagens frequentemente se atacam em fóruns online e se prevalecem sobre os participantes regulares durante o processo.

      Outra técnica se dá por meio da utilização de sockpuppets, na qual uma única pessoa cria múltiplas identidades online para simular um amplo apoio popular. Sob identidades falsas, os sockpuppets podem postar resenhas positivas sobre um produto, atacar participantes que critiquem a organização, ou postar resenhas e comentários negativos sobre concorrentes. Empresas de astroturfing têm a possibilidade de pagar os seus funcionários baseando-se no número de postagens que eles fazem e que não sejam sinalizadas por moderadores. O software de gerenciamento de perfis também pode ser usado. Assim, cada comentarista pago é capaz de controlar de cinco até setenta perfis online convincentes, sem deixar seus operadores confusos.

    • ………………..uma excelente notícia…..penso que mercado não irá faltar tanto aqui no Brasil como em toda América Latina…e bom pra concorrência e pro cliente o qual tem maior diversidade de produtos……..seja bemvinda………..

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