EUA irão enviar mais soldados para batalha contra “Estado Islâmico” em Mosul

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse nesta quarta-feira que o governo dos Estados Unidos enviará mais soldados para ajudar as forças locais na batalha para retomar Mosul do Estado Islâmico, que deve acontecer mais perto do final do ano.

“O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi consultado sobre um pedido do governo iraquiano por um aumento final no número de treinadores e conselheiros sob o comando da coalizão internacional no Iraque”, disse Abadi em comunicado.

Abadi se reuniu com Obama e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, na semana passada nos bastidores da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, embora não esteja claro se o acordo foi selado na ocasião.

Tampouco se sabe quantas tropas norte-americanas foram solicitadas, e não houve confirmação imediata da Casa Branca ou do Pentágono.

O general do Exército dos EUA Joseph Votel, que supervisiona as forças de seu país no Oriente Médio, disse à Reuters em julho que os militares norte-americanos pretendem pedir soldados adicionais para o Iraque.

Atualmente os EUA têm ao menos 4.400 soldados em solo iraquiano, parte de uma coalizão liderada por Washington que proporciona amplo apoio aéreo, treinamento e aconselhamento aos militares do Iraque, que entraram em colapso em 2014 diante do avanço súbito do Estado Islâmico rumo a Bagdá.

As forças iraquianas, incluindo as forças curdas peshmerga e as milícias xiitas majoritariamente apoiadas pelo Irã, retomaram cerca de metade deste território ao longo dos últimos dois anos, mas Mosul, a maior cidade controlada pelo grupo ultrarradical em seu autoproclamado califado, provavelmente será a maior batalha ocorrida até o presente.

Comandantes dos EUA e do Iraque dizem que a ofensiva sobre a cidade pode começar na segunda metade de outubro.

O nível atual de tropas dos EUA no Iraque ainda é uma fração das 170 mil mobilizadas no auge da ocupação de nove anos que derrubou Saddam Hussein em 2003, desencadeando uma insurgência apoiada pela Al Qaeda e mergulhando o país em uma guerra civil sectária.

Stephen Kalin e Ahmed Rasheed

Edição: Konner/Plano Brasil

Fonte: Reuters

 

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