Criador do F-16: Caça F-35 teria sido detectado mesmo na Segunda Guerra Mundial

Radio Sputnik entrevistou Pierre Sprey, um dos designers do caça F-16, para discutir a questão muito notória do caça F-35 estadunidense.

“Eu diria que o custo por avião será por volta de $ 200 milhões [R$ 648 milhões]”, disse Sprey. “Pode ser mais. O preço do avião pede ser maior, porque ele está agora em fase de testes, e cada vez eles encontram mais falhas, e isto significa que o caça deve ser aperfeiçoado, o que custa cada vez mais dinheiro <…>.”

Enquanto os desenvolvedores do F-35 fazem propaganda das capacidades do caça, Sprey assegura que é uma descrição enganosa.

A tecnologia furtiva (stealth) é baseada em alteração da forma e na cobertura da superfície das aeronaves para desviar impulsos de radar, o que torna o avião “invisível”. Mas, enquanto esta tecnologia pode proteger de radares de alta frequência, ela não faz nada contra dispositivos de baixa frequência.

Os radares de baixa frequência que foram usados durante a Segunda Guerra Mundial podiam agora detectar perfeitamente este avião, disse o especialista.

Os militares dos EUA deixaram de usar radares de baixa frequência após a Segunda Guerra Mundial, mas muitos dos adversários da América não o fizeram.

“Outros países não deixaram de usar radares de ondas longas [de baixa frequência], [incluindo] nomeadamente a Rússia, que desde a Segunda Guerra Mundial e até hoje tem produzido novas gerações de radares com crescente sofisticação e aumentando sua capacidade nessas frequências.”

Mas a eficácia da tecnologia stealth do caça F-35 pode ser irrelevante, porque o verdadeiro objetivo do programa é canalizar dinheiro do governo para a empresa fabricante Lockheed Martin, julga o especialista.

“[O complexo militar industrial] não funciona para melhorar a defesa nacional dos Estados Unidos <…>. Ele trabalha para os interesses de um pequeno grupo de empresas que recebem uma enorme quantidade de dinheiro por aviões, mísseis e radares e outros produtos muito caros.”

“Isso pode ser chamado de engenharia política. Isto faz parte de cada novo grande contrato em todos os nossos serviços. É extremamente caro, inseguro e é uma prática ineficaz que ninguém é capaz de erradicar.”

Foto: F-35B Lightning II – Caça com sistemas de missão e tecnologia stealth multirole de 5ª geraçãoRAF 

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Sputnik News

 

 

 

13 Comentários

  1. “Isso pode ser chamado de engenharia política. Isto faz parte de cada novo grande contrato em todos os nossos serviços. É extremamente caro, inseguro e é uma prática ineficaz que ninguém é capaz de erradicar.”

    Alguém tem alguma duvida de que é que ganha (com certeza não vai ser o povo) para a presidência da plutocracia das Américas esse ano, Dwight David Eisenhower já tinha alertado sobre isso.
    Quanto ao caça nada de novo, os radares perseguem eles desde a sua invenção. Os primeiros aviões militares da historia eram furtivos pois radares confiáveis (efetivos) só lá depois da segunda guerra, apos a invenção do transistor, e de lá pra cá a briga é boa. Hoje um caça de quinta geração não pode abrir mão do desempenho de voo, do supercruise para privilegiar características furtivas ( Pak-Fa da enfase a desempenho, Russo sabe bem a dor de estar despreparado) pois o mundo gira e radares novos (ou velhos) sempre surgem. Notem que a Europa, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia… não investiram em uma aeronave furtiva própria (tem alguns projetos mais modestos), e não foi por incapacidade ou falta de dinheiro.

    Sds

    • Munhoz

      Na arena ar ar o stealth ainda é muito válido pois os radares dos caças trabalham na banda X justamente uma das que menos é refletida por aeronaves stealth. .. os mísseis BVR guiados por radar ativo também podem se perder com muito mais facilidade.

      Os radares VHF podem sim localizar aviões stealth a distâncias cada vez maiores porém so sao viaveis por enquanto se baseados no solo e só servem para alerta imediato se trabalhando sozinho…. podem ser usados para orientar mísseis SAM até próximo do contato e depois esperar que o míssil busque sozinho o alvo pelo seu próprio buscador de calor ou radar próprio. Estes radares não tem precisão para solução de tiro e dua velocidade de integração e muito grande devido às enormes antenas.

      Os russos detém os melhores radares de baixa frequência da atualidade e portanto conseguem deter um ataque de aeronaves stealth porém investem para adquirir a capacidade stealth para suas aeronaves para ler horário sua capacidade de ataque.

      Por enquanto serão os únicos dotados das duas tecnologias. Sem contar que o J-20 e o T-50 possuirão sensores passivos de calor de longo alcance tipo IRST coisa que o F-22 não tem e que pode fazer a diferença em um combate aéreo ente duas aeronaves stealths

      • Caro Rafa, não sei se você comunga do mesmo raciocínio que eu mas fica a impressão que tudo isso que ele fala é fruto de dor de cotovelo, de recalque. Não saberia dizer a você o motivo mas é a impressão que fica.

        E outra, você que é da engenharia sabe que tudo muda muito rápido. ele foi um dos projetistas do F-16 como você sabe. Hoje o F-16 está no Block 70 e evoluiu de um caça leva para um aparelho médio multifuncional. Mas se dependesse dele o Viper até hoje seria um caça para céu claro, com um radar simples, um AIM-9 na ponta de cada asa e uma MK-82 burra também em cada asa. Tudo isso em nome da manobrabilidade.

  2. ele só esqueceu de mencionar q o mesmo pode acontecer com os outros caças de 5º geração da Rússia e China, ou será q na visão dele não são de 5ª geração ? rsrs…

    passa Gelol no cotovelo q a dor passa Pierre Sprey rsrs…

  3. Não dá para criticar o F-35 porque tem seguidores que vão rasgar a tanguinha de ódio, dizem que o F-35 é o melhor caça do mundo das galáxias e o resto não presta.

  4. Esse caça pode entrar na lista de um dos mais problemáticos da historia.
    Mesmo com toda pompa e tecnologia made in usa esse caça ainda não se tornou plenamente operacional.

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