A cooperação entre Moscou e Washington é uma questão que representa interesse para os EUA, mas o “partido da guerra” americano impede essa cooperação.
Segundo o editor-chefe do jornal The Nation, Stephen Cohen, este “partido da guerra” é representado pelo Pentágono, Departamento de Estado, Congresso Nacional e diversos mídia. Este grupo influencia mesmo o presidente na escolha do rumo para a política externa.
De acordo com o jornalista, os EUA não podem cooperar com a Rússia devido a “algumas considerações”. Entre elas está “a resistência de Vladimir Putin à ordem mundial não conservantista que os EUA tentam instalar”.
“Além disso, a Rússia recuperou o seu estatuto de grande potência no palco internacional, 20 anos depois do colapso da União Soviética, o que contraria e até mesmo insulta a aspiração dos EUA para estabelecerem sua ordem mundial. Portanto, qualquer cooperação com a Rússia, na opinião deles, confirma ‘o renascimento da Rússia’, e é isso que irrita ‘o partido da guerra’ americano”, escreve Cohen.
É precisamente isso, de acordo com o autor, que impede a estabelecimento de paz na Ucrânia, que se tornou “o epicentro de uma nova Guerra Fria”. Os governos europeus, que apoiaram por uma vez incondicionalmente as autoridades de Kiev, especialmente a Alemanha e França, estão cansados do fato de o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, não cumprir os acordos de Minsk.
O “projeto ucraniano” para quebrar os laços históricos entre a Rússia e a Ucrânia foi preparado em Washington. “E é precisamente por isso que assistimos aqui (em Washington) às últimas tentativas de salvar Poroshenko e todo esse projeto”, conclui Cohen.
Foto: © REUTERS/ Yuri Gripas
Artigo base no The Nation by Stephen F. Cohen: Who Is Making American Foreign Policy—the President or the War Party?
Edição: Plano Brasil
Fonte: Sputnik News
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