Reino Unido e Argentina concordam em novas medidas nas Falklands / Malvinas

O Reino Unido e a Argentina concordaram em trabalhar juntos pela remoção de medidas que restringem a indústria de petróleo e gás, a pesca e a navegação nas disputadas Ilhas Malvinas, informaram ambos países nesta quarta-feira.

A Argentina reivindica soberania sobre as Malvinas, ilhas conhecidas pelos britânicos como Falklands.

Os dois países travaram uma guerra em 1982 pelas ilhas do sul do Atlântico, administradas pelo Reino Unido, e a questão continua a causar atritos na relação entre os dois países.

Tensões cresceram no ano passado, mas o Reino Unido tem buscado melhorar relações desde que Mauricio Macri assumiu a Presidência em dezembro.

“Em um espírito positivo, ambos lados concordaram em organizar um diálogo para melhorar a cooperação sobre questões do sul do Atlântico de interesse mútuo”, informou o comunicado emitido pelos dois países.

“Neste contexto, foi acertado que sejam tomadas medidas apropriadas para remover todos os obstáculos limitando o crescimento econômico e desenvolvimento sustentável das Ilhas Malvinas, incluindo no comércio, pesca, navegação e hidrocarbonetos.”

O comunicado foi acertado após uma série de encontros em Buenos Aires entre Macri, a ministra das Relações Exteriores, Susana Malcorra, e o ministro britânico de Estado para Europa e Américas, Alan Duncan.

O Reino Unido informou que as conversas não afetam a questão de soberania e que o país continua claro em seu apoio aos moradores das ilhas.

“O Reino Unido e a Argentina possuem um amplo relacionamento e isto vai além das nossas diferenças”, disse Duncan em comunicado.

“É claro para mim que a Argentina está aberta a negócios. As medidas aceitas hoje demonstram que podemos fazer progresso através do diálogo.”

A última tensão séria sobre as Malvinas ocorreu em junho do ano passado, quando um juiz federal argentino ordenou a retomada de milhões de dólares em bens pertencentes a mineradoras que operavam nas ilhas.

Segundo o comunicado, ambos lados também irão apoiar um projeto de uso de DNA para identificar soldados argentinos desconhecidos que morreram na guerra e foram enterrados nas Malvinas. Discussões sobre o assunto irão continuar em Genebra, com a presença do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Estelle Shirbon

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Reuters

 

 

10 Comentários

  1. O entreguismo da “direita” latino americana não tem limites. Daqui a pouco Temer libera uma base estadunidense no Nordeste para vigiar a expansão chinesa na Africa.

    • fica tranquilo, o Temer coloca um base da China ou da Rússia tbm, só pra esquerda parar de CHORAR ! rsrs…

      E se ele não fizer para ninguém, não se espante ou fique triste, afinal vc é de esquerda, lembre-se disso, não podemos entregar o nosso país para NINGUÉM, nem mesmo para a tia China, ou a mãe Rússia rsrs..

    • Só uma pergunta: qd vc coloca direita entre aspas, vc se refere a o que exatamente?

      Outra coisa: o Temer foi vice da Dilma. Vc já se perguntou o que levou a Dilma a escolhê-lo para vice?

      • Não é só direita entre aspas,elite também em outros comentários como se Lula,Dilma,Collor,Itamar,Sarney e FHC fossem pobres e não fazem parte dessa elite.Venda da alma ao Diabo pois para governar tem de se vender e aceitar tudo por isso escolheu para vice.

      • Renato so para lembrar, foi a esquerda que assaltou esse país, e a ex só aceitou a presidente Temer, pq senão nao ganhava as eleições….aliais so ganhou poque mentiu descaradamente para os eleitores. Tem que ler um pouco mais……so propaganda de esquerda é foda

    • isso ai eles já tem no Paraguai, Chile, Colômbia….o que eles querem no nordeste é Alcântara…e agora conseguirão fácil.. 😉

  2. oq uma diplomacia correta não faz não é mesmo ?
    a Kircher ficou mais de uma década no governo argentino, e NADA !

    Chegou o Macri, com uma boa conversa com os ingleses e já avançaram muito nessa área, e provavelmente irão dividir os lucros da exploração de hidrocarbonetos nas Ilhas Malvinas/Faklands.

    isso deixa quem não gosta da direita, ENSANDECIDOS !! rsrs…

  3. Quero ver o Macri combinar com os Argentinos [me veio a cabeça Fernando de la Rúa], queira ou não as Ilhas carregam cicatrizes que ainda estão bem visiveis para o povo Argentino. Convem lembrar que o conflito se deu durante um governo que já estava sendo contestado (por motivos mais que obvios) e ainda assim o povo apoiou mesmo sabendo que uma vitoria prolongaria tal governo.
    É esperar para ver.
    Sds

      • dilson queiroz
        Não sei qual será a solução para a questão das Ilhas. Imagino que o mais sensato é a negociação, mas com já disse é um assunto pra lá de nevrálgico. O fato é que Macri tem sobre seus ombros os votos conseguidos em uma eleição o que lhe dá direito a governar, agora se o povo e o parlamento vai aceitar isso passivamente é outra historia.
        Sds

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