RIO – Na segunda metade dos anos 1950, não faltavam projetos para a produção de veículos no Brasil. Em meio a um clima de entusiasmo, as primeiras fábricas do país eram inauguradas e submetiam seus planos ao Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), órgão do governo JK que concedia incentivos fiscais e isenções de impostos.
Inaugurada em setembro de 1956, a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo produzia por aqui o caminhão L-312, vulgo “Torpedinho” e, em 1958, se lançaria na produção dos modernos (para a época) e confortáveis ônibus monobloco O-321.
Outra ideia da empresa era fabricar os sedãs 180 com motor a diesel, automóveis que seriam vendidos aqui, principalmente, como táxis (o projeto chegou a ser aprovado, mas nunca foi concretizado).
Em 25 de julho de 1958, O GLOBO revelou que a Mercedes também planejava produzir o Unimog no Brasil. O modelo todo-terreno foi descrito pela reportagem como um “trator agrícola universal, com aparência bem semelhante a um jipe, com capota, pára-brisas e confôrto interno”.
O Unimog nacional usaria o motor OM636 a diesel do sedã 180: um quatro cilindros em linha de 1.767cm³. Seria, porém, uma versão com menos potência máxima (35cv a 2.550rpm) e mais torque em baixas rotações. Assim, o 4×4 poderia alcançar a máxima de 53km/h, levar 3.200 quilos e, havendo “estrada lisa e firme”, puxar um reboque com 60 toneladas, em primeira marcha, a 3,5km/h.
Em 1957, oficiais da Marinha e alunos da Escola Naval visitaram a fábrica, em São Bernardo do Campo, e chegaram a testar um Unimog. O projeto de nacionalização, porém, nunca saiu do papel: a Mercedes preferiu montar o modelo na Argentina, onde a produção durou de 1969 ao início dos anos 80.
Fonte: O Globo
Do jeito que estão ficando as estradas brasileiras, todas esburacadas, sem manutenção, os caminhoneiros vão ter que trocar os mercedes-bens, scania-vabis, volvos, pelo Unimog, 4×4, ou 6×6. O Ministério dos Transportes e DNIT não tem dim dim $$$